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Enzo, André e Tomás estiveram entre o grupo de cerca de 60 estudantes do 2.º ano do curso de Marketing, que, na semana passada, deixaram a sala de aula na Escola Superior de Tecnologia e Gestão, para ir ao encontro dos comerciantes da cidade, saber dos seus problemas e, com base nos casos reais, propor planos para relançar os seus negócios.
“Que impacto têm as grandes superfícies comerciais na sua actividade?” A pergunta, lançada pelos estudantes, rapidamente aferiu várias dificuldades sentidas pelo pequeno comércio tradicional. Na Cestaria Fonseca, na Rua Direita, Ana Magalhães não tem dúvidas do efeito que o LeiriaShopping tem sobre este e outros pequenos negócios da zona histórica. “Neste Natal, enquanto estávamos às moscas, as pessoas faziam filas para entrar no centro comercial”, lembrava.
“Estar aqui não é viável” e restam alguns por “carolice”, considerava. Por haver falta de habitação, os prédios que têm vindo a ser reabilitados no centro histórico não têm espaços comerciais e as pessoas deixam de passar para comprar nas lojas que vão ficando, aponta a funcionária.
Questionada sobre a possibilidade de ser traçado um plano de marketing para a loja, Ana Magalhães antecipa dificuldades. Alguns eventos têm sido levados a cabo, mas ou se sobrepõem nas datas ou não se ajustam às características do pequeno comércio.
Filomena Carvalho, professora, está certa de que “a universidade pode ir para as ruas e promover uma relação cada vez maior entre universitários e tecido económico. Ao mesmo tempo, iniciativas destas dinamizam o centro”.
“É a primeira vez que realizamos algo do género. A ideia é que façam um levantamento destas situações, para depois as analisarem nas aulas e dar resposta aos comerciantes”.
