O resgate de 41 gatos, de um apartamento, gerou troca de acusações entre a Câmara e a Associação de Protectora de Animais da Marinha Grande (APAMG). Entretanto, os ânimos exaltaram-se nas redes sociais, com munícipes que se insurgiram contra o executivo, e o município, que considera alguns comentários “injuriosos”, já informou que remeterá queixa ao Ministério Público (MP).
A APAMG explicou ao nosso jornal que, na passada quinta-feira, foi chamada de urgência por um agente que tinha ordem judicial de despejo de inquilinos, que tinham consigo 41 gatos. Segundo a associação, o agente tinha comunicado com o vereador da Protecção Animal e este terá dito que os colocasse na rua, porque não tinha como agir.
A associação tratou da recolha e, entre outras associações e particulares, está a tratar da adopção, explicou a mesma fonte, indignada com o facto de, sendo conhecedora da situação, a câmara não ter atempadamente pedido auxílio. Após a associação ter dado eco do resgate, [LER_MAIS]na sua página de Facebook, vários munícipes insurgiram-se contra o executivo.
E o município emitiu um esclarecimento. “Há um ano”, o Serviço Médico Veterinário e o Serviço de Saúde Pública “deslocaram- -se ao local para averiguação da situação tendo verificado a existência de cerca de 19 felinos”; os animais receberam identificação electrónica, foram desparasitados e esterilizados, “tendo havido um compromisso do detentor dos felinos na entrega dos mesmos no Centro de Recolha Animal, de forma faseada, o que nunca sucedeu, por opção do próprio”.
“O município, sendo uma pessoa de bem, não pode deixar de lamentar o conteúdo do comunicado que integra falsas afirmações, põe em causa o bom nome do município, recorre a um tom acusatório impróprio de um parceiro social, sobre o qual recaíram observações públicas que atentam o bom nome de pessoas”, notou a autarquia. “Face ao teor dos graves comentários que recaíram sobre o assunto, profundamente difamatórios e objectivamente injuriosos, dirigidos ao município e a quem nele trabalha e, em particular, ao presidente, irá remeter queixa ao MP com vista à avaliação da responsabilidade criminal dos autores de tais escritos difundidos e publicitados através de uma rede social”, rematou.