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Home Sociedade

Barreiras ainda não foram totalmente derrubadas

Elisabete Cruz por Elisabete Cruz
Outubro 11, 2018
em Sociedade
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Barreiras ainda não foram totalmente derrubadas
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Depois de tanto se falar em eliminar barreiras arquitectónicas para tornar as cidades, cada vez mais, inclusivas, o JORNAL DE LEIRIA foi tentar perceber se Leiria está um concelho mais acessível.

Se é verdade que muito já foi feito, o mesmo se pode dizer em relação ao que ainda falta fazer. Cegos e deficientes motores continuam com um dia-a-dia desafiante todas as vezes que se aventuram nas ruas da cidade.

A falta de civismo é um dos problemas apontados por algumas pessoas. Estacionamento em cima do passeio, utilização de lugares para deficientes por quem não tem esse direito, falta de avisos sonoros nos semáforos, a indicar a possibilidade de atravessamento para os peões e até melhoramentos nos lugares para veículos adaptados são outras das reclamações.

Graça Vieira nem sempre foi cega, mas desde que a visão desapareceu foi obrigada a adaptar-se a viver na escuridão do dia-a-dia. Com uma boa disposição contagiante, evidente à medida que conversa sobre as suas dificuldades, a funcionária de uma escola de Leiria considera que muitas barreiras já foram caindo, inclusive, na “sensibilização dos cidadãos”.

“Antes notava-se que a ajuda era por caridade. Era o 'coitadinho'. Hoje, as coisas são diferentes. As pessoas disponibilizam-se para ajudar, mas com uma abertura diferente, de forma natural. Há mais formação e sensibilização, o que tem contribuído para formar as pessoas”, salienta Graça Vieira.

A funcionária desloca-se a pé diariamente de casa para o trabalho. O percurso não é longo, mas os obstáculos são vários: candeeiros em cima do passeio, carros mal estacionados, passeios com lancis demasiado baixos e escadas sem protecção. Mesmo junto à sua casa já caiu por falta de gradeamento num pequeno lanço de escadas. Não há dúvida de que o perigo espreita em cada esquina.

Andaimes de obras, buracos no passeio assinalados apenas por uma fita e prédios com varandas no 1.º andar quase à altura de uma pessoa são outros obstáculos que surpreendem quem é cego e que não são ultrapassáveis com o uso da bengala. Graça Vieira exemplifica: uma camioneta mal estacionada e que seja mais alta, a bengala passa por baixo e não detecta o veículo. “

Já bati com a cabeça no carro, sem saber que lá estava.” Outros ferimentos podem ser causados por embates em toldos, placas de publicidade, sinais de trânsito, cordas da roupa e até ramos de árvores.Em Leiria já há várias passadeiras, onde foi colocado um piso “pitonado”, ou seja, com ligeiros relevos, que identificam uma passagem para peões. Esta é uma ajuda para quem é cego.

Alguns semáforos já tiveram avisos sonoros, mas o sistema foi desactivado. Graça Vieira considera um elemento “muito importante” para quem não vê. “É uma forma de avisar quando podemos atravessar.” Ana Valentim, vereadora da Acessibilidade da Câmara de Leiria, informa que o desligamento dos semáforos é resultado de um problema técnico, que está a ser reparado e que deve voltar a funcionar “a curto prazo”.

Os transportes públicos também estão mais acessíveis. No entanto, Graça Vieira defende que para os cegos facilitava o anúncio por voz da próxima paragem, à semelhança do que sucede com o metro de Lisboa.

“Não sei se seria viável ou se o investimento era rentável,  [LER_MAIS] mas para quem não vê saberia sempre qual a paragem em que vai sair.”

Cultura e compras acessíveis

O Museu da Comunidade Concelhia da Batalha é apontado por Graça Vieira como um exemplo da cultura acessível. “Está muito bem adaptado, com coisas que podemos tactear e nos apercebemos do que se trata”, conta.

Nas compras, o seu eleito – também pela proximidade – é o supermercado Lidl. “Tem uma aplicação em suporte informático que permite ter acesso às promoções e outros produtos e seleccionar o que queremos. Está bastante acessível”, revela, lamentando, contudo, que no local não tenham funcionários suficientes que a possam acompanhar nas compras.

Por seu lado, o Pingo Doce não tem essa acessibilidade, mas “possui um bom serviço de apoio”. Há sempre um funcionário disponível para acompanhar o cego nas suas compras no supermercado.

O hospital de Santo André, um local frequentado por pessoas com diversas deficiências é também apontado por Graça Vieira como um espaço a fazer melhoramentos na acessibilidade. “O som da chamada das senhas nem sempre é audível e quando fazemos a inscrição não sabemos qual o número da senha. Temos sempre de pedir ajuda.”

Miguel Duarte é paraplégico desde os 3 anos. Aos 50 anos afirma ter-se tornado “prisioneiro” do seu próprio espaço. As dificuldades de mobilidade que enfrenta quando anda na cidade, leva-o a limitar as saídas. “Escolho percursos sem barreiras.” E quando é obrigado a deslocar-se a repartições públicas ou a serviços médicos enfrenta uma aventura.

“Como não tenho família sou obrigado a fazer quase tudo sozinho, o que não é fácil. O estacionamento para deficientes deveria ter um recorte para dentro do passeio, sobretudo quando são largos, evitando que arriscássemos a sair para a estrada”, alerta.

Por isso, sempre que estaciona o veículo com o lugar do condutor do lado da circulação automóvel, Miguel Duarte coloca as duas rodas do carro cerca de 20 centímetros em cima do passeio. “O estacionamento está feito para as pessoas que saem do automóvel em cinco segundos e sem precisar de abrir muito a porta. Eu demoro, pelo menos, cinco minutos e é arriscado fazê-lo sempre com carros a passar”, constata.

Se estacionar no sentido contrário também enfrenta problemas: passeios demasiado altos. Estacionamento ocupado por terceiros, mal assinalado ou longe de organismos públicos é outro problema que encontra. “Deixo de fazer coisas por causa do estacionamento”, lamenta. Nas passadeiras, uma inclinação acima dos 20 ou 30 graus já lhe dificulta a mobilidade.

“O ideal é ter um passeio ondulado junto às passadeiras, pois ajuda no percurso.” A sua repartição de finanças está no 1.º andar, sem elevador. “Os funcionários descem e tratam-me de tudo”, revela, salientando que a disponibilidade dos técnicos é total. Na Segurança Social, a entrada tem de ser realizada “pela porta do 'cavalo'”.

O Serviço Municipalizado de Água e Saneamento também é pouco acessível. “Quem é que consegue subir aquela rampa?”, questiona.

A burocracia é um problema para qualquer cidadão, mas quem é portador de uma deficiência a situação agrava- se. Ser obrigado a ir a diferentes organismos públicos para tratar do mesmo assunto é um entrave. “É urgente a abertura da Loja do Cidadão, que espero que concentre todos os serviços.”

Etiquetas: acessibilidadebarreirascegosdeficientes motores
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