PUBLICIDADE
  • A minha conta
  • Loja
  • Arquivo
  • Iniciar sessão
Carrinho / 0,00 €

Nenhum produto no carrinho.

Jornal de Leiria
PUBLICIDADE
ASSINATURA
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Jornal de Leiria
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Home Viver

Banda desenhada recorda golpe das Caldas, “aventura” que permitiu o 25 de Abril

Raquel de Sousa Silva por Raquel de Sousa Silva
Março 24, 2018
em Viver
0
Banda desenhada recorda golpe das Caldas, “aventura” que permitiu o 25 de Abril
0
PARTILHAS
0
VISUALIZAÇÕES
Share on FacebookShare on Twitter

Na madrugada de 16 de Março de 1974, uma coluna com cerca de 200 militares franquearam os portões do então Regimento de Infantaria 5 rumo a Lisboa, para derrubar o governo liderado por Marcelo Caetano.

Falharam, mas aquele que ficou conhecido como o golpe das Caldas acabou por ser uma espécie de prenúncio da liberdade. Cerca de 40 dias depois desta tentativa gorada, o 25 de Abril poria fim à ditadura, devolvendo aos portugueses “a dignidade perdida”.

A data, considerada como um evento “fortemente aglutinador do Movimento das Forças de Armadas (MFA)”, é todos os anos celebrada em Caldas da Rainha e tem agora lugar de destaque (10 páginas) no livro Nascida das Águas e o 16 de Março de 1974, apresentado sexta-feira passada no Centro Cultural e de Congressos (CCC).

Como consultores científicos, o autor contou com Vítor Carvalho, na altura militar que integrou a coluna que saiu do quartel, e Otelo Saraiva de Carvalho, que preparou a operação.

“Há pormenores deste episódio que não foram ainda contados. Por exemplo: que viatura tinha Otelo nessa altura? Um Morris 1100 branco, de matrícula ID-71-04. E ele tem isso tudo de memória”, disse ao JORNAL DE LEIRIA José Ruy. “E que roupa usava nas reuniões [de preparação do golpe]?”, questiona o autor.

No evento da semana passada, e perante uma plateia composta por centenas de alunos do concelho, José Ruy respondeu à questão que tinha deixado no ar: nas reuniões preparatórias da operação, Otelo vestia uma camisola de lã castanha por cima da farda, para não dar nas vistas.

“Foi uma aventura”, reconheceu o próprio Otelo Saraiva de Carvalho na cerimónia do CCC. O então major lembrou os vários episódios que antecederam e motivaram a tentativa de golpe, nomeadamente o livro Portugal e o futuro, da autoria do general Spínola, publicado em Fevereiro de 1974, pouco mais de um mês depois de ter sido empossado como vice-chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas.

A obra, onde defendia que a única saída para a Guerra do Ultramar era uma solução política, “causou um estrondo enorme no País”, recordou Otelo Saraiva de Carvalho nas Caldas da Rainha.

António Spínola e Francisco da Costa Gomes viriam pouco depois a ser demitidos dos cargos que ocupavam, ao mesmo tempo que se promovia uma cerimónia de apoio ao regime pela chamada 'Brigada do Reumático', que integrava sobretudo idosos oficiais-generais dos três ramos das Forças Armadas. Pessoas que, recordou Otelo nas Caldas, “não representavam já os jovens capitães”.

 [LER_MAIS] O golpe tinha sido previsto para o dia 13 de Março, mas quando Otelo percebeu que não havia condições para que fosse bem sucedido resolveu cancelar a operação. Contudo, com o precipitar dos acontecimentos, e porque alguns camaradas não tinham concordado com o cancelamento, decidiu voltar atrás.

Só que o 16 de Março era um sábado, e nos quartéis ficavam apenas os sentinelas e o pessoal de serviço, pelo que não havia como voltar a pôr a operação de pé. No quartel das Caldas havia sempre uma Companhia de Ordem Pública e foi esta, “convencida que o previsto para dia 13 tinha sido reposto, que saiu às quatro da manhã a caminho de Lisboa”.

“Foram estes camaradas que arriscaram tudo sem terem conhecimento do todo que estava a acontecer”, recordou o agora tenente-coronel. Quando chegaram perto de Sacavém, os militares que saíram das Caldas perceberam que, afinal, os outros quartéis não chegaram a sublevar-se. Tiveram de regressar e de se render, tendo muitos deles sido presos.

