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Ainda o Dia do Pai

Patrícia António, psicóloga e psicoterapeuta por Patrícia António, psicóloga e psicoterapeuta
Março 29, 2018
em Opinião
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Ainda o Dia do Pai
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Mamã às vezes tenho medo do escuro, mas se estiver com o papá já não tenho, sabias?!”. Para a minha filha, o pai está suficientemente forte dentro de si, como presença e como figura securizante à qual pode recorrer para enfrentar o medo e se sentir segura perante o perigo.

A capacidade que cada um de nós tem de cuidar de si, de compreender os sentimentos e de pensar a própria vida emocional, só se desenvolve, por um lado, se partimos da hipótese de ausência de problemas orgânicos e, por outro, se as nossas emoções tiverem tido a possibilidade de ser reflectidas e receber sentido por parte de uma(s) outra(s) pessoa(s) cuidadora(s). Mas no dia-a-dia da prática clínica nem sempre acontece assim.

Francisco (nome fictício) é um jovem adulto em psicoterapia há algum tempo e que recentemente foi pai. Procurou-me por frequentes preocupações somáticas que o desassossegavam e às quais não conseguia atribuir um significado.

Da infância recorda uma protecção desmedida e ansiosa por parte da mãe e também do pai, que a cada manifestação somática, pegava nele e corria para a urgência do hospital. Sente que ao ter sido tratado como “uma espécie de objecto de porcelana”, que a todo o momento podia cair e partir-se, o impediu de explorar o mundo, experimentar a vida e de confiar mais em si.

Afinal o que é ser Pai? Reconhecer o lugar do pai não é torna-lo idêntico à mãe ou em competição com esta. Desde início, o pai também fantasia e imagina o seu bebé e se projecta enquanto figura paterna desse bebé.

O Francisco, durante a gravidez da sua mulher, também engravidou e foi vivendo um conjunto de processos psicológicos característicos desse tempo. O seu bebé existia há muito na sua  [LER_MAIS] vivência fantasmática e da sua mulher, condensando em si o modo como se sentiram filhos e a forma como agora se imaginam pais. E isto conta muito, porque estes factores vão condicionar a relação prococe e, consequentemente, o desenvolvimento do bebé.

Um dos primeiros papéis do pai é ser provedor de um ambiente suficientemente bom, que transmita segurança e apoio à mãe, para que esta se possa dedicar ao seu bebé e desempenhar bem as suas funções. Porque nesse momento, o bebé é reflexo do desejo dos seus cuidadores.

Depois, ao longo do seu crescimento, a função paterna deixa de ser mais periférica, para assumir uma centralidade importante na vida da mãe e da criança. O pai é aquele que se introduz como um terceiro, com a função simbólica de separar a mãe e o filho, para inclui-lo num mundo mais amplo e possibilitar a sua inscrição na cultura e no laço social.

Surge como o representante do mundo exterior e alguém que sustenta a lei e o “não” da mãe. O “não” como a primeira expressão nítida e fundamental da função paterna dirigida ao bebé, como meio de lhe apresentar o mundo de forma segura e cuidadosa.

Um mundo real com alguns perigos e identidades diferenciadas, logo a necessidade de limites claros e bem definidos. Mas para que possa introduzir o “não”, é preciso antes que tenha sido presente na vida do filho, dando-lhe apoio e afecto incondicionais.

Só assim a introdução dos limites não constitui uma ameaça, mas sim uma manifestação de interesse e cuidados, que vai permitir à criança sentir-se protegida e internalizar esse modelo tão necessário para poder avançar, ela própria na vida.

Porque, tal como o Francisco consegue hoje nomear, todos nós precisamos ter dentro um Pai simbólico e não apenas fora, para crescer e caminhar no mundo com mais autonomia e confiança.

*Psicóloga clínica e psicoterapeuta

Etiquetas: opiniãopatrícia antónio
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