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Não foi feita nenhuma comunicação final, mas caso se confirme que Bombarral irá receber o futuro hospital do Oeste – como revelou este mês o presidente daquele concelho durante a abertura 37.º Festival do Vinho Português, que terá recebido a informação em reunião com a ministra da Saúde, na presença de outros autarcas – então Alcobaça pondera encaminhar a totalidade da sua população para o Centro Hospitalar de Leiria.
A intenção foi partilhada por Hermínio Rodrigues, presidente do Município de Alcobaça, na passada sexta-feira, à margem da reunião de câmara. O autarca disse ter estranhado a posição tomada por Bombarral, porque não houve ainda uma decisão final sobre a localização do futuro hospital do Oeste.
Considerou ainda que a decisão deve ser tomada pelo Governo, sob pena de os municípios, por si mesmos, não chegarem a um entendimento. Mas reconheceu que, para garantir a “centralidade” da nova infra- estrutura, é mais provável que esta seja criada naquela zona, seja em Bombarral ou em Óbidos, por exemplo, mais [LER_MAIS]até do que em Alfeizerão, como o próprio Hermínio Rodrigues chegou a propor.
O presidente lembrou que, actualmente, um terço da população do concelho de Alcobaça reporta aos cuidados hospitalares a Sul, sendo que a restante é encaminhada para o Centro Hospitalar de Leiria (que é composto pelo Hospital de Santo André, em Leiria, e pelo Hospital de Alcobaça Bernardino Lopes de Oliveira, além do Hospital Distrital de Pombal).”
“Em relação a Alcobaça, neste momento temos tido uma excelente resposta por parte de Leiria e acho que devemos mantê-la”, observou o autarca. “Nós temos proximidade e ligação forte a Leiria e é isso que esperamos que continue”, prosseguiu. E caso a escolha do Bombarral se venha a confirmar, Alcobaça poderá encaminhar todos os utentes para o Centro Hospitalar de Leiria.
“Vou colocar essa situação aos presidentes de junta. Porque, a partir do momento em que o hospital deixe de estar nas Caldas da Rainha e passe a ficar no Bombarral, se se concretizar, tenho dúvidas se Alfeizerão ou São Martinho do Porto não optem também por Leiria”, explicou. “Leiria tem visto Alcobaça com bons olhos e já falei com o presidente do conselho de administração [do Centro Hospitalar de Leiria], que assim quer continuar. Não temos as melhores respostas no Hospital de Alcobaça, mas se calhar temos melhores respostas do que muitos têm no Oeste. Se temos tido boas respostas, devemos mantê-las”, defendeu o presidente, que já partilhou o seu ponto de vista junto da Comunidade Intermunicipal do Oeste.
Entretanto, continuam sem resposta os deputados do PSD, eleitos pelo círculo de Leiria, que em Assembleia da República (AR) questionaram a tutela sobre quando será a apresentação do Plano Director do Centro Hospitalar do Oeste; quais os investimentos integrados no próximo Orçamento do Estado, para os hospitais de Caldas da Rainha, de Peniche e de Torres Vedras e se a ministra da Saúde já decidiu e comunicou a decisão da localização do novo hospital do Oeste, no Bombarral, conforme foi referido pelo presidente daquela câmara.
Aguardando resposta da ministra acerca da localização do novo hospital, Hugo Oliveira, deputado do PSD na AR, lembra que a construção de uma estrutura deste tipo não se fará em menos de dez anos e que, até lá, será necessário realizar investimentos urgentes, pois a situação de “caos” no Oeste não se pode manter. Até porque “a deterioração das condições de trabalho poderá levar ao afastamento dos profissionais”, adverte o deputado.
[LER_MAIS]Em curso continua ainda a petição pública lançada pelo PSD, que envolveu outras forças políticas e o movimento cívico de Caldas da Rainha, pela construção do futuro hospital naquele concelho, documento que será convertido numa proposta a apresentar à AR, informa ainda Hugo Oliveira ao nosso jornal.
