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Home Opinião

Carpe diem

Luís Mourão, dramaturgo por Luís Mourão, dramaturgo
Abril 14, 2024
em Opinião
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Há muitos anos que tenho uma alergia aguda por citações feitas sem a verificação do seu contexto e sentido exato. Os media estão encharcados de declarações avulsas e das respetivas especulações sobre o seu sentido, tanto faz falarmos de política como de futebol. É exasperante, uma pena e uma grande tristeza assistir a isto em direto e a cores. Mas é o que é.

Shakespeare, é fonte inesgotável de citações utilizadas nas mais variadas circunstâncias dizendo frequentemente o contrário do que querem dizer e, convenhamos, ficando sempre bem. My tongue will tell the anger of my heart, Thou smell of mountain goat, I’d set my ten commandments in your face, por exemplo, entraram no cardápio de citações de um certo discurso comum em língua inglesa mas não deviam sobreviver honestamente quando extraídos do contexto do “Amansar da Fera”, “Henrique V” e “Henrique VI”.

É inegável porém que sobrevivem até muito bem. Não é possível estudar objetos artísticos, pesquisar em arte seja qual for a disciplina, sem se sentir atafulhado de citações de Deleuze ou Walter Benjamin, Foucault, Barthes, Badiou, Kant, Heidegger entre tantos outros com, frequentemente, a sensação de que o citador não faz ideia do que quer a citação realmente sublinhar ou afirmar.

Isto é, sem ter verificado como lhe competia a citação na sua narrativa, na sequência de um raciocínio de que idealiza apropriar-se. Cita porque viu citado, por vezes numa cadeia quase interminável de crescente afastamento da ideia original. No entanto qualquer um dos citados é, quase sempre, de fácil acesso, publicado e republicado em línguas acessíveis quando não na nossa. Dá é muito trabalho.

Uma miséria realmente mas, vejam bem, é assim. Dá muito trabalho mas é um enorme prazer colocar as ideias no seu devido lugar. As nossas e a dos outros. Horácio, o grande poeta latino é uma fonte notável de citações usadas no discurso coloquial ao ponto de se ter esvaído a autoria, “a montanha pariu um rato” ou “juntar o útil ao agradável”. A publicação das suas poesias completas com tradução de Frederico Lourenço permite finalmente colocá-las no seu contexto. “Carpe diem…”: Colhe o dia, confiada o menos possível no de amanhã. 

Etiquetas: cardápiocitaçõescrónicadiscursoescritaLeiriaLuís Mourãoopiniãopoesiaregião de Leiria
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