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Apagão revela fragilidades e população impreparada

Elisabete Cruz com Daniela Franco Sousa por Elisabete Cruz com Daniela Franco Sousa
Maio 1, 2025
em Abertura
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Apagão revela fragilidades e população impreparada
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Quando pelas 11:33 horas de segunda-feira a luz falhou não se imaginava que se estaria perante um apagão total, que atingiu não só Portugal, mas também a Espanha e o sul de França. O corte de energia, cujas causas ainda se estão a tentar perceber, deixou a população da região sem luz e algumas zonas também sem água.

As comunicações, incluindo dados móveis, falharam a meio da tarde. Vários municípios da região activaram o plano de emergência e rapidamente procuraram dar a melhor resposta à população, mas o apagão revelou algumas fragilidades, que terão de ser analisadas e ultrapassadas por quem tem responsabilidades de governação. No concelho de Leiria, a falha de abastecimento de água em algumas localidades esteve relacionada com a falta de geradores.

Além dos aparelhos fixos, os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) só possuem dois destes equipamentos móveis, segundo disse ao JORNAL DE LEIRIA o vereador Ricardo Santos. “O SMAS precisa de ter mais robustez para ser totalmente autónomo. Precisamos de 75 geradores”, revelou Gonçalo Lopes, presidente da Câmara, na última reunião de executivo, ao sublinhar que este é um dos “pontos a reforçar”, assim como “ter mais geradores de prevenção”.

O autarca garantiu que a resposta do município foi “rapidíssima e não falhou”, apesar de admitir que há necessidades a serem ultrapassadas: “mais geradores, melhor comunicação e fornecimento mais rápido de combustíveis”. “Conseguimos muitos geradores junto[LER_MAIS] de parceiros económicos, que foram prestáveis, e de empresas da região, que disponibilizaram auto- tanques de combustível”, afirmou Gonçalo Lopes, que também considera ser necessário criar resposta para garantir as comunicações locais com presidentes de junta de freguesia e unidades locais de protecção civil.

O presidente anunciou ainda que irá ser elaborado um “mapa de resiliência em relação à capacidade energética”, para que seja possível “gerar um conjunto de respostas numa situação destas”. Para Gonçalo Lopes, a prevenção tem de ser uma aposta e exemplificou com situações registadas ao nível do sector privado, onde os geradores existiam, mas como “nunca foram ligados há 15 anos” desconheciam que não funcionavam, ou não tinham combustível.

Luís Lopes, vereador da Protecção Civil, assegurou que as comunicações de emergência “nunca falharam dentro do concelho de Leiria durante todo o apagão” e que o SIRESP – rede de comunicações em todas as situações de emergência – esteve sempre em funcionamento. A autarquia procedeu ainda ao reabastecimento pontual de água a hospitais, lares e estruturas agropecuárias. O comandante distrital da PSP de Leiria, Domingos Urbano Antunes afirmou ao JORNAL DE LEIRIA que as comunicações se mantiveram intactas, assim como a operacionalidade.

“Registámos ocorrências atípicas como chamadas de pessoas que ficaram presas em elevadores e, em pânico, ligaram à polícia.” Sem qualquer iluminação, o policiamento nocturno foi reforçado, sobretudo, junto de instituições mais vulneráveis. O sistema de videovigilância tem baterias acopladas, pelo que se manteve em funcionamento até ao final do dia Também a Unidade Local de Saúde da Região de Leiria accionou o seu plano de contingência e cancelou as consultas, cirurgias programadas, assim como exames, análises clínicas e outras actividades de diagnóstico não urgentes.

Além dos geradores que possui, o hospital de Leiria foi reforçado com outro aparelho pela autarquia, para garantir a prestação de cuidados a situações urgentes e emergentes. O apagão revelou ainda impreparação por parte da população. Tal como aconteceu na pandemia da Covid-19, a incerteza levou centenas de pessoas aos supermercados da região, com comportamentos, alguns, pouco cívicos. Foi notório o açambarcamento de garrafões de água, enlatados, leite, entre outros alimentos não perecíveis, deixando as prateleiras vazias. Poucos tinham em casa um rádio a pilhas e as lanternas foram também um bem escasso.

