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António Lopes: “Pedrógão Grande é o terceiro concelho do País mais procurado por estrangeiros”

Elisabete Cruz por Elisabete Cruz
Agosto 5, 2022
em Entrevista
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António Lopes: “Pedrógão Grande é o terceiro concelho do País mais procurado por estrangeiros”
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Pedrógão Grande ficou conhecido pelas piores razões. De que forma é possível aproveitar esse mediatismo a favor do concelho?
Estamos a tentar dar a volta ao texto. Costumo dizer que aquele fenómeno não queimou apenas o concelho, as pessoas e os bens. Ele alastrou às instituições. Temos instituições que precisam de um outro olhar e de serem recuperadas, como é o caso da Associação Humanitária dos Bombeiros. Mas há mais. Esse esforço também nos desvia um bocadinho do verdadeiro esforço estratégico de desenvolvimento, mas não o descuramos. Vamos definitivamente apostar no turismo. Temos a nossa albufeira e temos praias fluviais e estamos a avançar para o conceito de estação náutica. Fizemos a candidatura, de certo modo, para ligar os operadores económicos e criar uma oferta consistente de qualidade e que traga pessoas. No fundo, é aproveitar o nicho de mercado que tem seguidores internacionais. Relativamente à área industrial, temos uma zona industrial que irá ser posta à disposição dos empresários logo que o nosso regulamento esteja disponível. Também estamos a desenvolver a nossa estratégia local de habitação. Vamos criar uma medida de estímulo à natalidade. Sabemos que vai ser difícil, mas vamos avançar com ela, assim como com a criação de postos de trabalho com a instalação de empresas. Mas tudo isto levará tempo a fazer. Queremos fortemente que a diáspora olhe para nós, para que os nossos emigrantes – e temos bastantes valores quer em Portugal, quer fora de Portugal – olhem por nós, olhem para o concelho e invistam. Têm aqui uma oportunidade, por isso, invistam para podermos dar a volta a este cenário de despovoamento.

Tal como em outros concelhos do interior, o envelhecimento da população e o despovoamento do território são problemas. Que medidas são necessárias para atrair e fixar pessoas?
Além do que referi anteriormente, já António Lopes, presidente do Município de Pedrógão Grande, quer aproveitar a qualidade de vida no concelho para apostar no turismo e no repovoamento transmiti a quem de direito que o nosso concelho é um concelho de baixa densidade, mas também necessita de instrumentos que o façam desenvolver tecnologicamente. Portanto, necessitamos de uma boa rede 5G, já fico satisfeito se for uma boa rede 4G, mas queremos aspirar a mais, de maneira a que não possam ocorrer as situações que ocorreram em 2017, com falhas de comunicações, zonas sombra e também para que se possam trazer as novas profissões para cá e que os novos profissionais criem aqui as suas raízes, porque afinal de contas também estamos num concelho onde há segurança, paz, tranquilidade, onde está tudo perto de nós. Temos qualidade de vida e bom ar.

Os concelhos do norte do distrito de Leiria têm sido procurados por estrangeiros. É uma forma de repovoar o território?
Estatisticamente e em termos relativos, Pedrógão Grande é o terceiro concelho do País mais procurado por estrangeiros. Portanto, o que nos interessa é começar a integrá-los, porque irão trazer uma mais-valia e uma outra massa crítica ao desenvolvimento do concelho. Era bom que eles começassem também a participar neste debate. A associação humanitária através da Academia Sénior tem uma boa frequência de estrangeiros. Tem aulas de português e um grupo coral. Há uma outra situação interessante: os estrangeiros estão a recuperar algum património que se estava a degradar nas aldeias e estão a recuperá-lo com muito bom gosto, situações que poderão ser replicadas por outros e que são muito interessantes. É também uma forma de repovoar este território.

Quais os principais problemas que encontrou quando chegou à câmara?
A organização e a estrutura da câmara e problemas que tivemos que refazer. Ainda não temos o nosso organograma bem definido. É uma câmara curta, pequena em termos de capacidade técnica para avançarmos com a velocidade que queremos e não conseguimos. Vamos fazendo as coisas paulatinamente. Vamos resolvendo problemas do passado que têm vindo a surgir relacionados com outras instituições nas quais o município faz parte. Mas esse foi o principal problema. Em termos financeiros não houve qualquer problema.

Em termos económicos, o que é que está a pensar fazer para atrair empresas?
É preciso criar estímulos financeiros à criação de empresas e à respectiva criação de postos de trabalho, quer para as empresas novas, quer para as empresas que já existem. Depois também estamos a pensar aproveitar bem as Aldeias do Xisto de que dispomos e vamos potenciar a Estrada Nacional 2 com alguns investimentos e aproveitando os quadros comunitários de apoio. Aproveitando o Programa de Revitalização do Pinhal Interior pretendemos criar, de certo modo, melhores condições, condições de mais atractividade, para as empresas se instalarem, mas sempre com o cuidado ambiental: não estragar. Fundamentalmente, o ambiente terá de ser preservado. Não queremos desenvolvimento a todo o custo.

