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Home Entrevista

Carolina Henriques Pereira: “Há políticos que aproveitam a boleia do ódio nas redes sociais para os seus intentos”

admin por admin
Dezembro 18, 2022
em Entrevista
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Carolina Henriques Pereira: “Há políticos que aproveitam a boleia do ódio nas redes sociais para os seus intentos”
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Em 2017, publicou o livro “Refugiados da Segunda Guerra Mundial nas Caldas da Rainha (1940 – 1946)” e agora está a terminar a sua tese de doutoramento. Qual é o tema?
A minha tese tem como foco a presença de refugiados judeus e não judeus na zona Centro de Portugal, naquilo que era designado como “residências fixas”, que o Governo português instituiu, de forma a afastar os refugiados da capital e dinamizar localidades turísticas, balneares e termais, como as Caldas da Rainha, que, na sequência do deflagrar da guerra, perderam muito do seu turismo e que, como tinham infra-estruturas – hotéis, restaurantes e pensões – estavam prontas para acolher estas pessoas. Salazar tinha receio que houvesse impregnação dos ideais vanguardistas e democráticos que os refugiados traziam. Eram pessoas que tinham mundo e vivências, partilhavam culturas, viajavam e eram perigosas para o regime do Estado Novo, pois podiam dizer e mostrar que a ditadura não era uma solução. A Curia, o Buçaco, o Luso, a Figueira da Foz, a Ericeira e as Caldas da Rainha, a partir do Verão de 1940, passaram a ser a casa temporária destes refugiados, a quem não foi dada autorização para se fixarem em Portugal. 

Leiria não recebeu ninguém?
Creio que não. Desconheço a razão para Leiria não ter sido escolhida, mas pode ter sido por não ser uma localidade turística e balnear, com infra-estruturas adaptadas e afastada da capital, porque, havia esse interesse de manter os deslocados longe da capital. Embora não fosse fácil ir a Lisboa como hoje, era uma zona com boas ligações e alguma centralidade. O objectivo, não nos podemos esquecer, seria também afastar os refugiados de cidades que, mesmo que não fossem muito desenvolvidas, pudessem vir a ter focos de “livres pensadores”. Creio que as zonas balneares foram escolhidas por estarem mais longe e por a população estar já habituada a acolher estrangeiros em período de veraneio. 

E a famosa “hospitalidade portuguesa”?
Naqueles anos, ela foi um pouco ambígua. Não nos podemos cingir ao que era escrito nos jornais da época. Se o fizermos, ficaremos com a percepção de que os refugiados foram extremamente bem recebidos e nem sempre foi assim. Obviamente, como em todas as ditaduras, os meios de comunicação eram censurados e só era publicado aquilo que interessava ao regime. Aliás, em 1933, ano da fundação do Estado Novo, Salazar, na inauguração do Secretariado da Propaganda Nacional, diz mesmo que, “politicamente, só existe aquilo que o povo sabe que existe”. É uma frase muito conhecida que mostra a linha de pensamento político, social, cultural e económico que o regime vai seguir até à sua queda em 1974. Aquilo que se sabe, é o que queremos que se saiba. Aquilo que se publica é aquilo que queremos que se publique. Apesar de na generalidade os refugiados terem sido bem recebidos, nem sempre houve um acolhimento favorável. Houve situações de desaforo pessoal, tentativas de enganar e de aproveitamento económico. Havia pessoas que, de um momento para o outro, aumentavam o preço de todos os produtos nos mercados, cafés e esplanadas, porque sabiam que muitos destes refugiados tinham dinheiro para pagar e havia quem se aproveitasse destas pessoas em situação fragilizada. Câmaras Municipais, como a da Figueira da Foz, chegaram a fazer publicar em jornais da época notícias a alertar os comerciantes de que estavam proibidos de aumentar os preços, pois estavam a prejudicar a população e os estrangeiros. Ora, se estas pessoas são confrontadas com preços que aumentam para o dobro por causa da chegada dos refugiados, é natural que, alguns, se insurjam contra a sua presença. Isto não significa que não tenha havido muitos exemplos de amizades e relacionamentos que ficaram para a vida. Houve de tudo…. E até quem pedisse para acolher refugiados. É exemplo disto uma carta datada de 1940, que o governador civil de Leiria enviou à PVDE – Polícia de Vigilância e Defesa do Estado [antecessora da PIDE – Polícia Internacional e de Defesa do Estado], dizendo que tinha recebido uma carta do presidente da Câmara Municipal de Alcobaça a questionar a razão de os refugiados estarem a ser enviados para as Caldas da Rainha e não ter sido equacionadas outras localidades como a sua. O governador intercedeu em nome do autarca, questionando se seria possível enviar alguns refugiados para Alcobaça, porque também ali havia hotéis e estrutura para os acolher. O delegado da PVDE respondeu que o objectivo seria e era sempre concentrar estas pessoas em sítios previamente definidos e que se fossem aceitar as propostas de outros municípios, para colmatar os prejuízos resultantes do decréscimo do turismo, o propósito seria desvirtuado. O presidente da Câmara de Espinho também tentou e, pelo que sei, não conseguiu. 

