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Home Entrevista

Carlos Rabadão: “Leiria manda mais estudantes para fora do que consegue captar”

Elisabete Cruz por Elisabete Cruz
Outubro 17, 2024
em Entrevista
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Carlos Rabadão: “Leiria manda mais estudantes para fora do que consegue captar”
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Dois anos de presidência: o que mudou no Instituto Politécnico de Leiria (IPL)?
Este ano arrancámos pela primeira vez com programas doutorais próprios. Estamos envolvidos em três, dois dos quais já podemos outorgar o grau. Esperamos que no próximo ano sejam mais. Aprovámos os nossos estatutos, que andávamos há mais de uma década a tentar fazê-lo. Temos um novo Conselho Geral e consolidámos a nossa oferta formativa, tornando os cursos mais eficientes do ponto de vista do número de estudantes por curso, para tornar a nossa actividade mais rentável.

Como estão as contas do IPL? E continua a verificar-se um subfinanciamento?
O IPL, como outros, cresceu em número de estudantes e o financiamento estava congelado. O referencial era o número de estudantes em 2009 e o financiamento foi sempre indexado a esse número. O orçamento de 2024, pela primeira vez, passou a depender o financiamento do número de estudantes e das áreas científicas. Por exemplo, um aluno de enfermagem ou de artes é mais financiado do que um aluno da formação de professores, o que até é um contrassenso dada a falta de professores no País. Por isso mesmo continuamos a apostar, mas às nossas custas, agravando a nossa tesouraria. A fórmula entrou em 2024 e [financiamento] está a aumentar gradualmente. Em 2027 estaremos a receber o que deveríamos, com base no número de estudantes e nas áreas de formação.

Qual é o valor?
Oscila entre os 2.000 e qualquer coisa euros de um aluno menos financiado e chega a mais de 4.000 para um aluno das áreas mais científicas. Teatro é a nossa área mais financiada. Este será o financiamento que vamos ter em 2027. Em cima disso há a propina que também está congelada de 697 euros. Actualmente, o financiamento tem uma lógica de histórico dos últimos três anos. Como estávamos subfinanciados o histórico prejudica-nos e a parcela nova beneficia-nos. Mas continua a existir uma desigualdade na diferenciação do financiamento para o subsistema universitário e para o subsistema politécnico. Há ponderadores diferentes e obviamente que o universitário recebe mais, o que não se justifica, porque os cursos são iguais, têm a mesma acreditação e duração. Os nossos centros de investigação são avaliados pela FCT [Fundação para a Ciência e a Tecnologia] da mesma forma e depois nós temos menos dinheiro, o que leva a que tenhamos de sobrecarregar mais os nossos professores com aulas, sobrando-lhes menos tempo para a investigação, mas depois somos avaliados da mesma forma.

E as contas estão equilibradas?
O orçamento está mais equilibrado, não temos tido dificuldades de disponibilidade de tesouraria. Já foi criada uma folga para fazer algum investimento e mesmo manutenção, que durante muitos anos não foi a desejável e necessária. As contas estão equilibradas, mas como temos muitos projectos, nomeadamente agendas mobilizadoras que movimentam muito dinheiro, é preciso ter a capacidade de apresentar contas às entidades financiadoras e elas pagarem-nos. Por vezes há aqui um desfasamento que pode causar alguns constrangimentos de tesouraria, o que não tem acontecido. Estimamos que o próximo ano possa ser um grande desafio, porque vai haver um grande volume de obra a ser feita, apesar de ela estar desfasada. Mas os serviços financeiros estão preparados para esse desafio.

Há um estigma social por sermos ensino politécnico

A estrutura de missão é um dos pilares da sua presidência. Qual é o ponto da situação?
A estrutura de missão está agora na fase final. Queríamos ter apresentado resultados durante este ano, mas houve um atraso num ou noutro município. Já foi a fase de auscultação e de discussão nos vários municípios sobre o que é que caracteriza cada um deles e quais são as apostas do território. Agora estamos numa fase de desenho de projectos-piloto. Esperamos durante o primeiro semestre de 2025, fazer a apresentação de um documento onde vamos caracterizar o que é que são as nossas duas regiões: Leiria e Oeste, mais Ourém e Soure, e quais são os pilotos que vamos querer fazer e articular com a CCDR [Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional] e com a tutela.

