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O movimento de cidadania STOP IUC desafia as pessoas a realizarem marchas lentas contra a revisão proposta pelo Governo ao Código do Imposto Único de Circulação, a partir das 15 horas, nas capitais de distrito.
Em Leiria, o ponto de encontro está marcado para o Estádio Municipal de Leiria, pelas 14 horas, com concentração marcada para as 15 horas em frente ao Município de Leiria.
Segundo uma nota de imprensa, o movimento adianta que se trata de um grupo “nascido espontaneamente nas redes sociais” sendo “apartidário” e formado “por cidadãos anónimos, que se vêem fortemente prejudicados” pelo novo IUC.
“O Movimento STOP IUC foi já recebido na Assembleia da República pelos Grupos Parlamentares do Bloco de Esquerda, Iniciativa Liberal e PSD e recebeu destes uma palavra de apoio à causa e à manifestação. Por escrito, solidarizaram-se também os Grupos Parlamentares do Chega e PCP”, refere a nota de imprensa.
Também a bancada do Partido Socialista recebeu os representantes do Movimento e “admitiu que a medida merecia uma reflexão mais profunda aquando da votação na especialidade, de modo a apreciar os eventuais efeitos não considerados”.
Para os dinamizadores deste Movimento, a medida proposta pelo Governo “não tem enquadramento possível neste momento da vida dos portugueses”.
De acordo com o STOP IUC, os Censos apontam que “66% dos portugueses dependem do automóvel para as suas deslocações essenciais”.
“Com um nível de rendimentos muito abaixo da média europeia e com custos de vida em máximos históricos, o aumento do IUC nos veículos mais velhos é inoportuno e insensível, sobretudo porque a renovação do parque automóvel é, neste momento do país, uma utopia”, realça o movimento.
Com aumentos que, em muitos casos, “superam os 1000%, esta medida provocará uma repentina desvalorização do património de famílias e de pequenas empresas, independentemente de qualquer norma-travão que, na óptica do movimento, dificilmente se manterá no futuro”.
Para o STOP IUC, este imposto não pode ser usado como medida ambiental, por não garantir a devida proporção entre o impacto de cada veículo e o seu uso.
Além disso, o “Governo comete uma injustiça de dupla tributação sobre automóveis que, quando novos, pagaram um ISV [Imposto Sobre Veículos] muito superior aos modelos posteriores a Julho de 2007”.