Os portugueses tratavam de maneira diferente judeus e não judeus?
Havia refugiados judeus, havia refugiados políticos, comunistas e socialistas, que fugiram à invasão e perseguição nazis. Eram oriundos de países como o Luxemburgo, Países Baixos, Bélgica e França. Mas há também casos de pessoas que eram, em simultâneo, refugiados políticos antifascistas e judeus. Para o português comum e até para o Governo era difícil fazer a destrinça. Evidentemente, Portugal, ao contrário de Espanha, que era anti-semita, não teve um anti-semitismo racial, como escreve a historiadora Irene Pimentel. Ainda assim, isso não significa que não houvesse uma pequena elite portuguesa que era anti-semita, alguns até próximos de Salazar. Para ele e para o Governo de Portugal, não interessava se os refugiados eram judeus ou cristãos, o que importava é que, embora tolerasse a sua presença, não os queria cá. Salazar jogava com o Eixo e com os Aliados. À medida que a guerra ia avançando, ora ficava mais próximo do Eixo, ora mais perto dos Aliados. Toda a sua política interna e externa, foi ditada pelos avanços e recuos do conflito. Salazar, tolerou a presença, a transitoriedade, a rotatividade entre as várias zonas de residência, mas ameaçava sempre com as autoridades locais dos municípios, mas sobretudo com a PVDE. Se os documentos não estivessem em dia, as pessoas iam parar a Caxias ou ao Aljube. Houve refugiados que ficaram presos e que foram as associações internacionais judaicas e não judaicas de auxílio, como a Joint, organização judaica criada para auxiliar refugiados sem recursos, fornecendo subsídios ou pagando rendas, que tiveram de interceder junto de Salazar. Ele era muito amigo de Moisés Amzalak, administrador do jornal O Século, da Sacor e membro da Direcção da Associação Comercial de Lisboa, e que fazia parte da Comunidade Israelita de Lisboa. Esta amizade explica também a tolerância de Salazar para com os refugiados, sobretudo para com os judeus. De qualquer modo, queria que todos se fossem embora o mais rapidamente possível. Eram muito controlados pela PVDE ou pelas autarquias, a quem tinham de pedir autorização para se deslocarem e irem a Lisboa tratar dos vistos de saída para os EUA, Reino Unido ou Canadá. 

Numa situação de conflito mundial, isso seria motivado pelo receio de não haver alimentos suficientes para alimentar os refugiados? 
Salazar e o Governo português receberam os refugiados, sob a condição de presença provisória, mas foi anunciado desde o início que não se gastaria um tostão com eles! Quem subsidiou a sua presença foram ou os próprios deslocados ou, no caso de terem perdido tudo na fuga, as organizações como a Joint ou como o HICEM-HIAS, que tinha como objectivo principal auxiliar a emigração judaica para fora da Europa. Muitos traziam diamantes escondidos dentro dos brinquedos das crianças. Os nazis, em França por exemplo, não permitiam que eles saíssem do país com mais do que uma determinada quantia. E o franco desvalorizou imenso, após os alemães ocuparem aquele território. 

