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António Casalinho: “Trabalho com o objectivo de poder tornar-me num dos maiores bailarinos da história do ballet”

Cláudio Garcia por Cláudio Garcia
Janeiro 11, 2024
em Entrevista
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António Casalinho: “Trabalho com o objectivo de poder tornar-me num dos maiores bailarinos da história do ballet”
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Está há dois anos e alguns meses na Alemanha. Em 2021, logo como solista, a categoria imediatamente acima do corpo de baile, António Casalinho integrou pela primeira vez o Bayerisches Staatsballett e em Janeiro de 2023 o director Laurent Hilaire promoveu-o a primeiro solista, ou seja, o segundo patamar mais importante na companhia, só abaixo dos bailarinos principais.

Entre muitos outros instantes em palco, no Bayerisches Staatsballett já foi Mercutio em Romeu e Julieta (de John Cranko) e Franz em Coppélia (de Roland Petit), que escolhe como os momentos mais altos desde a mudança para a Baviera.

Com milhão e meio de habitantes, Munique é o Bayern e o Oktoberfest, mas também a Siemens e a BMW. Uma cidade “histórica”, “calma” e “muito segura”, que “vive muito as artes”. A companhia de ballet (em que também se encontra Margarita Fernandes, antiga aluna do Conservatório Annarella) está localizada no centro de Munique com um elenco internacional de diferentes nacionalidades – “só um bailarino alemão” – e além da qualidade de vida António Casalinho destaca “o grupo de amigos” e “a relação com o director” como factores que têm contribuído para o sucesso da primeira etapa profissional na carreira.

Nascido em Leiria há 20 anos, o bailarino completou os estudos no Conservatório Internacional de Ballet e Dança Annarella Sanchez, escola que segue o método cubano em que começou muito cedo, aos oito anos de idade.

Ao longo dos anos, tem encantado o público e o júri dos concursos em que participa. Entre outros, ganhou prémios no Prix de Lausanne, no Beijing International Ballet Competition e no Youth America Grand Prix.

“Tem excelente técnica, óptima presença de palco e um apurado senso para uma interpretação inteligente e diferenciada”, comentou Laurent Hilaire ao JORNAL DE LEIRIA, numa declaração por escrito, em Dezembro de 2022, a propósito da promoção de António Casalinho a primeiro solista. “Estou muito feliz por ter um talento tão excepcional”.

O talento é suficiente para atingir e permanecer no nível em que já está?
Acredito que sem trabalho não se chega a lado nenhum. Se não se trabalha, não se melhora. O talento acaba por ser um potencial e não uma característica de perfeição. Existe sempre um trabalho que continua a ser necessário, apesar do talento.

E quão exigente é o dia a dia?
O mundo do ballet pode ser considerado volátil a nível de carreira de bailarinos, porque existem imensos factores que podem levar um bailarino a crescer na sua carreira ou não. É necessário saber e dominar vários aspectos, não é apenas dançar. O ballet é uma arte que envolve saber pintar, saber actuar, acaba por ser um estilo de vida. E, depois, não deixa de ter o factor subjectivo, o gosto das pessoas, nomeadamente, as pessoas que estão à frente das companhias, os directores. Ou seja, para além do nosso trabalho, existe o factor sorte, que eu não gosto de chamar apenas sorte, porque acredito que com a passagem do tempo acabamos por criar a nossa sorte. Com o trabalho criamos oportunidades que de outra forma não teríamos. Não é incomum encontrarem-se bailarinos que não estejam felizes onde estão. É preciso saber procurar o melhor sítio para desenvolver uma carreira. Como o ballet é tão exigente, é necessária muita motivação.

É demasiado competitivo?
Não. É muito competitivo, sim, mas é o que faz com que o ballet evolua. É mais provável haver competição dentro da companhia do que propriamente internacionalmente. Se for uma companhia que não é tão grande, em que não existem tantos espectáculos, acaba por haver de certa forma um bocadinho de competição pelos papéis que se fazem.

Tem tido um percurso de ascensão rápido.
Era o que eu queria fazer comigo mesmo. O trabalho que tenho todos os dias, a dedicação, a disciplina, é com o objectivo e com a visão de no futuro poder tornar-me num dos maiores bailarinos da história do ballet. Ambiciono sempre mais. Quero aprender, quero crescer enquanto bailarino, enquanto artista, quero aproveitar o tempo, a minha juventude, a energia que tenho para dançar, porque são tudo aspectos que se transmitem no palco e fazem muita diferença. Não quero perder tempo, então, esforço-me. Dou tudo de mim para provar a mim mesmo e a toda a gente que me vê que sou capaz de fazer qualquer papel no seu melhor.

