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Home Sociedade

Aldeia do Vale, um refúgio às portas de Pombal

Daniela Franco Sousa por Daniela Franco Sousa
Abril 26, 2019
em Sociedade
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Aldeia do Vale, um refúgio às portas de Pombal
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Perdeu habitantes para outras paragens, onde a vida prometia oferecer melhores condições. Mas há um punhado de anos, a Aldeia do Vale encetou um percurso inverso, com o regressar dos filhos da terra, que tinham migrado e emigrado.

Próximo de Pombal, na Freguesia de Vila Cã, a aldeia típica recupera agora as suas casas, as suas tradições e até as crianças voltaram a brincar na rua.

Aníbal Rodrigues nasceu há 65 anos na Aldeia do Vale, mas foi em França que passou a maior  [LER_MAIS] parte da sua vida, desde que emigrou, em 1969. Contudo, nunca deixou de visitar a sua terra e aproveitou todas as férias para colocar de pé a casa onde agora o encontramos, na Aldeia do Vale.

Depois de uma vida inteira de trabalho noutro país, onde ainda vai de vez em quando para matar saudades das duas filhas e dos quatro netos, Aníbal Rodrigues regressou definitivamente há dois anos a Portugal e à aldeia do seu coração. No silêncio, quebrado apenas pelo chilrear da passarada, o emigrante cuida do seu quintal e está feliz pela paisagem que começa a desenhar-se à volta da sua casa. Como ele, são vários os habitantes que estão a regressar e a investir na reabilitação das antigas casas de família.

Assumidamente apaixonada pela Aldeia do Vale, Ana Tenente, presidente da Junta de Vila Cã, está satisfeita com o rumo que este lugar tem vindo na tomar nos últimos anos. A autarca recorda que a Aldeia do Vale chegou a ser um local muito habitado, onde havia mercearia, talho, uma tasca e uma escola primária, onde estudavam cerca de 40 crianças. Mas seguiram-se tempos de migração e de emigração que progressivamente foram levando os habitantes para fora. Só há cerca de cinco ou seis anos se tem assistido ao regresso de pessoas que nunca esqueceram as suas raízes e que começaram a recuperar as casas de família, conta a presidente.

Há quem tenha reconstruido para ter pouso tranquilo durante o fim-de-semana e há quem tenha comprado casa para dela fazer um negócio de alojamento local. E, entretanto, a Aldeia do Vale já voltou a ter crianças, frisa Ana Tenente.

Com o apoio da Câmara, a Junta envolveu-se na recuperação da capela e da antiga escola primária. “Estamos a começar a reconverter o lavadouro e queremos reconstruir a fonte”, adianta a presidente. Quanto aos privados, “estão a reconverter as habitações respeitando a traça original desta aldeia de pedra calcária”, nota a autarca.

Quem muito tem contribuído para a dinamização do lugar é a Associação Amigos da Aldeia do Vale, que, entre outras actividades, “criou uma exposição permanente de antiguidades na antiga escola primária, recuperou o cantar das Janeiras e outras tradições tão antigas como o Serrar da Velha, que junta os homens da aldeia num serão de convívio”, expõe a presidente da Junta de Freguesia.

É Ernesto Ferreira, de 68 anos, quem preside a Associação Amigos da Aldeia do Vale. Foi nesta escola que agora acolhe a associação, que, tal como Aníbal Rodrigues, Ernesto completou a quarta classe.

O dirigente associativo explica que, nos anos 50 e 60, a Aldeia do Vale teria cerca de 130 famílias. Mas era um lugar extremamente pobre, sem estradas, sem electricidade, nem água canalizada, onde muita gente se deslocava a pé para chegar até Pombal. Esses dias difíceis ditaram que também Ernesto tivesse de emigrar para França durante 40 anos. Mas foi essa juventude tão difícil que manteve os locais sempre unidos e pegados à terra, apesar de morarem fora do País, salienta Ernesto.

Foi no dia 26 de Dezembro de 2014, enquanto se celebrava uma das maiores festividades locais, que um grupo de pessoas teve a ideia de formar a Associação Amigos da Aldeia do Vale. Dois anos depois, a associação estava formalizada. E ao pedir apoio à sua actividade junto da Câmara, eis que o Município decidiu ceder a antiga escola primária, agora devidamente recuperada, que passou a funcionar como sede da associação.

No interior, foi reunido mobiliário antigo que recria as antigas habitações da aldeia e atrai visitantes todos os domingos à tarde. Foi também na sede que se fez um pequeno bar, que se transformou num espaço de convívio, onde muitos assistem aos jogos de futebol pela televisão.

Ernesto mora a dois quilómetros da aldeia, mas já não passa sem participar nos muitos eventos que a associação vai promovendo. Este ano, haverá um plano de actividades muito preenchido, adianta Ernesto Ferreira. O grupo de amigos fez uma sementeira de milho para que dentro em breve se possa realizar uma descamisada. Também está previsto um tradicional almoço de favas, um almoço partilhado no cimo da Serra de Sicó, um rali de caracóis, um dia dedicado às compotas e à marmelada biológica, um dia dedicado ao fabrico de chouriços e, para dia 11 de Agosto, estão a projectar uma festa de homenagem aos filhos da terra que foram mobilizados para Ultramar.

Quanto à exposição permanente de antiguidades, tem suscitado tanto interesse que Ernesto pondera alargar o horário de visita a todo o domingo. Há vida na Aldeia do Vale, assegura o presidente da associação apontando que, só no âmbito do Trail Running Pombal Sicó, por ali passaram recentemente mais de 500 pessoas.

Alojamento local atrai turistas de várias latitudes 
Quando em 2002 João Isidoro resolveu recuperar uma habitação na Aldeia do Vale e transformá-la num espaço de alojamento local, “a aldeia em ainda estava em cacos” o que tornou o processo num “grande desafio”. Tão maus eram os acessos que até de jipe era difícil chegar ao edifício, relata o gerente, que, entre outros negócios, também explora alojamentos locais em Pombal e na Praia do Pedrógão.

Natural do Outeiro da Ranha, João Isidoro tinha amigos na Aldeia do Vale e apaixonou-se pela tranquilidade do lugar, rodeado pela natureza. E não foi o único. São actualmente muitos os turistas que escolhem o seu alojamento, a Casa Vale do Papo, para contactar com a natureza e viver dias de calma na Aldeia do Vale. Os turistas estrangeiros foram os primeiros a aderir, conta João Isidoro. Mas os portugueses já se renderam também. Entre os hóspedes há franceses, alemães, canadianos, norte-americanos e portugueses que trocam as cidades por este refúgio às portas de Pombal.

João Isidoro explica que alguns turistas escolhem a Aldeia do Vale para pernoitar, aproveitando o dia para conhecer pontos de interesse que ficam relativamente próximos, como os monumentos património da UNESCO, também Conímbriga, a cidade de Coimbra ou a praia da Figueira da Foz. Há também quem chegue com vontade de aproveitar o ar livre para passear de bicicleta ou fazer caminhadas. E há quem queira simplesmente aproveitar a tranquilidade da Casa Vale do Papo, apanhar sol no jardim e divertir-se na piscina.

Etiquetas: Aldeia do Valeassociacao amigos da aldeia do valejornal de leiriaLeiriaPombalsociedade
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