A energia eléctrica começou a chegar ao território nacional, a partir das 16:30 horas, no distrito de Santarém, mas na região de Leiria só surgiu por volta das 22:30 horas. Quando as luzes se acenderam, ouviram-se palmas, gritos de alegria, música nas varandas e até foguetes.

Negócios afectados

Foram vários os sectores de actividade que sentiram fortes impactos financeiros resultantes do “apagão”. Nalguns, a paralisação foi total. Em certos casos, já são conhecidas as perdas, noutros ainda se fazem as contas e aguardam-se explicações do Governo sobre quem assumirá responsabilidades.

“Tivemos as cinco fábricas da Península Ibérica paralisadas desde as 11:30 horas de segunda-feira (hora portuguesa). Em Portugal só retomaram às 23 horas”, explicou ao JL Carlos Barranha, director técnico do grupo espanhol Vidrala, que detém duas unidades industriais na Marinha Grande (Gallo Vidro e SB Vidros), além da Vidrala Logístics. “Perdemos um dia completo de produção.

Ainda temos metade das linhas paradas”, informou o engenheiro, que até ao final de terça -feira, contava ter toda a situação normalizada. Os fornos mantiveram-se sempre aquecidos, graças aos seus próprios sistemas de fornecimento de energia, geradores a gasóleo. Mas ainda era preciso restabelecer as condições do vidro, para voltar a ser moldável e retomar a produção, especificou. No conjunto das cinco empresas da Península Ibérica, as perdas são superiores a um milhão de euros, contabilizou o director.

O sector dos moldes também foi grandemente penalizado, segundo o presidente da Associação Nacional da Indústria de Moldes. O corte de electricidade “parou a grande maioria das indústrias”, assegurou o representante da Cefamol. No seu grupo, TJMoldes, a situação não foi diferente. “Não temos geradores que aguentem tanto e, mesmo que tivéssemos, também era preciso ter gasóleo que os alimentasse”, expôs João Faustino. Mais de 130 colaboradores da TJMoldes estiveram parados toda a tarde, referiu o empresário da Marinha Grande.

“Prefiro nem fazer contas. Vamos ver se os clientes serão compreensivos em relação aos prazos de entrega”, realçou.

Trabalhadores em casa

“Na inCentea desligámos o servidor e os colaboradores foram para casa”, contou António Poças, responsável pela tecnológica de Leiria. Em Portugal e em Espanha, os colaboradores estiveram totalmente parados, por falta de sistemas de comunicação. Noutros continentes, mesmo sem sistema, os funcionários puderam contactar clientes e fazer relatórios”, informou o responsável pelo grupo que emprega um total de 350 pessoas. Feitas as contas, o universo inCentea terá um prejuízo superior a 50 mil euros.

“As pessoas ficaram desanimadas”, contou Lino Ferreira, presidente da Associação de Comércio, Indústria, Serviços e Turismo da Região de Leiria. Muitos comerciantes tiveram de fechar portas e a restauração terá sido dos ramos mais afectados. “Como é que Portugal dependente tanto da energia espanhola? E quem vai assumir responsabilidades?”, questionou.

Presidente da delegação de Leiria da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, Miguel Xavier salientou que a maior atenuante foi o facto do “apagão” ter acontecido numa segunda-feira, quando muitos restaurantes costumam encerrar. Quem abriu portas, “com esforço e criatividade conseguiu dar resposta aos clientes”, adiantou o dirigente, referindo o caso de um hotel que optou por fazer churrasco ao ar livre. “É um sinal de que temos de estar atentos e actuar precocemente.”

A corrida ao combustível, à água e ao papel higiénico foi outra marca de segunda-feira, embora muitas das bombas estivessem encerradas por falta de geradores que permitissem abastecer. Vários supermercados tiveram de encerrar, alguns deles com reforço nas portas, para evitar eventuais furtos

 

Etiquetas: apagãoelectricidadenegóciossociedade
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