A Pousada da Juventude de Alvados, em Porto de Mós, acolhe, desde a semana passada, 42 jovens timorenses, que viviam em situação de sem-abrigo nas ruas de Lisboa.
De acordo com informação prestada ao executivo pelo presidente da câmara, Jorge Vala, as necessidades básicas, como alimentação e tratamento de roupas, estão a ser asseguradas pela Associação de Amparo Familiar de Mira de Aire, ao abrigo de um protocolo com a Segurança Social.
Entretanto, a autarquia está a diligenciar junto de empresas “deficitárias” de mão-de-obra a possibilidade de integração desses jovens no mercado de trabalho. Segundo Jorge Vala, um empresário do concelho “já se disponibilizou para integrar 15 desses imigrantes, garantindo- lhes alojamento”.
O autarca revela que o grupo em causa integra 34 homens e oito mulheres, “com vinte e poucos anos e com vontade de trabalhar”. “Há défice de mão-de-obra no concelho, pelo que, pode ser uma oportunidade para ambas as partes”, salienta Jorge Vala, frisando que os empresários têm, no entanto, de “garantir alojamento”, seja através de arredamento ou de instalações próprias.
Já em Novembro, um outro grupo, com cerca de 40 timorenses, foi alojado na Pousada da Juventude de Alfeizerão, onde ainda se mantém, informa o presidente da Câmara de Alcobaça.
O JORNAL DE LEIRIA questionou a Segurança Social sobre o processo de integração destes imigrantes, que remeteu o pedido de esclarecimento para o Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas, organismo que, até ao fecho de edição, não respondeu.