É o início da carreira e o momento em que todo o sacrifício e entrega se traduz, por fim, na realização do sonho de viver da dança. Em cinco anos, são já 36 finalistas do Conservatório Internacional de Ballet e Dança Annarella Sanchez, de Leiria, seleccionados por companhias profissionais em Portugal e fora de fronteiras.
Os últimos a conseguir contrato de trabalho encontram-se em diferentes latitudes: Leonor Alves (National Moravian-Silesian Theatre) e Paolo Palumbo (NdB – Národni divadlo Brno) na República Checa, Tomás Ferreira e Samuel Pereira (Sofia Opera and Ballet) na Bulgária, Darius Tamosi (Dutch National Ballet) nos Países Baixos e Giorgio Guerreri e Giulia Gessaroli (TBS – Teatrul de Balet Sibiu) na Roménia. Em Janeiro, também para o TBS, seguem Pablo Doria Aguirre e Luca Pesacane.
“Nós neste momento somos a sétima escola no mundo que os estudantes escolhem para uma via de saída profissional”, estima Annarella Sanchez. “Portanto, é um facto que aqui se faz um grande trabalho, quase como um milagre. Nós vivemos das mensalidades”.
Há colocações em companhias de Inglaterra, Alemanha, República Checa, Finlândia, Áustria, Países Baixos, Itália, Croácia, Roménia, Turquia, Bulgária e até, de fora da Europa, África do Sul, China, Chile e Egipto.
“O lançamento de António [Casalinho] e Margarita [Fernandes] na companhia de Munique [Bayerisches Staatsballett] tem trazido muitos alunos internacionais”, reconhece a directora pedagógica, que aponta outro caso de sucesso, Francisco Gomes, solista na Companhia Nacional de Bailado, em Lisboa.
No Conservatório Annarella Sanchez, onde o ensino tem raízes no método cubano, há muito que se fixam estudantes e professores de várias nacionalidades. Só o programa pré-profissional de aperfeiçoamento, para graduados, conta com 60 bailarinas e bailarinos e a quase totalidade tem origem no estrangeiro.