“Mas tudo isto acabou por ter um efeito benéfico, porque permitiu perceber exactamente o que é que era preciso fazer para preparar eficazmente a operação que viria a ser o 25 de Abril”, explicou esta sexta-feira Otelo Saraiva de Carvalho. O golfe falhado deixou o regime tranquilo, o que jogou a favor dos militares, cuja união se reforçou.

“O episódio foi muito importante na história do País”, disse o tenente-coronel ao JORNAL DE LEIRIA, recordando que só por acaso não foi preso. Chegava a casa de um camarada no preciso momento em que também um carro da PIDE parava à porta do prédio. Otelo não estacionou o carro como tinha previsto e foi embora.

“Se tivesse sido preso, não teria havido 25 de Abril”. Na sua opinião, é importante que os jovens tenham noção do que aconteceu, e porquê, e o facto de os episódios estarem retratados em banda desenhada “permitirá chegar a públicos mais jovens”.

Matos Coelho era um dos militares que estavam no então Regimento de Infantaria 5 à data dos factos. Sexta-feira, nas Caldas da Rainha, perante uma plateia constituída sobretudo por alunos do concelho das Caldas, a maioria dos quais admitiu não conhecer a história do 16 de Março, alertou que o livro apresentado “é apenas uma visão dos factos” e que outras haverá.

Lembrou que o Estado Novo “começou em 1933” e que até 1974 “houve pelo menos 12 tentativa militares para derrubar o regime”. O general disse ainda que “estamos a viver momentos de populismo, e os populismos levam à ditadura”.

“Demos o nosso contributo para que vocês hoje tenham confiança. Na vossa idade tínhamos preocupações que vocês não têm, porque vivem em liberdade. Aproveitem, mas tenham consciência do que é a liberdade”, afirmou Matos Coelho na apresentação do livro.

Nascida das Águas e o 16 de Março de 1974 narra ainda momentos da fundação da cidade e “é uma forma apelativa e interessante” de contar episódios fundamentais da história das Caldas da Rainha, refere a autarquia.

O livro passa em revista vários momentos, desde a sua origem, com a Rainha D. Leonor, à implantação da República, com especial enfoque no golpe. “É um enorme contributo para que os mais novos entendam o 25 de Abril e tudo o que esteve envolvido no golpe. Falhou, mas foi determinante para acelerar a revolução”, sublinha Maria da Conceição Pereira, vereadora da cultura do município.

 

Inauguração no sábado, dia 24
Monumento evoca 'golpe das Caldas

Este sábado, dia 24, vai ser inaugurado um monumento evocativo do 'golpe das Caldas', instalado em frente à Escola de Sargentos do Exército, na altura Regime de Infantaria 5, de onde partiu a coluna de militares em direcção a Lisboa. Da autoria do artista plástico José Santa-Bárbara, a peça escultórica tem oito metros de altura, com a base em betão escuro (representativo dos muros da repressão que existiam antes do 25 de Abril), a partir da qual sai um canhão que liberta uma série de hastes a simular fogo-de-artifício. “Simboliza a criação de uma nova democracia”. José Ruy fez questão de incluir um desenho deste monumento no livro Nascida das águas e o 16 de Março de 1974.

Etiquetas: 16 de março 1974Caldascultura
Previous Post

PGD de Lisboa acusa dois ex-decisores públicos e cinco administradores no caso dos colégios GPS

Próxima publicação

PSP inicia hoje operação Páscoa em Segurança

Próxima publicação
PSP inicia hoje operação Páscoa em Segurança

PSP inicia hoje operação Páscoa em Segurança

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

  • Empresa
  • Ficha Técnica
  • Contactos
  • Espaço do Leitor
  • Cartas ao director
  • Sugestões
  • Loja
  • Publicidade Edição Impressa
  • Publicidade Online
  • Política de Privacidade
  • Termos & Condições
  • Livro de Reclamações

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.

Bem-vindo de volta!

Aceder à sua conta abaixo

Esqueceu-se da palavra-passe?

Recuperar a sua palavra-passe

Introduza o seu nome de utilizador ou endereço de e-mail para redefinir a sua palavra-passe.

Iniciar sessão
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Opinião
  • Sociedade
  • Viver
  • Economia
  • Desporto
  • Autárquicas 2025
  • Saúde
  • Abertura
  • Entrevista

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.