A Casa Episcopal, que funciona como residência oficial do bispo de Leiria-Fátima, vai ser transferida para o edifício do Seminário Diocesano. A informação é confirmada ao JORNAL DE LEIRIA pelo gabinete episcopal, que adianta que a mudança, ainda sem data prevista, pretende, em primeiro lugar, “estabelecer uma relação de maior proximidade do bispo diocesano com a sua cúria”.
“Aumentar os índices de organização da estrutura diocesana” e “reduzir os custos inerentes à manutenção do edificado em causa [Casa Episcopal]” são outras das razões que, segundo aquela fonte, motivaram a decisão.
Além de ser a residência do bispo – “e, por isso, haver uma ligação intrínseca a todos os serviços que existem na diocese” -, o edifício alberga apenas o gabinete episcopal, a vigararia-geral e parte do serviço dos arquivos.
Questionado sobre o futuro do espaço, o gabinete do bispo D. José Ornelas refere que “ainda não há destino definido”. “Neste momento, está a realizar-se um processo de auscultação para perceber o melhor destino a dar ao edifício, tanto em termos de rentabilidade como de preservação”, informa a diocese.
Localizada na rua Joaquim Ribeiro Carvalho, a actual residência episcopal foi inaugurada em 1978. De acordo com um artigo do padre Luciano Cristino, publicado em 2018 e disponível no site da diocese, o edifício foi mandado construir pelo bispo D. Cosme do Amaral “no lugar onde existia uma moradia do professor António Fernandes”. O projecto “é do arquitecto alemão Karl Ruff” e a obra foi “oferta de um grupo de católicos alemães [por influência do Padre Luís Kondor]”, pode ler-se naquele artigo.
O primeiro Paço Episcopal funcionou no edifício onde está hoje a PSP, que se manteve como residência do bispo desde a fundação da diocese, em 1545, até à sua extinção, em 1882, escreve o padre Luciano Cristino. O edifício “passou depois para a Diocese de Coimbra, mas viria a ser nacionalizado pela República de 1910”.
Após a restauração da Diocese de Leiria, o bispo “ficou a residir num edifício pertencente à família Charters, no Largo Cândido dos Reis”, situação que se manteve até ao final dos anos 30, quando a residência oficial do bispo passou para o largo em frente à Sé, onde está agora a Loja do Cidadão.