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Home Desporto

Carina Vicente: “Quero continuar a desenvolver a esgrima leiriense”

Redacção por Redacção
Fevereiro 19, 2023
em Desporto
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Carina Vicente: “Quero continuar a desenvolver a esgrima leiriense”
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Como avalia a prática da modalidade de esgrima em Leiria?
Quando iniciámos o projecto no Bairro dos Anjos, as pessoas desconheciam a modalidade. À medida que fomos tendo alguns atletas, a mensagem começou a espalhar-se. Sobretudo neste último ano, temo-nos juntado a algumas escolas para demonstrações, e temos mais pessoas a saber que existe esgrima em Leiria. Uma das principais dificuldades que enfrentamos é o facto de a esgrima ser vista como um desporto elitista, extremamente caro, apenas praticado pela alta sociedade. E isso não é verdade. Possivelmente consegue-se praticar esgrima com as mesmas mensalidades que o futebol, por exemplo. O equipamento pode sim ser caro, mas tem uma enorme durabilidade. E quem vai entrando e praticando começa a ter essa noção. Mesmo para os miúdos, nós disponibilizamos o equipamento, não há necessidade de aquisição logo no início da actividade. No BA temos miúdos com contextos familiares muito diferentes e todos eles gostam e mantêm-se na esgrima.

É também uma questão de mudança de mentalidades?
Sim. Aquilo que dizemos sempre aos miúdos e aos pais é “venham experimentar”. Só depois de experimentarem é que sabem se vale ou não o investimento. Até porque a esgrima é um dos desportos mais completos em termos de exploração de coordenação motora, e de cálculo mental. Inclusive, os adultos que vêm experimentar não têm ideia do quão físico pode ser. Neste momento estamos também na tentativa de envolver adultos. É um objectivo, pois pode ser um desporto extremamente social. É um desporto individual, mas onde é sempre necessário um grupo.

Foram já promovidos pelo BA dois torneios de esgrima em Leiria. Que impacto têm estes eventos na modalidade?
Embora não estejamos extremamente focados na competição, pois somos muito recentes e ainda não estamos à procura de resultados e participações internacionais, sentimos que para manter o grupo motivado, é neces-sário fazer coisas diferentes. Nós participamos nas provas do calendário nacional, mas algumas, para determinados escalões, são muito competitivas. O que nos levou a pensar que seria preferível promover internamente algumas competições, e há um ano decidimos convidar alguns clubes a juntarem-se. E o resultado foi muito bom. Para os que nunca competiram é uma forma mais saudável de entrar no mundo competitivo. Para os pentatletas, que já vão a provas internacionais de pentatlo, é uma forma de lhes dar mais um momento competitivo. A esgrima é muito isto. É necessário competir, jogar com pessoas diferentes, resolver situações diferentes, porque cada adversário tem desafios distintos. Mas é preciso calcular o quão grande é o passo a dar.
[LER_MAIS]
Ainda há muito a fazer pela esgrima no concelho de Leiria e no distrito?
Muito. Neste momento estamos a tentar que, pelo menos em Leiria, as pessoas saibam que existe a modalidade. Estamos com um projecto de pentatlo moderno no Agrupamento D. Dinis, que promove a esgrima, o laser run e a corrida, e os alunos já começam a ter essa noção, mas ainda temos de chegar a muitas escolas. Uma vez começando a crescer, e isto já falando a longo prazo, obviamente que não conseguirei dar resposta sozinha, e a ajuda vai passar pelos nossos atletas mais velhos, que um dia se podem tornar treinadores. Alguns já estão com essa ambição, mas é um processo demorado.

O que motivou a dinamização do projecto-piloto de Esgrima Adaptada no BA?
Esta era uma vertente que já queria explorar, porque não há esgrima adaptada em Portugal. E o BA sempre me apoiou. Um dia estávamos numa sessão com o Colégio Nossa Senhora de Fátima e uma aluna com paralisia cerebral, a Sara, veio acompanhar. E foi ela que no fim me disse que sempre quis experimentar esgrima, e eu disse-lhe que arranjaríamos solução. Sugeri fazermos sentadas em duas cadeiras normais, com a condição de ela não se entusiasmar em demasia, para não virar a cadeira. Curiosamente na altura participei numa formação de esgrima adaptada, onde tive a sorte de o clube que acolheu a formação ter duas bases de esgrima adaptada paradas, e nos cederem temporariamente. Neste momento o projecto está um pouco parado, porque temos de nos aproximar de instituições, e estamos num impasse pois sou a única treinadora. Ter a Sara num treino é tranquilo, mas ter três ou quatro requer mais atenção. Estamos agora a tentar arranjar um equilíbrio para conseguirmos desenvolver a esgrima adaptada sem quebrar o ritmo que já estamos a criar.

