A Bhout, startup de Leiria, está a avançar com a criação de dez novos clubes em Portugal e Espanha e até ao final do ano, deverá contar com 25 estabelecimentos, cada um com cerca de 750 metros quadrados.
A marca que convida a fazer do exercício físico uma espécie de jogo, com o auxílio de Inteligência Artificial (AI) abriu recentemente em Almada e já conquistou a capital espanhola, Madrid. Laranjeiras (3 de Abril), Miraflores e Oriente seguem-se na lista.
Mas o crescimento, explica o CEO, Mauro Frota, não ficará por aqui.
Na mira, estão os mercados brasileiro, dos EUA e da Arábia Saudita.
O crescimento e captação de capital têm sido realizados de várias formas, quer com franchises, quer com joint-ventures, ou fundos de investimento imobiliário, ensaiando uma nova forma de gestão dos espaços, dependendo da geografia.
Nas rondas de venture capital, a Bhout foi mesmo a startup que alcançou a maior ronda seed do mundo e foi escolhida pela Time como uma das empresas inovadoras do ano.
“Somos o metro quadrado de fitness mais rentável em Portugal, relativamente à área ocupada.”
Mauro Frota recorda que o modelo de negócio e de actividade da Bhout passou os últimos três anos em testes, num espaço da Avenida de Roma, em Lisboa, tendo alcançado o estágio de desenvolvimento final da sua tecnologia, apenas, em Novembro do ano passado.
“Está tudo pronto. Conceito, fábrica e saco de boxe com IA.”
Num ginásio “normal”, Mauro Frota diz que as desistências ocorrem, normalmente, entre os três e seis meses, após a inscrição, contudo, com a filosofia Bhout, a saída acontecerá após quase dois anos.
“Fazer exercício, para o ser humano, é lutar contra o ADN. Os nossos corpos são concebidos para conservar energia, porque, na natureza, a nossa espécie nunca sabia quando iria ter a próxima refeição. Ir ao ginásio, é contrariar isto.”
A startup de Leiria aplica ciência da motivação, behavioural science para criar uma disciplina física que não é fitness puro, mas que está mais próxima do gaming, graças aos sacos de boxe com IA, criados especialmente para a empresa, equipados com sensores e software para monitorizar a força, precisão e qualidade dos movimentos.
“Não dizemos vem fazer exercício, mas‘vem jogar Bhout’”, resume o CEO.