A Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL) recusou a proposta do Governo para a criação de equipas intermunicipais de sapadores florestais.
Na base dessa decisão esteve o reduzido número de efectivos proposto, assim como o facto de a comparticipação do projecto abranger apenas oito meses do ano, explicou Raul Castro, presidente da CIMRL e da Câmara de Leiria, durante a última reunião de executivo.
[LER_MAIS] O autarca respondia a uma interpelação do vereador do PSD Fernando Costa, que considerou “uma boa proposta” ter equipas intermunicipais de sapadores, como também já veio a público defender a presidente da Câmara da Marinha Grande, Cidália Ferreira.
“Em vez de cada município ter a sua equipa, a actuar dentro das suas fronteiras, havia vantagens em que essas equipas fossem no âmbito da comunidade intermunicipal”, defendeu Fernando Costa.
Segundo Raul Castro, a proposta do Governo previa 15 sapadores, ou seja, três equipas de cinco, para os dez municípios . “É demasiado redutor para a dimensão do território”, afirmou o autarca, em declarações aos jornalistas, frisando ainda que a comparticipação seria apenas por oito meses. "Íamos ter uma despesa acrescida, que não estava prevista”, frisou, adiantando que, face ao que estava em cima da mesa, a CIMRL deliberou, por unanimidade, não haver interesse na proposta.
O autarca sublinhou, no entanto, que os municípios podem, individualmente, avançar com projectos desta natureza, referindo, a título de exemplo, que "Porto de Mós tem sapadores há muitos anos".