O projecto de esgrima adaptada foi precisamente um dos motivos que levou à sua distinção como Personalidade do Ano pela Confederação do Desporto de Portugal. O que representou este reconhecimento?
Foi uma surpresa, mas soube muito bem. No ano passado a Federação Portuguesa de Esgrima deu um grande salto, mesmo em termos de resultados internacionais, e tinha muitos colegas que mereciam esse prémio. Acho que o que motivou esta atribuição foi o ser sangue novo, ser alguém que veio já com alguma experiência de fora e que de repente iniciou um projecto em Leiria. E toda a gente no mundo da esgrima, pelo menos na parte da espada, valoriza a existência do nosso clube. A esgrima adaptada é o projecto que nos distingue dos outros clubes. É algo que a Federação já queria há algum tempo, e antigamente havia um treinador que tinha um projecto de esgrima adaptada que acabou por terminar. De repente, sem a Federação falar comigo, apareço com um projecto e uma atleta. Acho que isso foi o que faltava para ser eleita personalidade do ano. Fiquei muito feliz e dá uma grande motivação.

Recentemente esteve também em Colombo, no Sri Lanka, a dar formação de pentatlo moderno, tendo sido a primeira portuguesa e a única mulher no lote de formadores. Como foi a experiência?
Fiquei muito contente quando recebi o convite. A Federação Portuguesa considerou que, do leque de treinadores, eu seria a que teria aquilo que a União Internacional de Pentatlo Moderno procurava. A resposta deles foi positiva e, inclusive, disseram “ainda bem que é uma mulher”. Eu nunca fui daquelas pessoas que pensasse “estou num mundo de homens”, mas de facto ficaram contentes de ser uma mulher, porque lá não têm praticamente mulheres a fazê-lo. A experiência foi muito boa e desde então, todos os dias, um ou outro participante manda-me mensagem a perguntar alguma coisa. Ficou uma relação muito próxima, e certamente que um dia voltarei.

Quais são os seus objectivos futuros? Ser seleccionadora nacional é uma ambição?
Eu gosto muito da competição e de trabalhar com quem dá gozo, mas gosto mais da formação. E aqui no BA tenho um misto das duas coisas. Consigo trabalhar com os pequenos e formá-los, e ao mesmo tempo acompanhá- los e vê-los progredir. Se algum dia tiver alguém do clube a desafiar- -me a ir mais além, sou a primeira a arregaçar as mangas e a dizer “vamos”. Até isso acontecer, vou-me manter por aqui. E mesmo nessa altura, provavelmente irei manter-me por aqui. Porque também tenho um filhote, e o ser seleccionadora nacional implica estar muito tempo fora. No futuro, quem sabe. Mas por agora quero ficar aqui, desenvolver a esgrima leiriense e acompanhar os atletas até onde eles quiserem ir.

Perfil
Do atletismo à paixão pela esgrima
Começou no atletismo do Bairro dos Anjos (BA) aos 15 anos, mas rapidamente abraçou o pentatlo moderno, onde se apaixonou pela esgrima. Na altura, os poucos treinadores de esgrima estavam concentrados em Lisboa, e só após concluir a licenciatura em Treino Desportivo, em Rio Maior, Carina Vicente conseguiu ter um maior contacto com a modalidade, quando fez o estágio em Inglaterra. Em terras de Sua Majestade participou em vários cursos da British Fencing Association e da British Academy of Fencing, trabalhou em algumas escolas e criou um clube de esgrima, que ainda hoje se mantém. Em 2018 decidiu regressar às origens e iniciar o projecto de esgrima no Bairro dos Anjos, actualmente o único clube do distrito com a modalidade, tendo cerca de 25 atletas de esgrima dos 6 aos 18 anos. No início deste mês, foi distinguida como Personalidade do Ano pela Confederação do Desporto de Portugal, sob proposta da Federação Portuguesa de Esgrima.
Etiquetas: Bairro dos AnjosCarina Vicentedesportoesgrimaesgrima adaptadaLeiriamodalidade
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