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Home Opinião

Balanço: não vai ficar tudo bem

Nuno Reis, professor e investigador por Nuno Reis, professor e investigador
Dezembro 30, 2022
em Opinião
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O final do ano civil é sempre apropriado para fazer balanços e perspetivar o ano que se inicia. Apesar de absolutamente arbitrário, assinalar o final de uma translação ao redor da estrela que nos ilumina (literalmente, não se faz aqui menção a qualquer querido líder ao estilo ditatorial) proporciona-nos uma sensação de renovação e recomeço.

Ajuda a isso a celebração da contagem decrescente em uníssono, que permite um momento de partilha coletiva, acompanhado de superstições envolvendo uvas secas e roupa íntima de coloração específica. Olhando para 2022, não há como esquecer a invasão russa da Ucrânia. Tem havido avanços e recuos, mas duas coisas são já certas: (1) a guerra será longa já que ambos os lados estão dispostos a grandes sacrifícios para atingir os seus objetivos; (2) as consequências serão profundas para todos, não apenas para os povos envolvidos no confronto militar.

A par da guerra na Europa, em 2022 regressou a inflação. Depois de mais de uma década em que o problema era a baixa inflação, 2022 conheceu níveis de inflação historicamente altos, a rondar os 10%. A inflação é apenas parcialmente explicada pela guerra na Ucrânia, que originou a um aumento súbito (mas temporário) nas matérias-primas, commodities e petróleo, já que a maioria dos preços estão, neste momento, praticamente iguais a Dezembro 2021 e vários estão bastante abaixo: por exemplo, face a Dezembro de 2021, a cotação internacional da madeira está 60% abaixo, do aço 15% abaixo, do trigo 6% abaixo, do óleo de girassol 5% abaixo, ao passo que o petróleo está 6% acima e o gás natural está 6% abaixo.

Portanto, ainda que a guerra ofereça uma explicação simples para o aumento do custo da ceia de Natal, essa explicação também está pouco correta. Como será 2023? Para conter a inflação, o Banco Central Europeu aumentou os juros (e deverá aumentar ainda mais), encarecendo o crédito habitação e outras despesas, o que conjugado com inflação elevada faz retrair o consumo, reduzirá as vendas das empresas e levará a uma inevitável recessão – não apenas em Portugal mas por toda a Europa. Quebra de rendimento e aumento do desemprego serão de esperar. Já a guerra deverá arrastar-se em 2023 – e se terminar, poderão não ser boas notícias.

Um fim rápido com vitória russa significa o triunfo de uma invasão injustificada, colocando um inimigo às portas da União Europeia. Um fim rápido com vitória ucraniana significará uma implosão do regime de Putin, com a incerteza de quem se seguirá: e todos nos lembramos do resultado da queda de ditadores sanguinários no Iraque, na Líbia, no Afeganistão, etc. Portanto, um final rápido trará incerteza acrescida e consequências tão ou mais dramáticas que a guerra em curso.

Na projeção do Ano Novo, é costume ser otimista – afinal, vamos todos ser mais saudáveis na alimentação, começar a ir ao ginásio e praticar meditação! Mas olhando para o cenário que 2022 nos deixa, 2023 adivinha-se difícil.

Ainda assim, desejo aos leitores um 2023 recheado de sucessos! 

Etiquetas: 2023desempregoeconomiaguerrainflaçãoinvasãojurosmatérias-primasNuno Reisopiniãopetróleorússiaucrânia
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