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Alguém já alguma vez se questionou sobre a diferença entre cinema comercial e independente e o papel dos festivais de cinema na promoção, principalmente, dos últimos? Ora, então aqui vamos nós:
Verdade que um é voltado para um público de massas e outro com um foco mais artístico e autoral. Ou seja, os filmes comerciais geralmente têm como objetivo atrair grandes audiências e obter lucro nas bilheteiras; tendem a seguir fórmulas narrativas e estéticas populares, muitas vezes, apostando em elementos como ação, efeitos especiais, comédia e romance para atrair o público; e costumam ter orçamentos elevados e uma forte campanha de marketing por trás.
Por outro lado, os filmes independentes são conhecidos pelo seu caráter autoral, liberdade criativa e abordagens menos convencionais. Muitas vezes exploram temas mais complexos, experimentam narrativas não lineares e possuem uma visão artística única. Os filmes independentes podem ser financiados por orçamentos mais modestos e, às vezes, são produzidos por novos realizadores ou talentos emergentes; além de que abordam questões sociais e políticas de forma mais corajosa e inovadora.
E onde é que os festivais de cinema entram aqui? Ora, os festivais de cinema têm um grande espaço reservado ao cinema independente que as salas de cinema comuns não têm. E isto é gigante. Porque, não oferecem apenas uma plataforma para os talentos emergentes, mas também, proporcionam um espaço para a discussão de temas relevantes, networking e colaboração entre profissionais da indústria. Além disso, ajudam a moldar tendências e influenciar o mercado cinematográfico, promovendo a diversidade e a inovação na produção cinematográfica. O que faz com que, para os cineastas em ascensão, ser selecionado para um festival de cinema de prestígio seja um trampolim e uma oportunidade de ter o seu trabalho reconhecido por um público mais amplo.
Depois, existem todo o tipo de festivais de cinema, com as mais variadas temáticas e com a mais diferenciada importância, sobre todo o tipo de duração de filmes. E não, não é só Cannes, e Berlim e Veneza ou o Sundance. Esses já pouco cinema, verdadeiramente, independente agregam, mas são de facto grandes plataformas de lançamento e ditam tendências. Mas há muitos mais, sendo os mais importantes aqueles que mais anos têm e qualificam para as academias de cinema do seu país, prémios europeus e/ou Oscars.
Portanto, existem várias formas de ir ao cinema. E absorver cinema independente em festivais de cinema é, sem dúvida, uma brilhante forma de abraçar a diversidade que esta arte tem para oferecer.
