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Home Viver

Biblioteca da cimenteira da Maceira guarda núcleo de livro antigos

Maria Anabela Silva por Maria Anabela Silva
Fevereiro 28, 2023
em Viver
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Biblioteca da cimenteira da Maceira guarda núcleo de livro antigos
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O autor descreve-o como um “livro pequeno de poemas”. Falamos de A Mensagem, a única obra poética de Fernando Pessoa publicada durante a sua vida. A primeira edição saiu a 1 de Dezembro de 1934 e uma semana depois já estava disponível na biblioteca da Casa de Pessoal da Fábrica de Cimentos de Maceira- Lis (agora designada por Secil).

A obra, composta por 44 poemas entre os quais Mar Português, é um dos cerca de 2.500 exemplares que constituem o espólio desta biblioteca, criada no mesmo ano da publicação de A Mensagem com um duplo objectivo: contribuir para a “instrução” dos trabalhadores da cimenteira e como entretenimento, funcionando também como sala de leitura, que, além de livros, disponibilizava jornais e revistas.

Hoje, tal como acontece com a a restante Casa de Pessoal, a biblioteca encontra-se fechada, mas em ano de centenário da fábrica, que será assinalado em Maio, o espaço está a sofrer melhoramentos e a intenção da empresa, no que à biblioteca diz respeito, é criar no seu site um mecanismo de procura e identificação das obras, de acesso público.

“Sabendo o acervo que temos, as pessoas podem depois pedir para consultar para fins específicos como investigação”, refere Nuno Maia, director de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Secil.

Fundadores doaram espólio

Luís Pereira, responsável pelos arquivos da cimenteira da Maceira, explica que a biblioteca nasceu do incentivo dado às Casas do Povo para terem um espaço desta natureza, como política de “promoção da leitura e do estudo”, mas também como estratégia para “promover a ideologia do Estado [Novo]”.

No caso da Maceira, a biblioteca foi criada em 1934, com grande parte do espólio inicial a ser oferecido pelos fundadores da fábrica, Henrique Sommer e José da Rocha e Mello. “Cada um contribuiu com um pequeno núcleo documental. O acervo foi depois engrossando através da aquisição mensal de livros sugeridos pelo Estado às Casas do Povo, mas também pelas ofertas dos donos e de directores da fábrica”, conta Luís Pereira, frisando que essas doações acabaram por fazer desta uma biblioteca “diferente” das restantes pertencentes a organizações similares.

“Temos um núcleo de livro antigo, dos séculos XVII, XVIII e XIX, parte do qual veio do Mosteiro do Restolho, que estava ao abandono, e outro sobre a história de África, bem como um importante acervo documental sobre o corporativismo”, revela Luís Pereira.

Pseudónimo fintou censura

O livro mais antigo data de 1594 e é uma edição em espanhol do Guia dos Pecadores, da autoria de Luís de Granada. Há também um exemplar, de 1672, sobre a vida do padre Joseph de Achieta, jesuíta e um dos fundadores de São Paulo (Brasil), e a obra de Maksim Gorki, pseudónimo de Aleksei Maksimovich Peshkov, escritor, dramaturgo e activista político russo, que “só entrou na biblioteca após o 25 de Abril”.

As estantes guardam ainda uma colecção de romances de Max du Veuzit, pseudónimo de Zéphirine Vavasseur Alphonsine, nascida em França em 1876 e autora de títulos como A mulher que venceu, Casamento Tentador e a Paixão que domina. “Escaparam à selecção do padre que fez a primeira catalogação dos livros da biblioteca por causa do pseudónimo, que é um nome masculino”, conta Luís Pereira.

Segundo o responsável pelos arquivos da Secil da Maceira, nessa primeira catalogação foi feita uma selecção tendo em conta os seguintes critérios: “Para todos”, “Para Adultos” e “Para o Index”. Os que caíam nesta última classificação tinham dois caminhos possíveis: serem queimados ou escondidos. “Seguramente os romances de Max du Veuzit teriam esse destino se o catalogador se tivesse apercebido que tinham sido escritos por uma mulher.”

“Esta é uma biblioteca privada de instrução para os trabalhadores. Pela sua natureza e dimensão, nunca foi de uso público, mas está disponível para investigadores que queiram aqui fazer os seus estudos”, nota Nuno Maia. O responsável ressalva ainda que os livros expostos “têm um valor cultural importante, mas não têm valor comercial, porque estão todos identificados e carimbados pela Casa de Pessoal e são facilmente rastreáveis”.

Etiquetas: A mensagembibliotecafabrica cimentosfernando pessoaLeirialivro antigoMaceiraSecil
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