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Com origens nos finais da Idade Média, o edifício conhecido como Casa do Gato Preto, localizado no centro histórico de Leiria, vai ser recuperado para habitação. O projecto já está aprovado e, em breve, deverão começar os trabalhos arqueológicos, que antecedem o início da obra.
Da autoria do arquitecto João Patrício, a proposta de intervenção assenta na “preservação quase integral das fachadas”, com o restauro de elementos existentes. O azulejo original, incluindo o que tem a imagem do gato preto que dá nome ao edifício, será mantido. O arquitecto conta que já encontraram uma fábrica que irá fornecer os azulejos em falta e que foram substituídos por cimento verde.
A pedra que está embutida numa das paredes laterais, que marca aquela que é considerada a maior cheia que atingiu a cidade, registada em 1600, também permanecerá no edifício.
Documentação sobre o imóvel dá conta que a pedra, hoje quase ao nível do solo, foi colocada a uma distância do chão “mais alta do que um homem”, revelando que na época a cota daquela zona seria “significativamente mais baixa do que a actual”, refere João Patrício.
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