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Home Opinião

Barragem

Paulo Sellmayer, designer por Paulo Sellmayer, designer
Julho 26, 2023
em Opinião
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Já falhei a ida à barragem mais do que uma vez. É uma viagem que se combina para ver água em modo de represa. Falhei porque não fui, não fomos. Porque tentei, e acreditei que previa que ia acontecer. Só assim se falha, aceitando que à partida já se está perto de não concretizar porque se quis uma coisa longínqua, e por isso desejável. Vimos de perto um lago parado e artificial que tem água e patos.

No mapa uma barragem é um crescimento de redes neuronais hídricas que alguém decidiu que seria dali, do ponto do muro, para trás. Quando se coloca uma rolha no desejo ele cresce atrás. Toda aquela água que quer mar que quer ser um todo e acaba presa na iminência de sair dali.

Aparentemente é a escola na espera do recreio – quis sair sem o sumário feito e acabamos a reprovar.  O travão a dizer amo-te e abrir as comportas de quem se comporta sempre bem.

A água está cá para fluir, e nós fluímos com ela. Talvez seja como o amor. Se é vida, pelo menos têm isso em comum. Vive-se mal sem amor. Fica a boca seca, não chegando a saliva para articular as palavras que se querem depois. Corre só um riozinho depois do muro em geometria de sela de cavalo de betão como as casas e com um motor e turbina como os barcos.

A barragem é um navio encalhado. Quis zarpar e ficou ali a servir de poço para populações. Drenam os líquidos putrefatos sempre que o cheiro condiz à cor e à condição da natureza da água estagnada. Alivia um pouco a resmunga que fica lá no fundo à espera de existir.

É com a curiosidade de quem cria vida que se traz um lago artificial para onde antes só havia um curso curto que a cura se apresenta. A panaceia para a seca daquela região, irrigada por valas e desníveis suficientes para inundar uma paisagem.

Criam-se ínsuas, penínsulas e docas para atracar embarcações e pessoas e árvores perdidas que estavam a sentirem-se sem água para flutuar. Só traz coisas boas uma barragem. Fica a água parada para nós vivermos. A água a querer descer e os peixes a quererem subir. E nós ali parados, a usufruir. A água é diversão na fluida energia de que a crença traz um sonho, algo mágico é a química das moléculas que num honesto sabor a beijo se juntam para celebrar.

Etiquetas: barragemopiniãoPaulo Sellmayer
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