Posso concluir que têm sido mais os momentos de felicidade do que de insatisfação?
Sem dúvida. Estou feliz onde estou, por inúmeras razões. A companhia tem imenso potencial para crescer, como tem crescido nestes anos, tem um repertório muito bom, com grande clássicos de que eu gosto, nomeadamente, Romeu e Julieta, Onegin, Alice no País das Maravilhas, e até agora têm-me sido dadas oportunidades de dançar bons papéis nessas produções. Para além da cidade, que é uma cidade de que gosto muito.

Não o atrai um aspecto coreográfico ou de produção mais moderno?
Os clássicos, os grandes ballets, são os ballets pelos quais nós sempre trabalhámos e é o que sempre sonhámos fazer. Eu diria que a maioria dos bailarinos quer isso. Claro que é importantíssimo um bailarino saber dançar de tudo e conseguir tanto fazer um ballet completamente clássico como um completamente contemporâneo.

Existe um ambiente ou uma estética, uma linguagem, com que sente mais afinidade?
O clássico. Tem a ver com a estrutura como os ballets clássicos são feitos e coreografados. Não só pelos passos, mas também muito a música. Influencia muito, a música de grandes compositores, como Tchaikovski ou Prokofiev. Normalmente, esses ballets são os que mais entusiasmam. E mesmo a nível coreográfico e de tema, regra geral, gosto mais. Há outros ballets, que também são clássicos, mas de certa forma mais modernos, que, sempre no estilo clássico, trazem esse aspecto de contar uma história, que é extremamente interessante e muito complexo. É preciso um maturidade muito grande a nível artístico. Como, por exemplo, Onegin, de John Cranko, que estamos a fazer agora.

O que seria um percurso ideal?
Houve recentemente muitas alterações no mundo do ballet a nível de directores, o que significa que as companhias vão mudar muito. É sempre muito incerto prever o que vai acontecer. Eu diria que espero conseguir ascender nesta companhia e tornar-me um bailarino principal numa das melhores companhias do mundo. Poder actuar nas maiores companhias do mundo, mesmo que seja como bailarino convidado, acho que seria um patamar que eu sem dúvida quero alcançar.

Atingir o nível do Marcelino Sambé e do Royal Ballet é utópico?
É um objectivo real. Se não se concretizar, tenho a certeza que vai ser porque eu fiz uma escolha melhor.

O que é que contribui para a evolução de um bailarino profissional no dia dia?
É importantíssimo manter a disciplina. É das coisas mais difíceis e que fazem mais diferença.

Implica sacrifícios.
Exactamente.

Por exemplo?
É muito fácil, se um dia um bailarino não se sente tão bem, não terminar a aula de ballet, não fazer os grandes saltos. Claro que é importantíssimo saber quando parar, mas muitas pessoas deixam aos poucos de fazer a aula de ballet, que é como o pequeno almoço, é algo que se tem de fazer para melhorar, porque é muito importante. Mesmo nos dias em que nos sentimos pior, continuar até ao fim e acordar cedo na mesma e ir aquecer para cuidar do corpo.

Há diferenças entre o António no palco e fora do palco?
Sim, há sempre. Principalmente, dependendo do papel que eu esteja a interpretar. Muitas vezes, os papéis mais divertidos são aqueles que são mais fora da nossa personalidade. Mas eu tento sempre manter uma certa essência da minha pessoa quando danço.

E que tipo de pessoa é?
Sou extrovertido, mas bastante disciplinado. E um pouco teimoso, no bom e mau sentido. O que sou hoje é por causa da minha personalidade, também.

O treino, a aprendizagem ao longo dos anos, na Academia Annarella, deu-lhe as ferramentas necessárias para a entrada no mundo profissional?
Sem dúvida. Só a partir do momento em que venho para a companhia e faço os papéis que estou a fazer é que me apercebo do quão bem eu fui preparado, graças aos meus professores e aos meus pais. Sem eles seria impossível, porque foram eles que me ensinaram tudo o que sei hoje.

Gostaria de experimentar outras formas de expressão artística?
O teatro já faz parte do ballet. A parte teatral traz muita vida aos bailados. Sem dúvida que actuar e interpretar uma personagem é algo que me chama muito a atenção.

O que é que o apaixona tanto na dança?
Eu acho que é, realmente, o facto de que o ballet é uma arte que de certa forma por vezes pode ser difícil de entender, para um olho de fora. E é uma arte tão bonita, que envolve tantas coisas para além de se dançar, que eu acredito que se pode mostrar muito mais ao mundo. E que se pode divulgar muito mais às pessoas que não estão habituadas a ver ballet. Poder trazer o ballet a essas pessoas é uma das coisas que me motiva e que me traz inspiração, que faz com que eu queira continuar, que eu goste tanto do que faço.

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