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Home Opinião

Aperfeiçoado

Luís Mourão, dramaturgo por Luís Mourão, dramaturgo
Novembro 23, 2021
em Opinião
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O professor João Bonifácio Serra deu uma entrevista ao Região de Leiria onde às páginas tantas dizia que “professores e estudantes estão alheados do mundo cultural”, uma afirmação muito pacífica, que qualquer agente cultural, seja em que capacidade for, fruidor ou construtor, praticante ou aficionado, diria indesmentível de tão facilmente demonstrável.

Mas, não é bem assim. Tanto que ele se vê obrigado a explicar melhor o que queria dizer num texto publicado no mesmo jornal uma semana depois.

O texto chama-se Um insuportável afastamento e é um primor de elegância e ponderação.

Uma resposta aos que contestam o afastamento entre as escolas e as práticas da cultura que eu gostaria de ter escrito mas, não escrevi.

Um pequeno monumento de inteligência e concisão. Um primor onde se explica, muito bem explicado, que o não só dominante mas, exclusivo, enfoque das escolas nas matérias curriculares leva ao divórcio das práticas de fruição cultural e de construção das artes.

Vai sem dizer que os filhos são sempre os que mais sofrem.

Às pessoas capazes de ver as coisas assim chamava Ramalho Ortigão gente aperfeiçoada.

Perante estas coisas e outras parecidas, a mim só me dá para praguejar, é uma coisa sem jeito nenhum e talvez seja só uma fase ou seja da idade.

Não sei mas, já que estamos a falar de Ramalho Ortigão, talvez as suas palavras centenárias escritas em Pela Terra Alheia a propósito me adocem o verbo. Ou não.

Diz ele: “A interjeição obscena, a palavra plebeia e a praga ímpia são expressões descorteses, mas muitas vezes heróicas! Os homens dissimulados, servis, intrigantes e hipócritas – os mais abjetos de todos os seres – não praguejam nunca. Praguejam os sãos, de sangue vermelho, de génio altivo e alma justa, de coração terno. Pragueja o fraco diante do forte, o pobre diante do rico, o oprimido diante do opressor, o inteligente diante do estúpido; e a praga é uma atenuação triunfante da desigualdade iníqua entre a força bruta e a força de ânimo.”

O texto de João Bonifácio Serra é um espécie de praga, uma praga que recusa praguejar. Uma praga aperfeiçoada.

 

Etiquetas: Luís Mourãoopinião
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