PUBLICIDADE
  • A minha conta
  • Loja
  • Arquivo
  • Iniciar sessão
Carrinho / 0,00 €

Nenhum produto no carrinho.

Jornal de Leiria
PUBLICIDADE
ASSINATURA
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Jornal de Leiria
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Home Opinião

Cinema e TV | Isto é uma coisa a ver: O Assassino

Elsa Margarida Rodrigues, professora e escritora por Elsa Margarida Rodrigues, professora e escritora
Novembro 11, 2023
em Opinião
0
Cinema e TV | Isto é uma coisa a ver: O Assassino
0
PARTILHAS
0
VISUALIZAÇÕES
Share on FacebookShare on Twitter

O Assassino é um filme realizado por David Fincher que está agora nas salas de cinema, mas que brevemente habitará a plataforma Netflix. David Fincher, que começou a sua carreira com a realização de videoclips para artistas tão famosos como Madonna, George Michael ou Billy Idol, saltou para o cinema em 1992 com a realização do polémico Alien 3: A Desforra (uma desilusão para muitos fans da saga Alien), avançando depois para um conjunto de thrillers que marcaram a história do cinema, como foi o caso de Seven (1995), Fight Club (1999), The Girl with the Dragon Tattoo (2011) ou Gone Girl (2014).

O argumento deste novo filme, baseado numa novela gráfica de Alexis Nolent e Luc Jacamon, é assinado por Andrew Kevin Walker, o mesmo argumentista de Seven. Tal como em Seven, a rotina, a meticulosidade, a solidão e a falta de empatia marcam a identidade do assassino. No entanto, ao contrário do que acontecia em Seven, o assassino que nos é dado em The Killer é o narrador de si mesmo, revelando-se em monólogos interiores ao espetador, que não consegue, por isso, deixar de criar em relação a ele algum tipo de identificação e simpatia. Para que isso aconteça não é indiferente a escolha do ator que desempenha o papel de assassino. Michael Fassbender, ele próprio também ligado à saga Alien no duplo papel dos androides David e Walter em Prometheus (2012) e Alien: Convenant (2017), encarna neste filme a mesma frieza que encontramos no androide Walter de Alien: um corpo máquina despido de emoções, programado com um código de ação que lhe permite executar o plano, qualquer que seja. Um corpo contido, que se move com precisão e elegância, e que se dilui na multidão, anónimo, calado, sem identidade. Todos os encontros do assassino são breves e os diálogos curtos (o mais longo é com Tilda Swinton, que funciona como seu espelho), tornando o espetador o seu único confidente e cúmplice. Essa relação é logo estabelecida nos 20 minutos iniciais, provavelmente os melhores de todo filme. Ecoando A Janela Indiscreta de Hitchcock, o assassino partilha os seus pensamentos e reflexões filosóficas ao som de The Smiths enquanto observa de uma janela e se prepara para abater um alvo. O cinismo é o tom dominante, expresso em afirmações como: “não confiar em ninguém é o que é preciso para ter sucesso” ou “para os que acreditam na bondade da natureza humana pergunto-me: baseado em quê?”. Essa descrença geral serve de justificação ao individualismo. O assassino assume não servir nenhum país, nenhum deus, nenhuma causa e não ter empatia. Empatia é fraqueza e fraqueza é vulnerabilidade, afirma. E neste ponto do filme, em que Fincher nos dá o retrato de um ser frio, implacável, incapaz de sentir emoções, o espetador está completamente rendido à imoralidade (ou amoralidade) da personagem, o que não deixa de ser inquietante.

É por isso com alguma surpresa que se descobre que o assassino é, ele próprio, falível e vulnerável, o que marca o desenrolar da ação após esses 20 minutos iniciais. Apesar da notável interpretação de Fassbender, da competência da realização num estilo neo-noir e da surpreendente banda sonora (que inclui Portishead além de The Smiths), o filme não se livra dessa incoerência até ao momento final. Mas talvez seja intencional e David Fincher pretenda com isso fazer-nos refletir sobre a ambiguidade que qualquer um de nós sente quando se interroga sobre o que ou quem verdadeiramente é.

Previous Post

Letras | Aqui Nenhuma Bruxa Foi Atirada À Fogueira, Amanda Lovelace

Próxima publicação

Derrota na Madeira trava recuperação da União de Leiria

Próxima publicação
Derrota na Madeira trava recuperação da União de Leiria

Derrota na Madeira trava recuperação da União de Leiria

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

  • Empresa
  • Ficha Técnica
  • Contactos
  • Espaço do Leitor
  • Cartas ao director
  • Sugestões
  • Loja
  • Política de Privacidade
  • Termos & Condições
  • Livro de Reclamações

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.

Bem-vindo de volta!

Aceder à sua conta abaixo

Esqueceu-se da palavra-passe?

Recuperar a sua palavra-passe

Introduza o seu nome de utilizador ou endereço de e-mail para redefinir a sua palavra-passe.

Iniciar sessão
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Opinião
  • Sociedade
  • Viver
  • Economia
  • Desporto
  • Autárquicas 2025
  • Saúde
  • Abertura
  • Entrevista

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.