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Home Opinião

Amor com Amor se (A)paga?

Paulo José Costa, psicólogo clínico por Paulo José Costa, psicólogo clínico
Fevereiro 12, 2022
em Opinião
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O sentimento amoroso é uma das formas primordiais mais intensas de constituição da existência, pelo reconhecimento do desejo no outro, com toda a sua dimensão emotiva, libertária e prazerosa, o que conduz, inevitavelmente, à deriva dos sentidos estimulando o deslumbramento e a vertigem.

O Amor genuíno ancora em formas de linguagem instintivas, reflexos inatos, como inversões de significantes e significados, em pulsões e deslocamentos da conduta, no desconcerto necessário à experiência de alteridade e fruição.

O Amor procede da mesma forma que a eclodição de um sonho.

Em processos análogos, os gestos de amor operam no campo da linguagem – intuída e explícita, mas também inconsciente e onírica, por meio de encantamentos, em ruptura com a razão ou a censura que gera espanto, desconcerto e enovelamento, na simbiose do corpo e alma numa única entidade.

Aqui tem particular relevância o funcionamento neuronal. A oxitocina está presente, tanto no sangue como no cérebro, funcionando como neurotransmissor basilar.

O controlo inibitório da mente está numa área diferente daquela de onde provém a oxitocina, que codifica a recompensa.

Mas é sempre possível contrariar um impulso, seja no amor, seja na agressividade.

A parte frontal do cérebro confere a possibilidade de controlar as impulsões e desejos mais viscerais ou instintivos, como os presentes na atracção amorosa. É a luta entre o controlo e a pulsão.

A pesquisa científica demonstra que esta hormona é importante na escolha do parceiro e nas relações de reciprocidade entre indivíduos.

Quanto maior a presença de oxitocina, mais reciprocidade haverá.

Ela surge habitualmente com uma aura positiva, muito embora tal dependa do contexto. E a oxitocina é proveitosa não apenas no plano amoroso.

Paul J. Zak, neuroeconomista americano, designa-a de ‘factor de confiança’ e ‘molécula moral’, o que nos instiga a confiar que quando o discurso amoroso se embriaga da firmeza e da decência (e aqui “embriagar” parece o verbo mais adequado, pois o estado de aturdimento amoroso é causador de insanidades imprevisíveis), experimenta a dissolução da culpa e do amargor melancólico.

Ao amar o outro, o sujeito experimenta estados alterados de consciência. Se somos homo ludens, também somos homo ridens e podemos escarnecer da delícia, do estranhamento e do prazer, exaustivamente presentes nas interacções amorosas.

Amar e (sor)rir são condições da natureza humana.

Não obstante, o sentimento amoroso é pressentido ainda na auto-reflexão ou discurso interno, que Roland Barthes refere como ‘instância discursiva’, conduzindo a “própria força à deriva”.

Ao ultrapassar a banalidade, o Amor proporciona deleite, por meio da restauração narcísica.

Por isso é tão bela a frase extraída da obra O Amor nos Tempos de Cólera, de Gabriel García Márquez, prova de que a perseverança e a capacidade de manter vivo o sentimento amoroso prevalecem no árduo triunfo do afecto, vigente nas aventuras e desventuras da (in)felicidade humana.

A poesia e a vertigem das imagens conferem uma dimensão encantatória à mais nobre condição de amar e “a memória do coração elimina as coisas más e amplia as coisas boas, e (…) graças a esse artifício conseguimos suportar o peso do passado”, vivendo o presente com esperança no caminho do futuro.

Etiquetas: opiniãoPaulo Costa
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