Sabemos que os refugiados, que eram pessoas muito mais instruídas do que a população portuguesa, acabaram por ir para os EUA e Reino Unido, entre outros países, onde refizeram as suas vidas e onde muitos se tornaram importantes empresários e académicos, no pós-guerra. Perdemos mais uma oportunidade?
A frase feita de Salazar era o “orgulhosamente sós”. Para o ditador, Portugal era um país enorme que não precisava dos outros e que se mantinha e orientava sozinho. Uma refugiada que esteve na Figueira da Foz, a Tereska Torrès, nascida Tereska Szwarc, sobrinha de Joseph Szwarc (Schwarz), o grande impulsionador dos estudos em Portugal das comunidades criptojudaicas, foi juntar-se às forças livres de França, em Londres, onde reencontrou o pai, e ajudou a combater os nazis. Depois da guerra tornou-se numa das maiores escritoras de pulp fiction de sempre, da literatura homossexual. Tem um livro maravilhoso chamado Women’s Barracks, onde explora a ligação amorosa e intrínseca entre mulheres dentro dos aquartelamentos militares, num local onde não havia homens, porque eles estavam na guerra. Faleceu em 2012 e é, ainda hoje, uma romancista considerada. Casou com Henri Torrès, que morreu numa frente de batalha, em França, e casou mais tarde com o romancista norte-americano Meyer Levin. Há muitos refugiados que passaram por Portugal, alguns apenas alguns meses, mas há uma marca indelével que deixaram a nível dos comportamentos, do desenvolvimento e cultura. Beneficiaram muito os países que os acolheram. No Reino Unido, os que vinham de Antuérpia continuaram os seus negócios e fundaram empresas de negócios de diamantes. Também nos EUA, ajudaram muito a economia e não apenas ao nível dos diamantes, mas também das roupas, entre outros. Em Portugal, antes de 1940, os refugiados podiam instalar-se e abrir negócios, mas depois dessa data, podiam entrar, mas tinham de sair rapidamente. Temos o caso de Paul Stricker, um refugiado austríaco, que fundou um negócio de venda de bugigangas e de canetas e que acabou por criar uma empresa de fabrico de brindes. Hoje, um dos maiores accionistas da Stricker, é o seleccionador Fernando Santos. É uma das empresas de brindes mais conhecidas em Portugal. Quem chegou depois de 1940, já não pôde fazer o mesmo. Foram para outros países começar do zero e beneficiá-los. 

Os refugiados que chegaram a Portugal nos últimos anos, foram mais bem recebidos?
A história dos refugiados sírios e ucranianos em Portugal terá de ser feita no futuro. Ter-se-á de esperar mais anos até conseguirmos compreender e saber se foram mais bem recebidos. Mas as circunstâncias do acolhimento são, certamente, muito diferentes. Estes refugiados foram recebidos num Portugal democrático, que pertence à União Europeia, num momento onde há uma comunidade europeia e internacional que juntou esforços para auxiliar e permitir que estas pessoas se fixem, apesar de não deixar de haver um discurso de ódio em relação a estas pessoas, que as redes sociais amplificam. Se não for criado um mecanismo de controlo da propagação do ódio nas redes sociais, o mundo ir-se-á tornar muito lamacento! No relatório Antisemitism worldwide, publicado anualmente por uma universidade israelita, é revelado um aumento substancial dos anti-semitismo, sobretudo, nos países com mais população judaica. Portugal tem 600 judeus… e, em 2019, houve um incidente anti-semita em Lisboa. Em 2020, houve dois. O relatório refere que o aumento destes casos está relacionado com a pandemia – parece que há quem aponte culpas aos judeus pela pandemia. E tudo isto está associado às redes sociais, pois elas permitem que todas as pessoas dêem a sua opinião, o que não é necessariamente mau. O que é mau é que não haja filtros, que ajudem a perceber se aquilo que sai e é publicado assenta em bases científicas e em situações reais e concretas ou se é um delírio de um grupo de conspiracionistas. Não sei se os refugiados, hoje, foram mais bem recebidos do que em 1940, pois isso só se saberá no futuro, com a condicionante de hoje vivermos numa aldeia global que, pela lógica, recebe bem os refugiados, mas, por outro lado, temos as redes sociais que premeiam o discurso do ódio. E temos pessoas de vários extremos políticos que aproveitam a boleia deste ódio para os seus intentos pessoais. Na Itália, em França, na Hungria e na Suécia há gente assim no poder ou a ganhar poder, mas, em Portugal, também temos indivíduos desse calibre no Parlamento. É gente que se apodera de um grupo político, agregada à figura de um chefe que é mais importante do que o partido, que é apenas um pretexto para ele se poder afirmar. As redes sociais premeiam isto, claro. E, na Itália, isto acontece quando passam 100 anos da marcha de Mussolini sobre Roma. 