Na sua candidatura assumiu que queria transformar o IPL na Universidade de Leiria e do Oeste. O que está a ser feito?
Teremos de apresentar um projecto estruturado à tutela relativamente ao que é a nossa estratégia para o futuro de longo prazo. Temos de ter programas doutorais, mas também queremos levar um projecto para as regiões e a estrutura de missão é essencial para nos dar essa informação e dizer para onde quer ir o território. Queremos dar resposta ao que o território necessita e vamos querer ser universidade. Não há dúvida nenhuma que há um estigma social por sermos ensino politécnico. Este ano voltei a olhar para os números e o distrito de Leiria manda mais estudantes para fora do que consegue captar, ou seja, estamos a perder talento, massa crítica e jovens, porque sabemos que, quando vão para Lisboa, Coimbra ou Porto, dificilmente voltam. Temos de aumentar a capacidade de retenção de estudantes na nossa região. Esse é um dos motivos para sermos universidade. O outro é podermos ter determinadas ofertas formativas, nomeadamente a formação de professores do secundário, que está vedada aos politécnicos. Só conseguimos formar até ao 6.º ano. Continuamos a querer ser Universidade de Leiria e do Oeste e durante o próximo ano espero ter o dossier pronto.

Como tem sido a procura de estudantes pelo IPL no seu mandato?
No primeiro ano, na Covid, havia a expectativa que pudesse haver um decréscimo, mas verificou-se um aumento, apesar do abandono ter aumentado. Hoje percebemos que tivemos um abrandamento muito por conta do ciberataque que sofremos, que ocorreu em cima das candidaturas e as plataformas não estavam disponíveis. Este ano voltámos a crescer. Temos os cursos cheios e preenchemos 95,1% das vagas que colocámos a concurso, o máximo alcançado. Além dos concursos especiais, dos cursos técnicos superiores profissionais e dos mestrados. Estamos muito fortes. Houve uma consolidação. Os nossos polos em Pombal e Torres Vedras estão mais sólidos e tiveram mais procura. A nossa expectativa é que este ano voltemos a ter à volta de 14 mil estudantes.

E em termos de alunos internacionais?
No ano passado registámos uma descida, mas este ano voltámos a subir. Continuamos a ter como polos fortes o Equador, o Brasil e a China, que desacelerou muito na altura da Covid. A investigação é fundamental, até para garantir boas classificações nos centros de investigação.

Os professores têm tempo para investigar?
Os investigadores têm conseguido à conta do seu tempo. Temos 16 unidades de investigação em avaliação. Estamos a crescer do ponto de vista de investigação, de participação em projectos e nas grandes agendas. Também aumentámos a participação em projectos internacionais que era um aspecto apontado a melhorar. Mas os docentes não têm as condições que deviam ter, comparando com o universitário. Conseguimos crescer um bocadinho à custa do esforço e dedicação dos nossos docentes, que abdicam de algum do seu tempo, e ainda têm de dar mais aulas do que os outros colegas e têm de atingir os mesmos objectivos. Esta avaliação dos centros é estratégica, porque só podemos ter programas doutorais se 75% dos nossos professores estiverem integrados em centros de investigação com muito bom ou excelente. Não ter muito bom ou excelente implica adiar a possibilidade de outorgar doutoramentos durante mais 7 ou 8 anos.

Quais foram realmente as consequências do ataque informático?
Houve dados roubados, pagaram resgate? Regra número 1, e sendo eu da área da cibersegurança, é não pagar. Não pagámos qualquer resgate e não perdemos informação. Houve alguma informação que se viu na dark web, mas não houve nenhuma base de dados ou repositório institucional a que tenham acedido. O ataque acabou por ter mais consequências de disponibilidade e não de quebra de confidencialidade ou de integridade da informação. O impacto foi termos plataformas em baixo, o que prejudicou de alguma forma as candidaturas, mas também os nossos estudantes. Mas encontrámos soluções rapidamente.

Temos de aumentar a capacidade de retenção de estudantes na nossa região

É um pouco irónico, sendo a sua área a segurança informática, haver um ataque na sua presidência.
Ainda agora a Agência para a Modernização Administrativa está sob ataque e estamos a falar de uma estrutura estatal. Todos nós estamos sujeitos a ser atacados. Temos é de estar preparados para não comprometer a informação e para termos uma rápida resposta para os nossos sistemas virem rapidamente acima.

