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Home Opinião

Cinema | O Simulacro de David Byrne e Spike Lee

Erica Faleiro Rodrigues, directora artística dos festivais utopia.co.uk e underscore.pt por Erica Faleiro Rodrigues, directora artística dos festivais utopia.co.uk e underscore.pt
Janeiro 24, 2021
em Opinião
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A sinergia entre Spike Lee e David Byrne levou à realização do documentário-concerto David Byrne’s American Utopia.

Um tour de force à volta de grandes êxitos do músico, esta visão da história da América é pessoal, canções que David Byrne foi produzindo ao longo de décadas, pensamentos e reacções em relação ao que observou continuamente, passando do pessoal ao político, mostrando como na pequena história se reflecte a grande história.

E neste momento particular da nossa história colectiva, este filme emociona, porque nos traz à memória o prazer agora perdido de estar num concerto, rodeados de pessoas, a sentir o seu hálito a cantar, o suor a salpicar das danças e dos aplausos que nos rodeiam.

Este filme traz-nos à memória o prazer de ver, ouvir e sentir música no seio de um colectivo.

Neste momento de pandemia, é muitas vezes impossível estarmos juntos a ver e ouvir música, mas com este filme isso é possível, mas no espaço do cinema.

É um filme que merece o cinema, que precisa do cinema, para nos dar esse simulacro de ouvir e ver música com os outros.

Mas é um simulacro, pois se olharmos à volta, estamos todos de máscara, cumprindo distanciamento social. Precisamos de mergulhar na suspensão da descrença, de olhar só em frente, e estamos lá com David Byrne, sem o suor e o hálito dos outros, mas estamos lá um pouco.

Estamos lá porque, em tantas letras cantadas por David Byrne ele consegue fazer a proeza do artista, transformar a história da sua aldeia numa história universal, uma história e emoções que pessoas por todo o mundo sentem como suas, pessoas por todo o mundo compreendem.

Se Shakespeare nos emociona com paixões adolescentes e tragédias de reis, David Byrne faz-nos pensar sobre a sociedade, sobre a classe média, de um modo que parece nosso, a nossa rua, a nossa casa, a nossa vida.

Mas não será talvez o título enganador? Não estaria mais correcto dizer Spike Lee and David Byrne’s American Utopia?

Talvez não seja necessário porque é isso precisamente que Spike Lee consegue como realizador, não se impõe, não tenta remarcar David Byrne, mostra.

Mostra o político e o artístico, mas também mostra o detalhe e a leveza, como um momento em que David Byrne e os seus músicos percorrem Nova Iorque de bicicleta, o prazer é assim uma coisa tão simples?

Se há palavra que define o sentirmo-nos humanos é empatia e isso é algo que se sentiu no final desta sessão.

No corredor três amigas falavam:

“- Estava mesmo a precisar disto” diz uma.
“- Sim, parecia que estávamos num concerto, que estávamos mesmo lá, que saudades que eu já tinha desta sensação”, diz outra.

“- Tão bom…”, acrescenta uma terceira.

Sim, tão bom partilhar esta Utopia, de David Byrne, respirar; os artistas, a música, salvam.

Etiquetas: CinemacríticaDavid ByrneErica FaleiroÉrica Faleiro RodriguesÉrica Rodriguesopiniãospike leeutopia
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