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Mais de metade do rendimento anual de 2015/2016 foi gasto pelas famílias portuguesas com habitação, transportes e alimentação. Em conjunto, estas três componentes absorveram 60,3% da despesa total média anual, ou seja, mais 3,3 pontos percentuais do que no início da década.
Os dados são do Inquérito às Despesas das Famílias, divulgado ontem pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que revela que a habitação representa uma boa fatia dos gastos, pesando, por si só, quase 32%.
Assim, dos 20.363 euros que totalizaram a despesa média anual por agregado residente em Portugal, 6.501 foram canalizados para a casa e bens associados, como água, electricidade e gás.
O estudo revela ainda que as famílias passaram a gastar menos com comida, tanto no supermercado como nos restaurantes. O gasto na alimentação foi de 2914 euros no período em análise. Já as despesas com transportes somaram 2863 euros.
O trabalho dá igualmente conta que a despesa total anual média dos agregados com crianças dependentes (25.254 euros) era cerca de 44% superior à dos agregados sem crianças, que se ficou pelos 17.494 euros.