As piscinas municipais estão desactivadas já há algum tempo. Tem algum projecto para reactivá-las?
As piscinas municipais tinham e ainda têm problemas. Quando temos o problema resolvido surge-nos outro. Quando o último que nos surgiu for resolvido, acredito que o problema será ultrapassado definitivamente. Mas isso também nos vai trazer a questão da economia. É preciso olhar para a eficiência energética daquele equipamento. Temos muita pena que ainda não esteja a funcionar e queremos torná-lo acessível a todos. Seria importante não só para os jovens, mas também para os idosos, que também precisam de fazer a sua ginástica e não estamos ainda a responder a isso. Mas estamos a tentar resolver o assunto.

Também o edifício do antigo hospital está abandonado há vários anos. Tem algum projecto para o local?
Esse edifício foi sinalizado na direcção da cultura e queremos transferir para lá todos os museus do concelho. Queremos transportar para lá todo o nosso espólio. Será para nascer lá um espaço cultural. A câmara tem mostrado preocupações com o impacto que a central solar poderá ter na albufeira da barragem do Cabril. Essas preocupações já foram dissipadas? Mantêm-se. Primeiro, porque não fomos ouvidos nem consultados. Entretanto, a empresa já veio conversar connosco, a APA [Agência Portuguesa do Ambiente] também, mas ainda não passou do papel. Estamos a verificar se a localização não vai colidir com algumas actividades que já têm muitos anos no concelho relacionadas quer com o turismo quer com a pesca. Mas não posso adiantar mais nada, porque não sabemos em que estádio é que está o projecto.

Com uma população envelhecida, o que tem sido feito para fixar médicos?
O edifício do centro de saúde foi objecto de requalificação e já temos um serviço de medicina instituído. Naturalmente que sofremos, como todo o País, da falta de médicos. Neste momento, de três médicos família, temos disponíveis apenas dois e temos duas extensões de saúde em Vila Facaia e na Graça e que estão a ficar agora um pouco descompensadas, uma vez que o médico que dava aí consultas está a ajudar o médico no outro centro de saúde. O problema agrava-se com as férias dos médicos. Foi-me dito pelo ACeS [Agrupamento de Centros de Saúde] que em Agosto teremos uma nova médica. Já fico mais satisfeito, por mim, pelos munícipes e pelos senhores presidentes de junta, porque também reclamam dessa lacuna. Independentemente disso, conversando com a ACeS, estamos disponíveis para avançar com o serviço de uma unidade móvel de saúde, que trará uma mais-valia, deslocando-se a casa das pessoas, sobretudo às que estão mais necessitadas, evitando as suas deslocações, tornando assim a saúde mais acessível.

A concessão da Barragem do Cabril vai terminar este ano. O Governo vai colocar em discussão em Setembro três propostas para colmatar a falta de água no Médio Tejo, uma delas poderá ser a ligação entre os rios Zêzere e Tejo. A câmara deveria receber algum valor?
Voltando a falar da central voltaica, ela está prevista sem qualquer tipo de contrapartida para o concelho, o que discordamos em absoluto. No que diz respeito ao transvase aguardamos explicações e pormenores por parte de quem de direito. Os municípios de Pedrógão Grande, de Oleiros, de Pampilhosa da Serra e da Sertã solicitaram em conjunto uma audiência com o ministro para sabermos os contornos da operação. Sendo certo que a ter de haver transvase terá que ser assegurada permanentemente uma determinada cota, abaixo da qual a água não poderá descer. E concordo que a câmara seja recompensada por isso. Com a proximidade geográfica a Coimbra, Pedrógão Grande está mais virado para Norte ou para Leiria. Tradicionalmente e agora com a melhoria da mobilidade através da A13, o caminho para Coimbra continua a verificar-se ainda com mais intensidade. Mas acredito que, com o IC8 refeito se esbatam essas diferenças. Creio que só teremos a beneficiar com o novo traçado do IC8 de Ansião-Pombal e até com o reforço do IC8 que está neste momento previsto, pois de se formos verificar a intensidade de tráfego, ela tem constantemente aumentado. Quanto melhores condições de mobilidade melhor. Mas estamos virados quer para norte quer para o sul.

Perfil
Economista rouba câmara ao PS
António Lopes, economista, venceu a Câmara de Pedrógão Grande, recuperando assim o município para a o PSD, depois de um mandato do PS. Foi coordenador do gabinete de apoio à iniciativa e ao desenvolvimento local do Município de Pedrógão Grande, professor na Escola Tecnológica e Profissional da Zona do Pinhal, integrou a mesa administrativa da Misericórdia local e foi tesoureiro na Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários.
António Lopes foi ainda vice-presidente da Associação Empresarial Penedo do Granada e Médio Zêzere. Em criança e na adolescência acompanhava a cerimónia eucarística e lia as leituras sagradas. Durante o secundário trabalhava de dia e estudava à noite. Juvenil e júnior, foi campeão distrital de juniores no Académico de Viseu (CAF).
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