A maioria dos municípios da região vão aumentar os seus orçamentos para o próximo ano, à ‘boleia’ dos fundos comunitários (PRR e Portugal 2030), dos acordos de descentralização de competências e dos contratos no âmbito da estratégia local de habitação. No caso de Ourém e de Porto de Mós os montantes para o próximo ano serão os mais elevados de sempre, com Leiria a aproximar-se também do valor recorde. Pombal é a excepção, com uma redução de 1,1 milhão de euros.
Em termos percentuais, Alvaiázere regista o maior aumento, com o orçamento municipal para 2024 a duplicar face ao do corrente ano, passando de 10,3 milhões de euros (ME) para 20,4 ME. Segundo o presidente da autarquia, esta subida reflecte o “início da execução de muitas das obras submetidas a sufrágio”, fruto de candidaturas a fundos comunitários. A requalificação urbana na vila de Alvaiázere, com a criação de um loteamento a preços acessíveis para jovens, e o início do complexo biofluvial da ribeira de Alge são alguns dos investimentos previstos.
Com uma dotação de 66,3 ME, o Município de Ourém aprovou, na segunda-feira o “maior orçamento de sempre”. A habitação e o urbanismo são as áreas com maior dotação (14,6 ME), onde se incluem verbas para o programa de construção de casas a custo controlado, seguida da rubrica transportes e comunicações, contemplada com 7,1 ME.
Também Porto de Mós irá ter, em 2024, um orçamento recorde, no valor de 29,6 ME, com o município a apontar como prioridades o alargamento das redes de saneamento (3,5 ME) e a educação, que representa 18% do total das Grandes Opções do Plano (2,8 ME).
O orçamento da Câmara da Marinha Grande totaliza 36,7 ME (mais 4,3 ME face ao corrente ano) e contempla as requalificações das escolas José Loureiro Botas, Pinhal do Rei e Guilherme Stephens, assim como a construção da residência para estudantes. “Dois terços do orçamento ficam cativados na educação e no pessoal”, salientou o presidente da câmara na reunião de executivo.
Em Figueiró dos Vinhos, o orçamento municipal para 2024 cresceu 12% face ao último, totalizando 15,6 ME. Ao nível dos investimentos, destaca-se o passadiço complementar das Fragas de São Simão, a Estratégia Local de Habitação, a variante norte e as requalificações da escola secundária e da piscina municipal.
Também a Câmara da Batalha fez crescer o orçamento para o ano que aí vem, no valor de 21 ME, o que representa um acréscimo de 2 ME. “Este aumento deve-se aos projectos que estão não só aprovados no âmbito do PRR e que estão em curso, como à retoma de alguns projectos que se perspectivam ver concluídos”, referiu o vice-presidente Carlos Agostinho em reunião de câmara. Entre as obras previstas, destacam-se o novo centro de saúde da Batalha e o pavilhão de São Mamede.
Em Pedrógão Grande, o orçamento camarário para 2024 será de 14,7 ME (mais 3,7 do que o presente), com destaque para a requalificação da escola sede do agrupamento, investimento de quase seis milhões de euros, bem como o projecto de valorização para a albufeira do Cabril estimado em 1 ME.
A Câmara de Castanheira de Pera terá um orçamento de 11,7 ME, mais 4,3 ME do que o deste ano. Entre as prioridades para o próximo ano, está a criação de um condomínio empresarial e de espaços direcionados para as novas tecnologias e trabalho partilhado, a reabilitação de 16 fogos e intervenções em edifícios escolares (ascenderão a 3,8 milhões de euros).
Tal como avançou o JORNAL DE LEIRIA na última edição, em Leiria o orçamento municipal cifra-se em 112,5 ME e na Nazaré em 28 ME, verbas que representam aumentos face ao ano em curso.
O Município de Pombal é excepção, com um orçamento de 50,9 ME, inferior ao actual em 1,1 ME. À agência Lusa, o presidente da câmara frisou que a esse valor faltam fundos comunitários, quer do Portugal 2030, quer do PRR, para candidaturas já comprometidas, pelo que, é expectável que o montante suba ao longo do ano. Os documentos previsionais para 2024 destinam 13,6 ME a áreas prioritárias (expansão e modernização de parques industriais, criação de espaços verdes e smart cities), assim como 7,6 ME para a requalificação de escolas e 4 ME para as freguesias.