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Cinema | Olfacto-Visão

Erica Faleiro Rodrigues, directora artística dos festivais utopia.co.uk e underscore.pt por Erica Faleiro Rodrigues, directora artística dos festivais utopia.co.uk e underscore.pt
Fevereiro 22, 2020
em Opinião
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Tudo parece ter começado com um sistema denominado AromaRama, que libertava aromas através do ar-condicionado dos cinemas e que foi utilizado pela primeira vez no travelogue Behind The Green Wall, em 1959. [pub-by-id pubid=’220′ f=’2′]A seguir, entra para a história o Smell-O-Vision, um sistema que libertava odor durante a projecção de um filme, de modo a que o espectador pudesse cheirar o que via no ecrã.

Esta técnica, criada por Hans Laube, apareceu uma única vez no filme de ficção de 1960 Scent of Mistery, do produtor Mike Todd Jr.

O Smell-O-Vision libertava 30 odores diferentes nos assentos dos espectadores em momentos precisos do decorrer do filme.

Os custos desta operação eram elevadíssimos e, como tal, os bilhetes custavam entre 25 a 30 dólares (numa altura em que um bilhete normal se comprava por um dólar), para que se pudessem instalar e propagar estes odores.

No entanto, os entusiásticos anúncios ao filme proclamavam: “Primeiro moveram (1895)! Depois falaram (1927)! E agora cheiram!”

Cenas memoráveis deste filme que serviu para que se experimentasse o Smell-O-Vision incluem uma em que barris de vinho caem de uma carruagem e rolam monte abaixo, partindo-se contra uma parede, sendo nessa altura espalhado um apropriadíssimo odor a uva; ou aquelas em que o assassino era identificado pelo cheiro a fumo de cachimbo. 

Infelizmente, o mecanismo não terá funcionado tão bem quanto se esperava. De acordo com a revista Variety, os aromas eram libertados com um muito distintivo e incomodativo sibilado e os membros da audiência sentados nos balcões queixaram-se de que os odores chegavam aos seus assentos alguns segundos após o aparecimento da acção no ecrã.

Noutros assentos do cinema, os odores eram tão ténues que a audiência cheirava ruidosamente numa tentativa de os conseguir vivenciar.

Eventualmente, os problemas técnicos do Smell-o-Vision foram resolvidos, mas tarde demais, pois a conjuntura de críticas negativas da imprensa juntamente com o desapontamento dos espectadores que passava de boca em boca levaram a que o filme falhasse miseravelmente.

Diz-se que o comediante Henny Youngman terá gracejado, na altura, que “estava constipado, com o nariz bloqueado, e por isso não tinha percebido o filme”.

Mais tarde, o filme teve uma segunda vida, recebendo o novo titulo de Holiday in Spain e sendo re-distribuído, já sem odores, no sistema Cinerama.

Sobre esta “segunda vida” do filme, no jornal The Daily Telegraph lia-se: “o filme adquiriu uma qualidade desconcertante, quase surreal, já que não havia motivo para, por exemplo, se retirar um pão do forno e empurrá-lo para cima da câmara por um tempo que parecia inexplicavelmente longo”.

Em 2015, a produtora de cinema australiana Tammy Burnstock e a artista e criadora de perfumes Saskia Wilson-Brown reviveram a experiência Smell-O-Vision, apresentando o filme restaurado em Los Angeles, na Dinamarca e em Inglaterra.

 

Etiquetas: CinemacríticaÉrica Faleiro Rodriguessmell-o-vision
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