Primeiro foi Paris, depois Xangai e agora Londres. Foi este o caminho percorrido, nos últimos anos, por Dárcio Henriques, chef de Pataias, Alcobaça, que soma já três passagens por restaurantes com estrelas Michelin, entre os quais o L’Atelier de Joël Robuchon em Paris, que, em 2014, quando este antigo aluno da Escola Profissional de Leiria ali trabalhou, estava no top 20 dos melhores restaurantes do mundo.
"As experiências profissionais que tivemos até aqui foram todas gratificantes e diferentes. Todas nos fizeram crescer como profissionais e como pessoas, mas para mim foi a passagem pelo L’Atelier que me marcou mais", confessa Dárcio Henriques, que neste seu percurso internacional tem sido sempre acompanhado pela esposa, Liliana Lucas Pedroso, também ela ligada à área (ver caixa).
Antes de se aventurar além-fronteiras, Dárcio Henriques passou pelos restaurantes Muralhas, na Barreira, Leiria, e Pérola do Fètal, em Reguengo do Fètal, concelho da Batalha. Em 2013, decidiu fazer as malas. Paris foi o destino.
Durante meio ano, trabalhou no La Cantoche Paname, de onde saiu para a cozinha do emblemático L' Atelier de Joël Robuchon Paris, detentor de duas estrelas Michelin. A experiência L' Atelier duraria sete meses.
Em Fevereiro de 2015, embarcou para mais uma aventura internacional. China foi o destino que se seguiu, respondendo ao convite feito a ele e à esposa para trabalharem "na abertura do primeiro restaurante português em Xangai", designado por Mar e Sol, onde Dárcio Henriques desempenhou as funções de chef de cozinha.
[LER_MAIS] No ano seguinte, muda-se de novo. Agora para Londres, desta vez, ainda sem projecto definido. "Sabia que o executive chef do Joël Robuchon de Paris, com quem tinha trabalhado, estava em Londres. Fui falar com ele e, três dias após ter chegado a Inglaterra, lá estava eu outra vez no L'Atelier", conta Dárcio Henriques.
Trabalhou dois anos como sous-chef no L’Atelier de Joel Robuchon Londres e, desde há seis meses, está no Celeste – restaurante integrado no hotel The Lanesborough, que é liderado pelo chef francês Éric Fréchon. Trata-de da terceira experiência de Dárcio Henriques numa cozinha distinguida pelo famoso guia gastronómico Michelin.
E, apesar do menu do Celeste ser de gastronomia francesa, o chefde Alcobaça não esquece as suas origens. "Como sous-chef tenho a oportunidade de criar alguns pratos para os menus onde, por vezes, tento introduzir ideias de pratos e produtos portugueses, como o bacalhau, mesmo sendo fresco e não salgado", revela o cozinheiro.
Na cozinha do Hotel Savoy em Londres
Formada pela Escola Profissional de Leiria, tal como Dárcio Henriques, Liliana Lucas Pedroso tem acompanhado o marido nesta sua aventura pelo estrangeiro. O casal tem trabalhado junto em algumas ocasiões. Foi assim em Xangai, quando receberam o convite para participar juntos na abertura do “primeiro restaurante português em Xangai", designado por Mar e Sol.
Em Londres, Liliana Pedroso trabalha actualmente na cozinha do Hotel Savoy. Esta é, aliás, a experiência que considera mais marcante na sua carreira. “As experiências profissionais que tive até aqui foram todas gratificantes e diferentes. Todas me fizeram crescer como profissional e como pessoa, mas até ao momento a que mais me marcou é o trabalho no Hotel Savoy”, revela Liliana Pedroso, que é natural de Maceira, Leiria.