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Uma suspeita de burla ter-se-á feito passar por médica e ligou a uma utente de Alcobaça a solicitar fotografias das suas mamas, referindo a existência de uma máquina nova para a realização de testes.
A denúncia foi feita pela filha da vítima nas redes sociais, que só não enviou as fotografias por não ter conseguido fazê-lo via telemóvel.
Segundo relata a familiar, a pessoa telefonou dizendo que estava a “substituir o seu médico de família (e sabia o nome dele e que de facto está em licença de parental)”.
A filha soube da situação, porque a mãe lhe telefonou para saber se o seu médico já não trabalhava no centro de saúde e, na conversa, comentou, “frustrada”, que não tinha conseguido mandar as fotografias.
O Comando Distrital da PSP de Leiria confirma que o “familiar de uma alegada vítima entrou em contacto com esta força de segurança”.
“Foi informada dos trâmites legais a seguir, ou seja, de que a alegada vítima teria que se deslocar a um departamento policial e apresentar formalmente queixa-crime, porquanto o ilícito criminal relatado será de natureza semi-pública. Além do exposto, realça-se que também a familiar em apreço não é titular do direito de queixa”, explica, contudo, a PSP.
A PSP esclarece ainda que “não havendo denúncia formal deste tipo de ilícito criminal a PSP (ou outro órgão de polícia criminal) não pode desenvolver esforços na descoberta da verdade, sob pena de recair em incumprimento da lei”.
Perante situações de alegadas burlas, a PSP aconselha, genericamente, “a que todos os cidadãos não divulguem nenhum dado privado e/ou sigiloso por telefone nem em sites ou plataformas online que não sejam amplamente conhecidas e de fiabilidade reconhecida”.
“Não partilhem nenhum dado sobre rotinas diárias, se estão sozinhos (ou em algum momento do dia), se sofrem de algum problema/debilidade ou outra informação relevante a pessoas estranhas. Aconselha-se também à não divulgação de dados pessoais de qualquer documento , nem ao envio de fotografias, procurando sempre a salvaguarda da sua imagem, identificação e outros dados relevantes”, destaca a PSP.
Em caso de dúvida, aquela força policial sugere o contacto com as autoridades locais ou ligar 112.