A seguir à descolonização, houve um fenómeno semelhante com os “retornados”, que, na verdade, eram portugueses. Quando os emigrantes regressam à terra-natal, há muitos que se queixam da recepção. 
Depende muito dos momentos e as circunstâncias ditam a forma como se acolhe o outro. Momentos de crise profunda como o que vivemos actualmente, são o trampolim para esses discursos e atitudes. “O Estado apoiou agora a Ucrânia com um milhão de euros, mas não dá três euros aos reformados!”, ouve-se. Quando as pessoas estão em circunstâncias mais favoráveis a nível social e económico e o sofrimento não é generalizado, tende a adoptar-se uma posição mais benéfica. Quando há crise, há mais egoísmo e não se faz o raciocínio: “e se fosse eu?” O problema é que olhamos muito para o nosso umbigo e preocupamo-nos com a nossa segurança, com o cenário económico e em ter melhores condições de vida. Temos direito a fazê-lo, mas não podemos esquecer que, se estivéssemos na mesma situação gostaríamos de ser ajudados da mesma maneira. 

É como a solidariedade que a Igreja defende que seja aplicada pelos cristãos aos outros, mesmo que não comunguem da mesma fé?
Exacto! Uma boa pessoa não se faz apenas pelas suas crenças. Faz-se pelas acções que pratica todos os dias! Os cidadãos são livres de seguir as crenças e as religiões que quiserem e de ter mais ou menos fé, contudo, o importante são as acções praticadas diariamente; se a forma como se fala com a pessoa na caixa do supermercado diferir daquela que se usa para falar com um médico, não se estará a ser boa pessoa. Em Portugal, nos anos 40, além da tal hospitalidade ambígua do Estado, tivemos também a hospitalidade das populações locais. As pessoas mais simples das comunidades tinham muito pouco. Descalças e sujas foram à fronteira com fruta, com ovos, fizeram panelas de sopa para distribuir por quem chegava e que estavam horas à espera para passar para o lado de cá. Ter tão pouco e partilhar o pouco, diz muito da hospitalidade e da relação ambígua. A população local tratava-os de uma maneira e as autoridades de outra. Dizem que o nível de analfabetismo era enorme, e era, mas não era por não saberem ler ou escrever que, quando viram outras pessoas em aflição, decidem ajudar. Fazem-no, porque também estavam habituadas a lidar com dificuldades. É de louvar! Mesmo hoje, quem tem menos, ajuda mais facilmente, do que quem tem mais. Uma pessoa que está bem materialmente, se calhar não consegue perceber as dificuldades e a importância de um pequeno gesto de apoio. 

