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O rio Lis apresenta sinais de eutrofização ao longo do percurso Polis, com incidência na zona da ponte El Rei D. Dinis e no Parque das Almoinhas, em Leiria. Uma situação recorrente, sobretudo no Verão, quando há menos chuva.
O aspecto verde que cobre o rio Lis salta à vista de quem passeia junto ao curso de água. O vereador com a pasta do Ambiente, Luís Lopes, explica ao JORNAL DE LEIRIA que “considerando que as comportas do açude da Fonte Quente se encontram fechadas, de forma a manter um espelho de água durante a época de Verão, a eutrofização assistida acontece por um processo natural derivado de uma gradual acumulação de nutrientes na massa de água, o que por sua vez favorece o desenvolvimento de algumas espécies de algas”.
Segundo o autarca, o espelho de águas é “necessário à realização de eventos no troço do rio ao largo do Parque Municipal Tenente-Coronel Jaime Filipe da Fonseca”.
Luís Lopes garante que “sempre que se revela necessário, o município tem promovido a remoção manual destes organismos”.
“Aliado a esta remoção manual, existe ainda, no açude, um descarregador dimensionado para permitir escoar a maioria destes organismos”, acrescenta.
Há alguns anos, o rio chegou a ter repuxos, com o objectivo de evitar a as algas no rio. O vereador da Câmara de Leiria afiança que este método foi abandonado, porque não ser eficiente, “além de representar um custo acrescido e consumo de energia”.
Fora das soluções, neste momento, está a reabertura das comportas. “Garantir o normal fluxo do rio com a abertura das comportas evitaria o natural desenvolvimento destes organismos. Contudo, uma vez abertas as comportas para permitir o escoamento das águas e organismos, poderia não ser possível garantir atempadamente a altura necessária do espelho de água para a realização das actividades planeadas pelo Município, nomeadamente, a Festa do Desporto 2024, entre outros”.
“De referir que sempre que o açude se encontra fechado para elevar o espelho de água, este é regulado de forma a manter um caudal ecológico a jusante. É ainda de salientar a regulação de caudais e retenção de água, gestão efectuada em função do ciclo hidrológico (nomeadamente de precipitação acumulada na nossa região) e também da regulação térmica em espaço urbano”, sublinha.
