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Home Abertura

Aulas por semestre: menor pressão e valorização da avaliação formativa

Elisabete Cruz por Elisabete Cruz
Setembro 12, 2024
em Abertura
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Aulas por semestre: menor pressão e valorização da avaliação formativa
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O ano lectivo 2024/2025 arranca esta quinta-feira, nas escolas do concelho de Leiria, com uma grande novidade: um calendário escolar dividido por semestres.

Deixa assim de haver os três períodos habituais, passando a verificar-se apenas dois momentos de avaliação final. Só o Colégio Nossa Senhora de Fátima rejeitou, para já, avançar para este modelo.

No País e na região há já alguns agrupamentos que aderiram à organização por semestre e defendem a sua aplicação, ao considerar que as vantagens são muitas, como é o caso do Agrupamento de Escolas de Ourém e o Colégio Dr. Luís Pereira da Costa, em Leiria.

Joana Viana, professora auxiliar no Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, foi uma das investigadoras do Estudo de avaliação da reorganização do calendário escolar, coordenado por Estela Costa, que concluiu que “esta medida pode criar condições mais favoráveis à mudança, à inovação e à melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem”.

No entanto, Joana Viana realça que a semestralidade “não é condição indispensável para a mudança nem para a inovação, por si só”, pode é contribuir para “criar condições mais favoráveis a outras mudanças na escola”.

Segundo a investigadora este modelo pode produzir alterações “ao nível do trabalho pedagógico que os professores possam fazer em equipas e na flexibilização do tempo, até associado a uma organização dos alunos em diferentes grupos, consoante os seus níveis de aprendizagem”.

“Da investigação que temos feito sobre a organização em semestres, os argumentos principais elencados são que as metodologias de ensino e a avaliação são mais simples. Vai haver mais tempo para uma avaliação formativa, para a diversificação da avaliação das aprendizagens realizadas pelos alunos, uma maior flexibilidade também da gestão curricular e uma distribuição mais equilibrada do tempo de trabalho e de descanso por parte de professores e alunos”, informa Joana Viana, destacando a menor pressão sobre os alunos.

É esta também a opinião de Rui Miranda director do Colégio Dr. Luís Pereira da Costa, há três anos a funcionar com semestralidade, que aponta a inexistência de picos para a realização de testes.

“Continuam a haver provas escritas, mas há mais questões nas aulas, há maior preocupação com a avaliação oral e mais valorização dos trabalhos. A avaliação suportada em domínios aliada à gestão do calendário permite que haja mais pausas e diluir a avaliação dos alunos no tempo, que deixam de ter o pico de stress para os testes”, afiança.

As pausas intercalares são também uma vantagem para os alunos descansarem e “não atingirem o ponto de saturação”, admite Rui Miranda. Além disso, as interrupções a meio do semestre permitem um momento de reflexão para avaliar o aluno e ajustar as medidas necessários se for o caso.

Joana Viana reforça que do estudo realizado em 55 agrupamentos de escolas que assumiram a semestralidade, as paragens de seis em seis ou de oito em oito semanas beneficiam alunos e professores.

Além do bem-estar, é “fundamental que os professores possam ter uma pausa para discutir em reuniões intercalares o trabalho que está a ser feito face às metas que se pretendem alcançar”.

“Isso é benéfico, porque permite ajustar a planificação do trabalho que vai ser feito nas semanas seguintes com os alunos. Para os estudantes, o que tem revelado é que essas pausas contribuem para a melhoria da qualidade da aprendizagem.”

A investigadora confessa que não é possível aferir se a recuperação das aprendizagens melhora, porque cada escola escolhe diferentes medidas além da simples organização por semestre.

Mas, acredita que “se forem adoptadas medidas a vários níveis e um trabalho diferenciado e mais integrado na gestão do currículo e na diversificação das formas de avaliação, com mais feedback, naturalmente, consegue-se uma melhor recuperação das aprendizagens”.

