Uma imagem vale mais do que mil palavras? Provavelmente, nos tempos que correm, a resposta é, quase sempre, “sim”. O poder da fotografia e do vídeo domina as redes de comunicação e por estes dias ajuda as duas fundadoras do Atelier Obscura a circular entre espectáculos e eventos com clientes como a Orquestra Jazz de Leiria e a Agência Espacial Portuguesa.
Depois de se conhecerem durante o curso no Instituto Politécnico de Tomar, Mónica Sousa e Inês Domingues começaram a trabalhar em Lisboa, no arquivo da Gulbenkian. “Digitalização, principalmente, do Ballet”. Seguiram-se as primeiras reportagens fotográficas, sobretudo na área do jazz, de iniciativas organizadas ou acolhidas pela Fundação. A colaboração com a Gulbenkian mantém-se até hoje e tem sido frequente ao longo dos cinco anos de actividade do Atelier Obscura, que tem estúdio e laboratório em Leiria.
Na era do telemóvel, em que por um instante todos nos podemos transformar em fotógrafos e realizadores de cinema, Mónica Sousa e Inês Domingues acreditam que o mais importante é garantir “credibilidade visual” através do material de fotografia e vídeo que entregam a quem lhes contrata um serviço profissional. “Mostramos a qualidade necessária, somos bastante acessíveis, estamos sempre atentas ao que o cliente procura”, sublinham. “Temos o nosso toque pessoal. Funcionamos bem as duas porque a nossa visão é a mesma”.
No portefólio do Atelier Obscura há conferências da revista The Economist em Portugal, concertos do Jazz em Monserrate (para a Parques de Sintra – Monte da Lua) e uma cerimónia de entrega de prémios com Angela Merkel, a antiga chanceler da Alemanha, mas, também, fotografia de produto, de arquitectura, de obras de arte e de gastronomia, e, entre muitos outros, momentos da Portugal Air Summit e do European Rocketry Challenge.
Para o Município de Leiria, Mónica Sousa e Inês Domingues registam exposições no Banco das Artes Galeria, no Museu de Leiria e no m|i|mo – Museu da Imagem em Movimento. Na cidade, o que mais as inspira é mesmo o que está à vista de toda a gente. “O castelo é sempre um ponto-chave, já está super-fotografado, mas nunca ninguém se cansa de olhar para ele”.