São 14 quilómetros de uma infra-estrutura que promete reforçar a ligação entre municípios vizinhos, ao mesmo que permite aos seus utilizadores desfrutar de diferentes zonas de lazer ao longo do rio.
Os presidentes de Câmara de Alcobaça e da Nazaré apresentaram desta forma, hoje à tarde, o seu mais recente projecto comum, de mobilidade suave ao longo do Rio Alcoa, um plano que propõe a criação de uma ligação pedonal e ciclável entre os dois concelhos. Isso e muito mais.
Entre os convidados da sessão de apresentação, que decorreu no Your Hotel & Spa Alcobaça, estiveram, entre outras personalidades, Carlos Miguel, secretário de Estado Adjunto e do Desenvolvimento Regional, e Isabel Damasceno, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro.
Paulo Inácio, presidente da Câmara de Alcobaça, começou por manifestar o seu “enorme prazer” em apresentar um projecto comum, “de dois concelhos irmãos”, que só é possível na medida em que entre Alcobaça e Nazaré há “respeito institucional” e “amizade”. Em causa está um projecto intermunicipal de mobilidade suave, que não só beneficia o meio-ambiente, como qualifica o espaço onde se insere, considerou o autarca.
Num contexto de grande competitividade, Alcobaça e Nazaré apostaram num projecto que pretende afirmar o território no seu todo, considerou, por sua vez, o presidente de Câmara da Nazaré, Walter Chicharro.
Coube a Luís Pereira, arquitecto, levar a cabo a apresentação mais técnica do projecto. Assim, a este projecto de ligação pedonal e de ciclovia, que terá 14 quilómetros, foi dado o nome de Caminhos dos Monges – Entre a Terra e o Mar. Do lado de Alcobaça, o percurso tem início na zona do Museu Raul da Bernarda, onde serão disponibilizadas bicicletas e, na Nazaré, o ponto de partida será junto ao Porto de Abrigo.
Pelo meio, os utilizadores contarão com um trajecto onde podem contemplar o rio e os campos agrícolas. Ao longo do percurso haverá 11 pontes, algumas das quais construídas em madeira e outras em metal e também será criado[LER_MAIS] um espelho de água.
Os presidentes de Câmara não quiseram, para já, apresentar os valores deste projecto, que deverá ser submetido a concurso para apoio comunitário até Outubro. No entanto, o secretário de Estado reconheceu já que se trata de “um projecto ambicioso”, “uma obra que não é barata”. Carlos Miguel salientou também que o Oeste tem muitas obras por executar com o valor do apoio já contratualizado.
“Há um volume de dinheiro substancial que está disponível para que seja investido rapidamente”, considerou o governante.
Já Isabel Damasceno elogiou a iniciativa e salientou que a tónica deste projecto, no sentido de poder ser contemplado com apoios, deverá ser, antes de mais, a mobilidade.