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Alicerces

Cláudia Camponez, psicóloga educacional por Cláudia Camponez, psicóloga educacional
Dezembro 25, 2021
em Opinião
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Era bom que todos nascêssemos com as mesmas oportunidades, mas isso não é possível, não é de todo controlável. Antes de sermos nós já alguém escolheu em nosso lugar. Não se foge à hereditariedade nem ao meio ou à circunstância em que crescemos. Há coisas que não se escolhem.

Não podemos escolher, por exemplo, os contextos familiares a que as crianças estão sujeitas nem os caminhos que percorrerão. No entanto, podemos escolher dar-lhes recursos. Recursos que as ajudem a fazer face às diferentes adversidades que sabemos que a vida tem. Felizmente, a escola já começa a fazer alguma coisa nesse sentido e prova disso são os documentos Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória e Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania, ainda com poucos anos de vida, mas na minha opinião verdadeiramente fundamentais. Ambos se preocupam com o desenvolvimento de valores e competências de base humanista, a promover em contexto académico.

De facto, a escola não pode ser apenas o sítio onde aprendemos a ler, a escrever e a fazer contas. A escola reconfigurou-se, muito porque os desafios sociais e económicos do mundo atual a isso obrigaram, mas também, acredito eu, porque precisamos de ajudar a construir futuros emocionalmente prósperos.

Atualmente, na escola, aprende-se formalmente sobre direitos humanos, sustentabilidade, interculturalidade, igualdade, instituições, participação democrática, entre outros domínios de educação para a cidadania. Do currículo nacional faz parte uma disciplina chamada precisamente Educação para a Cidadania que aborda questões importantíssimas, mas se queremos que as crianças observem o mundo, primeiramente terão de saber observar-se a si mesmas e antes de escreverem sobre os outros terão de saber escrever sobre si.

Neste sentido, considero que na base de todas as aprendizagens está a disponibilidade emocional para aprender e que as competências sócio emocionais, desenvolvidas em contexto de sala de aula são uma necessidade. Alicercem a construção pessoal de cada aluno e tornam a aprendizagem mais saudável, efetiva e equitativa.

A partilha no grupo permite empatia, promove a procura de soluções e mostra às crianças que os seus problemas e dificuldades são também os problemas e as dificuldades dos seus colegas. Falar do que sentimos também deve ser ensinado. É profilático.

Ainda ontem ouvia dizerem na rádio que muitos homens não choram, muito pelo que lhes foi incutido em pequenos. Ser macho, às vezes, infelizmente, ainda é isso, exige contenção e engolir emoções. E para quê essa rijeza? Para depois andarmos a braços com depressões e ansiedades.

Uma criança que cresça a saber ouvir, a expressar o que sente, que encontre nos pares compreensão e apoio, será, certamente, um adulto mais capaz, mais capaz de interagir com tolerância, empatia e responsabilidade e mais capaz de confiar em si mesmo e de se autorregular. Aprenderá a pedir ajuda e a ajudar, respondendo com maior perseverança aos desafios complexos do século que atravessamos.

Enquanto não nasce um espaço formal para a aprendizagem e promoção de resiliência nas crianças deixo pequenas sugestões, fáceis de implementar e potencialmente transformadoras, na medida em que atuarão ao nível das crenças que as crianças vão guardando sobre si mesmas:

– Escolha as palavras para se dirigir à criança. Mude o verbo quando fala com ela. Em vez de “És desatento”, diga “Estás desatento”;
– Quando quiser fazer com que a criança se sinta melhor não diga “Isso já passa”, mas antes ”Ficaste mesmo triste”;
– Comece o dia com a data de hoje no caderno e dê depois a oportunidade de cada um falar sobre o que sente. Uma simples frase para completar pode fazer milagres. Hoje eu sinto-me…;
– Crie uma caixa de medos, onde cada criança colocará de forma anónima o que mais teme;
– Crie um cantinho da escuta
– Pesquise por I wish my teacher knew;
– Procure o Currículo Europeu para a Resiliência;
– Mantenha expetativas elevadas para todas as crianças, incluindo aquelas que estão em maior situação de vulnerabilidade;
– Não se esqueça que “Os professores são a força mais influente e poderosa para a equidade, acesso e qualidade na educação” (Irina Bokova, Diretora-geral da UNESCO) e que o investimento mais duradouro é sem dúvida a educação que recebemos.

Etiquetas: Cláudia Camponez
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