Mais do que uma sede, o AOC Business Center, na antiga freguesia dos Pousos, Leiria, tornou-se, desde a sua abertura em 2021, num dinâmico pólo de negócios e de saber.
Concebido inicialmente há 17 anos, com o passar do tempo assistiu-se à valorização da colaboração e das sinergias entre seis empresas de áreas distintas, AOC, a Arentia, a Stream, a Agix e as startups Fluxe e Avancee Software, promovendo o espírito de comunidade e crescimento mútuo.
Ao todo, trabalham ali entre 150 a 180 pessoas e já se fala em construir outro espaço com a mesma filosofia.
O plano original da direcção da AOC era criar uma sede com condições de trabalho, de conforto e de algum lazer.
O resultado foi um edifício de arquitectura imponente, luminoso, com espaços amplos, salas de reuniões e auditório, ginásio, refeitório, campo de jogos, circuito de manutenção para caminhada ou corrida e área para actividades destinadas à comunidade do centro de negócios.
O director de Operações do Grupo AOC, Nuno Fernandes, conta que a criação da nova sede da AOC arrancou em 2008, contudo, devido à crise do subprime e à intervenção da troika em Portugal, os trabalhos desaceleraram, porque foi necessário agir noutras áreas prioritárias.
Neste compasso de espera, a empresa requalificou o seu antigo estaleiro e área de metalomecânica, criando novas condições para a secção de logística que iria ser transferida para a nova sede.
A mudança deixou de fazer sentido e tornou-se óbvio que muito espaço no actual Centro de Negócios ficaria livre.
Em 2017, com o acelerar das obras, foi preciso reequacionar o que se iria fazer com a área desocupada.
A ideia que tomou forma foi a oferta a alguns parceiros escolhidos, da possibilidade de usufruto de um “espaço generoso e de qualidade”.
A prioridade foi dada a empresas com componente jovem e dinâmicas, das áreas tecnológica e da consultoria.
“Lançámos o desafio a algumas estruturas empresariais, previamente seleccionadas, que, para nós, faziam sentido”, conta o responsável.
Quis a fortuna que algumas destas empresas, também procurassem novas instalações que seguissem o modelo oferecido pela AOC.
A ideia inicial passou ainda por promover ligações que permitissem que as empresas pudessem partilhar conhecimentos e tirar vantagens da proximidade física.
“A AOC tem aqui a Stream, a sua consultora, com quem faz os planos de investimento. Temos a Arentia, o nosso consultor na área de PHC e que nos trata de toda a parte de informática. Temos a Agix com quem temos alguns projectos na área da inovação. Criamos sinergias e oportunidades de novos negócios com parceiros das próprias empresas que aqui estão instaladas.”
40 milhões
AOC tinha uma
facturação
a rondar os
40 milhões
de euros e,
actualmente,
com 70 milhões,
está perto de
duplicar o
montante
A proprietária do centro de negócios apadrinhou também duas startups, providenciando-lhes um espaço onde estão integradas com outros técnicos e em contacto com outras experiências.
O espírito de comunidade é forte e há mesmo iniciativas criadas especificamente para quem trabalha no Business Center, onde se fala de temas actuais, como literacia financeira ou Inteligência Artificial.
Planos para novo centro de negócios
A experiência foi tão positiva que, neste momento, como explica o director de Operações, está em cima da mesa, um plano para criar um segundo AOC Business Center, com espaço suficiente para permitir que não apenas as actuais firmas continuem a crescer, mas também para que, eventualmente, ali se instalem spinoffs e startups.
Localizado a pouca distância da sede da AOC, terá as mesmas condições e área do espaço actual, mas oferecerá a possibilidade aos parceiros, que assim o entenderem, de migrarem para lá e expandirem os negócios.
“E ainda a possibilidade de outras novas empresas se poderem associar a este modelo”, afirma Nuno Fernandes, admitindo que a capacidade do espaços actual está a chegar ao limite.
Quando o edifício abriu em 2021, a AOC tinha uma facturação a rondar os 40 milhões de euros e, actualmente, com 70 milhões, está perto de duplicar o montante, em menos de quatro anos.
Tal, admite o director de Operações, obriga à contratação de mais pessoas e à necessidade de mais espaço para as acolher.
O crescimento da AOC está a ser acompanhado pelas outras cinco empresas.
“Os nossos parceiros, aqui, no centro de negócios, também estão a sofrer o mesmo fenómeno”, resume Nuno Fernandes.