“Se, enquanto professora, não estiver pressionada que daqui a um mês terei de ter uma avaliação sumativa e dar uma classificação, posso dedicar mais tempo a dar algum feedback aos alunos para que possam melhorar e perceber quais são os principais problemas que os meus alunos estão a sentir, para poder agir em conformidade e contribuir para a melhoria e recuperação das suas aprendizagens.”

A directora do Agrupamento de Escolas de Ourém, Sandra Pimentel, acrescenta que a semestralidade “possibilitou uma organização mais equilibrada do ano lectivo e o espaçamento, no tempo, dos diversos instrumentos de avaliação sumativa, permitindo colocar maior ênfase no processo formativo (é necessário tempo para que a avaliação formativa surta o efeito de melhoria das aprendizagens)”.

Considerando ainda que se implementou uma avaliação pedagógica mais diversificada, notou-se uma consistência do ensino-aprendizagem e na diminuição dos momentos classificatórios. “Julga-se ter contribuído para a diminuição da ansiedade da comunidade escolar, permitindo um maior espaçamento entre os momentos formais de avaliação e com isto uma preparação mais consolidada e orientada, com mais momentos de balanço e de feedback de qualidade sobre o trabalho que vai sendo desenvolvido”, referiu Sandra Pimentel.

No Agrupamento de Escolas de Ourém algumas disciplinas funcionaram com carácter semestral no ensino básico e no secundário, como foi o caso das disciplinas Biologia e Geologia e Física e Química A, “o que se revelou vantajoso para os alunos”.

Joana Viana constata que esta gestão flexível do currículo, diminuindo o número de disciplinas em simultâneo ou o cruzamento de conteúdos “contribui para que a aprendizagem dos alunos não seja tão distribuída por diferentes focos”, “promovendo o desenvolvimento de competências transversais”. “Tudo isso, permite a melhoria da aprendizagem e das classificações finais dos alunos.”

Para Sandra Pimental, “com a implementação da semestralidade, desapareceu a problemática que sempre se colocou relativamente à atribuição de uma classificação intermédia, no final do 2.º período, permitindo também uma divisão mais equitativa do tempo lectivo”.

Além disso, atribui “mais tempo para o desenvolvimento de projectos mais elaborados, aprofundados, mais abrangentes, envolvendo mais áreas curriculares e maior articulação, com maior impacto nas aprendizagens e no desenvolvimento de competências dos alunos”.

Rui Miranda reforça o reporte qualitativo e não quantitativo que os momentos intercalares permitem, ajustando as aprendizagens sempre que necessário.

Leiria
Estreia na semestralidade
Assumindo as competências totais com a Educação (à excepção da contratação de professores), a Câmara de Leiria reuniu com todos os directores de escola do concelho para propor uma organização por semestre, do 1.º ciclo ao secundário. “O que subjaz a esta forma de organização é a possibilidade de adopção de medidas pedagógicas, de trabalho colaborativo, de investigação e articulação, de elevação e valorização do processo de avaliação formativa”, entende Anabela Graça. A vereadora aponta mais-valias ao nível pedagógico, nomeadamente na “qualidade das aprendizagens, relação escola-família e saúde e bem-estar”. “Há um reforço da avaliação contínua para o processo de aprendizagem, assumindo um carácter eminentemente formativo e mais sistemático, melhoria da gestão do tempo e promoção do trabalho colaborativo e maior equilíbrio na gestão do tempo versus momentos de avaliação”, adianta a autarca, ao destacar ainda um “aumento da concentração dos alunos, uma vez que o trabalho será mais contínuo e coerente ao longo do semestre” e diminui “o stress associado à avaliação quantitativa, para os alunos”.
Etiquetas: aberturaagrupamento de escolas de ourémalunosano lectivoColégio Dr. Luís Pereira da Costaeducaçãoescolasestudantesinovação pedagógicaSemestralidadesociedade
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