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Cinema | A polémica nomeação de Andrea Riseborough

Cátia Biscaia, realizadora e fotógrafa por Cátia Biscaia, realizadora e fotógrafa
Março 10, 2023
em Opinião
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Cinema | A polémica nomeação de Andrea Riseborough
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Quem esteve atento aquando da revelação das nomeações à 95ª cerimónia dos Oscars, marcada para o próximo dia 12 de março, soube da celeuma da nomeação da atriz Andrea Riseborough. Resumindo, Andrea Riseborough chocou o mundo depois de ver o seu nome entre as nomeadas ao Oscar de Melhor Atriz, ao lado de Cate Blanchett, Michelle Williams, Ana de Arm e Michelle Yeoh.

Basicamente, o filme onde a atriz – que não é sobejamente conhecida – interpreta o papel de uma mãe alcoólica, To Leslie, não venceu qualquer prémio nos grandes Globos de Ouro, Critics Choice ou BAFTA; é um filme de baixo orçamento; e teve, igualmente, uma bilheteira muito baixa. Com estas premissas, nunca chegaria àqueles que, neste momento, são considerados os prémios mais aclamados do mundo. Mas, o “problema” é que chegou.

Dizem as regras da Academia, que produtores não podem usar dos seus conhecimentos para chegar aos membros da Academia, vulgo lobby, de forma a que o acesso seja igualitário para todos. Então, normalmente, fazem-se grandes campanhas, que envolvem quantias avultadas de dinheiro em publicidade e marketing, para que, por um lado, ou outro, os membros da Academia acabem por escorregar nos filmes, mesmo que não queiram. Mas o que é certo é que, sem dinheiro para fazer as grandes campanhas habituais para os seus filmes, como um filme de baixo orçamento faz? Ora, não faz. Ou, pelo menos, não fazia. É que as regras da Academia não estão preparadas para o alcance das redes sociais. E foi aí que o realizador de To Leslie, Michael Morris, acabou por atacar, pedindo a inúmeras celebridades para falar do filme e da prestação da sua atriz. Vimos, então, posts de nomes como Kate Winslet, Jane Fonda, Charlize Theron, Gwyneth Paltrow e Amy Adams, entre outros, a exacerbar a prestação da atriz e a sugerir a sua nomeação. E puff: no dia das nomeações, aparece lá o nome de Andrea Riseborough, onde toda a gente esperava ver o nome de Viola Davis. Deu-se o choque. Falou-se de falta de ética (porque o filme não fez qualquer campanha milionária e usou de contactos para conseguir a nomeação), exigiu-se a retirada da nomeação e, obviamente, falou-se na ‘branquitude’ dos Oscars. Mas, depois de revista toda a situação, a Academia manteve a nomeação, porque, de facto, não considerou que tivesse havido lobby. O que houve foi um uso de uma plataforma de comunicação, gratuita, que as próprias regras da Academia ainda não preveem, mas têm de começar a prever.

Pensando bem, e dando a minha modesta opinião, sinto isto como uma ‘chapada de luva branca’ às somas avultadas de dinheiro que têm de se pagar para que se consiga visibilidade. O que denota, por si só, um enormíssimo privilégio. Fazendo com que filmes independentes, de produtoras mais pequenas, com atores menos conhecidos, mesmo que muito melhores que outros filmes de grandes produtoras, acabem por ficar na sombra. Apagados da história, ou chutados para um canto poeirento.

Admito que amei o facto de aparecer uma nomeada vinda quase do nada, para os maiores prémios do Cinema do mundo. Quase como uma luz ao fundo do túnel para todos os filmes de baixo orçamento. Quase como um letreiro que pisca, ininterruptamente: “há esperança para que o talento seja reconhecido só por si, e não pelo dinheiro que está atrás dele”. E, obviamente, que fiquei chocada com o facto de se falar na ‘branquitude’ dos Oscars apenas nesta situação. Tudo porque, vamos a ver, de todas as nomeadas, Riseborough, era o elo mais fraco. Foi ela quem veio ‘roubar’ o lugar de Viola Davis. Mas porquê? Porque não poderia ser qualquer uma das outras? Ora, porque é a única que não tem uma “máquina” por detrás, logo, torna-se num alvo mais fácil.

E, agora, que estamos em março, e que o Dia da Mulher ainda está perto no calendário, deixo uma pergunta no ar: porque é que só se falou de ‘branquitude’ nas nomeações femininas? Já espreitaram os nomeados ao Melhor Ator masculino? Espreitem, e deixo à reflexão.

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