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“É imprescindível estabelecer um equilíbrio entre a organização de eventos e os legítimos direitos dos moradores ao descanso”, refere o presidente da Câmara Municipal de Leiria, Gonçalo Lopes, no primeiro parágrafo do despacho que assinou e que acaba de divulgar.
Durante a reunião de vereadores que está a decorrer esta tarde, o Município de Leiria anunciou 18 medidas para mitigar o impacto dos eventos ao ar livre, uma decisão que surge depois de constrangimentos provocados por iniciativas como o Leiria Sobre Rodas, o Leiria Fun Run, a Meia-Maratona de Leiria e a Resistência Urbana de Leiria, nas últimas semanas.
No despacho, que cobre seis áreas de intervenção, incluindo o ruído, o trânsito e a sustentabilidade ambiental, Gonçalo Lopes compromete-se, por exemplo, a garantir que o Jardim da Almuinha (utilizado para receber uma exposição de carros durante o Leiria Sobre Rodas) e também o Parque Verde de Leiria (onde desde a abertura já se realizaram vários eventos ao ar livre que alguns moradores da urbanização de Santa Clara contestam) “assumem a sua função de espaços dedicados ao lazer, sendo a sua utilização pontual”.
Como resposta à insatisfação de parte dos moradores do centro de Leiria, Gonçalo Lopes adianta que a autarquia pretende “incentivar a distribuição de projectos noutros pontos da cidade e do concelho, por forma a aliviar a pressão exercida no centro histórico, privilegiando locais que garantam uma minimização dos impactes ambientais”.
É ainda referido que o município vai “implementar medidas de limite de horários de funcionamento dos eventos ao ar livre” e “reforçar a monitorização e o controlo do ruído”.
Pela oposição, Álvaro Madureira (PSD) considera que o plano divulgado esta terça-feira configura um conjunto de boas vontades que não vai reduzir os excessos verificados durante um fim-de-semana catastrófico e voltou a propor a aquisição de terrenos na zona da Gândara para criar um parque de eventos e de lazer, que permitiria desanuviar a zona central da cidade.
