PUBLICIDADE
  • A minha conta
  • Loja
  • Arquivo
  • Iniciar sessão
Carrinho / 0,00 €

Nenhum produto no carrinho.

Jornal de Leiria
PUBLICIDADE
ASSINATURA
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Jornal de Leiria
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Home Opinião

Cinema | A Mulher do Som

Erica Faleiro Rodrigues, directora artística dos festivais utopia.co.uk e underscore.pt por Erica Faleiro Rodrigues, directora artística dos festivais utopia.co.uk e underscore.pt
Abril 14, 2021
em Opinião
0
0
PARTILHAS
0
VISUALIZAÇÕES
Share on FacebookShare on Twitter

No campo do cinema, bem como noutros, este trabalho será sempre infinito; o ruído, a quantidade de material audiovisual produzida todos os dias, no mundo inteiro, é o pó que constantemente encobre o que se esquece, objectos, mas especialmente as pessoas que foram importantes para a nossa cultura, para o sentido da nossa história.

O historiador, seja em que campo for, é sempre um arqueólogo, escava constantemente por entre pós concretos ou metafóricos, na procura de uma jóia.

Hoje em dia, é surpreendente o modo como, nas mais diversas áreas de trabalho, nas artes, pode subsistir tão pouquíssima paridade de género. É o caso do som.

Leccionei, recentemente, num mestrado de som em que todos os alunos eram homens; no ano anterior, tinha lá encontrado um par de mulheres.

Porque é que as jovens mulheres não querem trabalhar em som? O que se passa neste campo de trabalho? É um mistério que ainda não consegui deslindar.

Paola Porru foi uma pioneira do som no cinema português. Os acasos da vida fizeram com que de uma bióloga italiana se fizesse estudante de cinema em Portugal nos anos que circundaram a revolução de Abril.

E foram, também, o acaso e a necessidade que fizeram com que Serge Deraison se tornasse o seu mentor, daí deu-se só um passo para que uma bolsa da Gulbenkian e um estágio no Centro Pompidou surgissem.

O pós-revolução juntou Porru a Seixas Santos, Solveig Nordlund, Jorge Silva Melo, Luís Miguel Cintra, Acácio de Almeida e Teresa Caldas, foram os anos dinâmicos da cooperativa Grupo Zero e de filmes políticos de reflexão social como A Lei da Terra (1977).

Porru foi a primeira mulher na direcção de som em Portugal e também a grande impulsionadora do som directo, mas o seu talento não se cingiu como que numa ilha isolada. Formou e chamou várias pessoas para o som em Portugal, os grandes especialistas da actualidade, como Vasco Pimentel, Francisco Veloso, Paulo Melo.

As sementes lançadas por Porru continuam a dar frutos.

O modo de produção da altura permitiu a Porru uma abordagem pessoal, de dedicação total, em que acompanhava os filmes da pré à pós-produção, esta última feita regularmente fora de Portugal e aí, lá ia Paola Porru, de carro ou avião, levando o som em bruto e retornando com a mistura mágica. 

Mas não terá sido uma questão só que fez com que Porru abandonasse uma carreira de quinze anos no cinema em Portugal.

O ter-se uma criança e precisar-se de um sustento regular terá sido, certamente, uma razão, mas uma abordagem muito pessoal ao som foi também importante.

Não gostou da passagem do analógico para o digital, sempre gostou do som com sopro, com robustez, uma terceira dimensão que a tecnologia digital lhe retira, talvez porque na imperfeição da reprodução exista algo mais próximo do humano.

Paola Porru, uma grande mulher do som para cinema em Portugal.

Que venham mais!

 

Etiquetas: Acácio de AlmeidaCinemacríticaErica FaleiroÉrica Faleiro RodriguiesÉrica RodriguesFrancisco VelosoJorge Silva MeloLuís Miguel CintraopiniãoPaola PorruPaulo MeloSeixas SantosSerge DeraisonSolveig NordlundSomsonoplastiaTeresa CaldasVasco Pimentel
Previous Post

Música | Não há viagem sem desprendimento

Próxima publicação

Abril, as fraturas da democracia e a ficção da neutralidade

Próxima publicação

Abril, as fraturas da democracia e a ficção da neutralidade

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

  • Empresa
  • Ficha Técnica
  • Contactos
  • Espaço do Leitor
  • Cartas ao director
  • Sugestões
  • Loja
  • Política de Privacidade
  • Termos & Condições
  • Livro de Reclamações

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.

Bem-vindo de volta!

Aceder à sua conta abaixo

Esqueceu-se da palavra-passe?

Recuperar a sua palavra-passe

Introduza o seu nome de utilizador ou endereço de e-mail para redefinir a sua palavra-passe.

Iniciar sessão
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Opinião
  • Sociedade
  • Viver
  • Economia
  • Desporto
  • Autárquicas 2025
  • Saúde
  • Abertura
  • Entrevista

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.