A Fundação Batalha de Aljubarrota dará início, em Setembro, às gravações do filme que vai retratar a vida de Nuno Álvares Pereira, o herói da Batalha de Aljubarrota, travada em 1385 no planalto de São Jorge, em Porto de Mós. Prevê-se que o filme fique concluído e visível ao público já no próximo ano. O anúncio foi feito durante a celebração de um protocolo com o Município de Barcelos, no dia 20 de Julho.
O actor Gonçalo Waddington voltará a vestir a pele de Nuno Álvares Pereira, à semelhança do que aconteceu em 2008 no filme ‘A Batalha Real’, exibido no Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota, em Porto de Mós. Também o actor Nuno Nunes voltará a dar vida a D. João I.
“Procuramos neste filme preservar a continuidade. Não só nos protagonistas, como no realizador. As filmagens vão acontecer em vários pontos do País, com muita participação do exército português, que contribui para que o filme tenha o nível de figurantes possível. Esperamos tê-lo à disposição do público no próximo ano. É o nosso objectivo”, afirmou António Ramalho, presidente da Fundação da Batalha de Aljubarrota.
Segundo António Ramalho, o filme é “suportado por um mecenato específico”, que conjuga “várias câmaras municipais, interligadas com esta realidade, e também várias empresas que de alguma maneira quiseram participar neste mecenato”, realçando tratar-se de “um dos quatro mecenatos culturais reconhecidos como tal pelo Ministério da Cultura em Portugal”.
“É um investimento significativo, que vai naturalmente ser importante para Aljubarrota, para o centro interpretativo, a região de Leiria e a região Centro, mas que ultrapassa muito isso. Muitas das filmagens serão também no Alentejo ou no Norte, precisamente porque esta realidade e estes valores, da ousadia de assumir o risco e de tornar o impossível possível, que Aljubarrota determina e que estão muito ligados a Nuno Álvares Pereira, são de todos os portugueses”, salientou o presidente da fundação.
O protocolo celebrado prevê um apoio do Município de Barcelos na concretização do filme, bem como a atribuição, por parte da fundação, de 760 entradas gratuitas anuais para o Centro de Interpretação de Aljubarrota, destinadas a crianças, jovens e seniores de Barcelos.
“Queremos atrair a população de Barcelos, para que possam conhecer mais a origem deste condado, que, no fundo, aqui se desenhou. Tem também uma componente de troca de conhecimento, sobretudo junto dos mais jovens, no sentido de compreenderem esta parte da sua história”, explicou António Ramalho.
Para Elisa Braga, vereadora da Câmara de Barcelos, a celebração do protocolo é “uma honra enorme”. “Será uma honra articular e desenvolver este projecto de Aljubarrota, estando sempre muito atentos e em consonância com os vossos projectos, não só estes que agora temos aqui, como o filme. O primeiro filme está fantástico, onde se conseguiu uma recriação belíssima, e agora aguardamos por esta segunda parte.”