Nos anos 30, agudizou-se o fenómeno do anti-semitismo, que já existia há séculos, transformando-se em ferramenta política, apesar de os judeus serem tão alemães ou polacos quanto os perseguidores. Hoje, minorias que comungam da mesma nacionalidade há séculos, voltam a ser usadas como bode expiatório… 
Sim, a perseguição a minorias tem-se agudizado. Em Portugal, o bode expiatório tem sido a comunidade cigana. Diz-se que é a população que recebe mais RSI, que acaba com o sistema de segurança social, porém, os números mostram que apenas uma percentagem mínima de todos os cidadãos que recebem esse rendimento são ciganos. Os ciganos são cidadãos portugueses e há uma perseguição a uma minoria, feita porque muitos dos restantes cidadãos engolem este tipo de narrativas criadas para satisfazer uma agenda política. É claro que os cidadãos que estão descontentes absorvem estes argumentos e utilizam-nos como arma contra tudo o que está mal no País. 

O ideário nazi anti-semita tinha uma lista de expressões para dividir as pessoas. Agora, temos os “franceses de bem” e os líderes “ungidos”, e há 100 anos?
Partidos políticos, como o português de extrema-direita e pessoas como o seu presidente, insistem muito no culto ao líder, feito com base numa cartilha que é tudo menos um programa político, mas um conjunto de normas que servem o líder e que ladeiam um grupo de pessoas próximas dele que, apesar do vazio de ideias políticas concretas, tem ambições de poder e que, por isso, bajulam esse líder, sabendo que os descontentes irão votar neles, porque “só eles dizem a verdade”, e isso dará destaque às suas carreiras políticas. O problema acontece quando este grupo deixa de ser uma minoria no Parlamento. Creio que neste aspecto, não é diferente do que aconteceu há umas décadas.

Quem vota nestas pessoas, muitas vezes, procura apenas uma solução que não vê existir nos partidos tradicionais e nas suas soluções governativas e procuram alguém que pareça forte e que promete “meter ordem na casa”. É um problema de regime?
Durante muito tempo, os partidos tradicionais trataram este fenómeno como sendo inferior, de pouca importância. Nunca lhe deram muita atenção, mas deveriam ter criado estratégias para explicar aos cidadãos que aquilo não é solução. Se continuarem a ignorar o crescimento de forças políticas extremistas, não só tendem a desaparecer da cena política como a democracia portuguesa fica cada vez mais enfraquecida.

Nas forças de segurança, sabe-se que, há muito, existe a infiltração de ideais de extrema-direita, e quem tem o poder das armas, pode enveredar por caminhos de força. É normal isto acontecer num Estado Democrático de Direito?
Aqueles casos de discurso de ódio de parte de pessoas que integram forças de segurança divulgados há semanas na comunicação social, são uma autêntica vergonha. Estas forças devem ser um exemplo e garante da democracia e do Estado, em quem podemos confiar, mas são os primeiros a reprimir e a ter atitudes xenófobas, quando há situações de discriminação. Como pode um cidadão agredido e vítima de um acto racista, chamar a polícia? Isto cria uma desconfiança muito grave contra a autoridade. Felizmente, há uma floresta que rodeia estas árvores. Há muitos bons profissionais que fazem o seu trabalho e honram os seus juramentos e que, infelizmente, levam por tabela, quando se descobrem estes casos, identificados em grupos e redes sociais que promovem a violência, o ódio e a discriminação social.

Perfil
Paixão pela história recente

Carolina Henriques Pereira, 28 anos, nasceu em Leiria em 1994, fez o ensino secundário na Escola Afonso Lopes Vieira, na Gândara (Leiria). Investigadora na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, está a terminar um doutoramento em História Contemporânea.

É autora do livro Refugiados da Segunda Guerra Mundial nas Caldas da Rainha (1940 – 1946), editado em 2017 pela Editora Colibri. A tese de doutoramento tem como foco a presença de refugiados judeus e não judeus na zona Centro de Portugal.

 

Etiquetas: "Refugiados da Segunda Guerra Mundial nas Caldas da Rainha (1940 - 1946)"alcobaçaanti-semitismoantissemitismoCaldas da Rainhacarolina henriquescarolina Henriques pereirachegacoibraentrevistafascistasfiguera da fozhospitalidadeinvestigaçãojudeusLeirianazisportugalracismorefugiadosrefugiados judeusrefugiados síriosrefugiados ucranianossegunda guerra mundialsíriosucranianosuniversidade de Coimbraviolência
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