A opinião foi unânime: os candidatos à Câmara Municipal da Batalha defendem que não deviam existir portagens na A19, para desviar o trânsito da frente do Mosteiro da Batalha, que se tem vindo a degradar.
No debate que o JORNAL DE LEIRIA promoveu esta segundafeira, Paulo Batista Santos (PSD), que se recandidata à presidência da autarquia, adiantou que isso não é possível enquanto a estrada estiver concessionada. Por isso, por agora, serão colocadas barreiras acústicas no IC2 em frente ao monumento, o que, não sendo a solução, “minimiza” o problema.
Horácio Moita Francisco (CDSPP) defendeu que devia ser criado um movimento associativo para defender aquela causa. “O Oeste tem isenção de portagens. Como? Com o movimento associativo. Lutaram e conseguiram”, disse.
O mosteiro é o terceiro monumento mais visitado do País. Mas o número de dormidas na vila não tem aumentado. Carlos Repolho (PS) defendeu que para atrair turistas é preciso “ter uma paisagem mais bonita”, mas disse que o “restante território do concelho não é apelativo”.
José Valentim (CDU) referiu que existem, no concelho, “enormes possibilidades”. O candidato considera que poderiam ser feitas parcerias com colectividades utilizando “espaços que estão abandonados”.
[LER_MAIS] Por sua vez, Horácio Moita Francisco afirmou que a criação de circuitos seria uma forma de fixar os turistas. Salientando que esse trabalho não depende apenas da autarquia, o candidato do CDS-PP notou que é preciso “influenciar os operadores turísticos e os empresários dessa área”.
Outra questão considerada “urgente” pelos candidatos é a despoluição da bacia hidrográfica do Lis. Para Paulo Batista Santos, a solução passa pela construção de uma Estação de Tratamentos de Efluentes Suinícolas. “A primeira responsabilidade está em quem polui”, afirmou.
Opinião contestada por Carlos Repolho, que apontou responsabilidades à administração da Recilis. “Os suinicultores têm muitas descargas orgânicas e não têm muita solução.”
José Valentim afirmou que “as responsabilidades estão identificadas”, frisando ainda que a ciência disponibilizou já diversas possibilidades e que “o conhecimento não pode ser só adstrito a quem está nos gabinetes, é preciso transportá-lo para o terreno”.