Há alunos estrangeiros, sobretudo, fora da Europa, que se inscrevem para obtenção de visto e depois desaparecem. O que está a ser feito para controlar esta situação?
No ano lectivo 2023/24 fizemos uma alteração: os estudantes internacionais teriam de pagar 40% da propina no acto da matrícula e só aí é que lhes era dada a carta para avançarem com o processo do visto. O ano está praticamente fechado e o número de propinas em atraso de estudantes internacionais baixou radicalmente. Também dei instruções aos serviços para sinalizarem sempre que houver muitas prestações de propinas internacionais em atraso, para participarmos às autoridades, porque pode indiciar que são estudantes que se matricularam, obtiveram o visto e nunca por cá apareceram. A medida pode ter reduzido o número de estudantes internacionais, mas eu quero verdadeiros estudantes internacionais. Alguns coordenadores de curso também introduzem uma entrevista, vêem a motivação, se dominam o português, porque por vezes aparecem como nacionais de um determinado país e não o são, e verificamos documentos falsificados.

Como é que está o processo das residências e a remoção do amianto da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais?
As obras estão em ebulição máxima. Queríamos ter avançado com a remoção do amianto no início do Verão, porque não podemos ter pessoas presentes, mas depois do visto do Tribunal de Contas, a verba já não era suficiente para executar o projecto nos próximos 4 meses. Então optámos por começar a obra no início de Janeiro, quando a actividade lectiva é interrompida e as avaliações podem ser realizadas noutros campus. Temos a obra adjudicada e só estamos à espera que seja feita a transição do financiamento de 2024 para 2025. Também já pagámos o terreno, onde será construída a nova ESECS e estamos a preparar o processo do concurso público. É uma obra que esperamos executar durante 2025. Sobre as residências, uma das obras das Caldas deve ficar pronta no final do ano, quando iniciaremos a intervenção na outra residência. Também estamos em fase de adjudicação da nova residência. Em Peniche, estamos na fase de lançamento do concurso para a nova residência e para a intervenção na residência existente. O objectivo é que durante o início do próximo ano possamos avançar com essas obras. Em Pombal, tem havido um forte envolvimento da Câmara Municipal e a empreitada também vai ser lançada. Em Leiria, o concurso está a terminar para a intervenção faseada nos quatro blocos de residências. Temos já adjudicada a nova residência. Estamos em negociação com o empreiteiro que apresentou uma proposta de intervenção no edifício Santo Estêvão, que é de cerca de um 1,5 milhão de euros acima do financiamento. Mas, entretanto, temos de avançar, porque não vamos desperdiçar quatro milhões de euros de financiamento. As residências que não são nossas, a da Batalha já [concluída] está praticamente cheia, e a informação que tenho é que a obra da Câmara da Marinha Grande também está a concurso. A expectativa é que no segundo semestre de 2025/2026 haja residências. Em 2026/2027 teremos mais de 85% das camas actuais, num total de 1.400 de camas, 10% do número de alunos. É insuficiente, sabemos disso, e estamos disponíveis para fazer mais se a tutela nos arranjar financiamento.

Desafios para os próximos dois anos?
É a estrutura de missão fechada, o desafio de ser a Universidade de Leiria e do Oeste, fechar todas as obras, concluir a modernização administrativa e a substituição de ferramentas informáticas. Serão dois anos intensos. Queremos reforçar o número de doutoramentos, para conseguirmos fazer muito mais investigação e de outro nível.

Percurso
De presidente da junta à liderança do IPL
Natural da Figueira da Foz, Carlos Rabadão é professor coordenador com agregação afecto ao Departamento de Engenharia Informática da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Leiria. Assumiu funções em diferentes órgãos, entre as quais a presidência do Conselho Técnico-Científico. Foi o primeiro Provedor do Estudante e tem vários trabalhos de investigação científica, nomeadamente, na área das redes de telecomunicações de nova geração sobre fibra óptica e da segurança na Internet, que resultaram na tese de doutoramento. A sua produção científica conta com mais de 50 publicações de abrangência internacional e nacional. Foi presidente da Junta de Freguesia de Quiaios na lista do PSD.
Etiquetas: Carlos Rabadãoensino superiorentrevistaestudantesobraspolitécnico de Leiriaresidências de estudantessociedade
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