O muro que separa as ruas de Saint-Maur-des-Fossés e Dr. Vitorino Silva Araújo, nas proximidades da designada rotunda da Cruz da Areia, em Leiria, está em risco de ruir. A câmara reconhece o perigo e manifesta-se disponível a intervir, indo ao encontro das pretensões dos moradores. Há, no entanto, divergências quanto à forma de resolver o problema, colocando em risco 25 árvores que poderão vir a ser abatidas.
Segundo explicou o vereador Carlos Palheira durante a última sessão da Assembleia Municipal, a solução preconizada pelo município passa por construir um novo muro, mas recuá-lo “meio metro” de forma a “salvar” as árvores. Porém, esta opção “implica com propriedade privada”, sendo necessária a “anuência” dos condóminos.
Carlos Palheira respondia à intervenção de Emília Fernandes, administradora de um dos lotes, que esteve na sessão acompanhada por representantes de condóminos de outros lotes, a alertar para os “graves danos” do muro.
“Pedimos a reconstrução do muro no mesmo sítio onde foi construído com licença passada pela Câmara de Leiria”, afirmou Emília Fernandes, chamando a atenção para o “perigo grave” que a situação representa, nomeadamente para “adolescentes e adultos que todos dias saltam o muro, apesar de não haver ali nenhuma passagem”.
No local existem 25 árvores de grande porte, tendo já sido cortadas dez árvores. “Tentamos encontrar um ponto de equilíbrio. Os serviços da câmara propõem fazer o muro noutro sítio e poupar a cortina arbórea, mas os moradores querem que a reconstrução seja no mesmo local, o que implica o corte de árvores”, resumiu o presidente do município, Gonçalo Lopes.