PUBLICIDADE
  • A minha conta
  • Loja
  • Arquivo
  • Iniciar sessão
Carrinho / 0,00 €

Nenhum produto no carrinho.

Jornal de Leiria
PUBLICIDADE
ASSINATURA
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Jornal de Leiria
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Home Opinião

Cinema | Que faço eu aqui, com as mãos manchadas de sangue?

Nuno Granja, presidente da ecO - Associação Cultural de Leiria por Nuno Granja, presidente da ecO - Associação Cultural de Leiria
Maio 9, 2025
em Opinião
0
Cinema | Que faço eu aqui, com as mãos manchadas de sangue?
0
PARTILHAS
0
VISUALIZAÇÕES
Share on FacebookShare on Twitter

Tenho sido agradavelmente surpreendido sempre que opto por arriscar ver um filme irlandês. Será talvez um sentimento muito pessoal e que não implica, obviamente, uma generalização, mas a linguagem e abordagens que usualmente caracterizam as produções gaélicas raramente me deixam desiludido. Foi assim com o fantástico Os Espíritos de Inisherin (The Ghosts of Inisherin, 2022) de Martin McDonagh, e (o não tão fantástico, mas igualmente interessante) Bring Them Down (2024).

Ainda sem título em português, Bring Them Down, estreia de Christopher Andrews em longas-metragens, é um filme emocionalmente denso, cheio de camadas psicológicas e silêncios muitas vezes mais reveladores que os próprios diálogos. Atualmente está em exibição no IndieLisboa, naquela que será a melhor oportunidade de ver o filme no grande ecrã.

A ação decorre numa área rural do interior da Irlanda, onde Michael (Christopher Abbott) vive com o pai, Ray (Colm Meaney). Os O’Sheas são pastores de ovelhas há várias gerações, como, aliás, uma boa parte dos seus vizinhos e Ray, ainda que envelhecido e com a mobilidade condicionada, não deixa de relembrar constantemente o filho, agora responsável por todo o trabalho, que o seu rebanho é o mais respeitado e valorizado da região, algo aparentemente incontestado pela comunidade.

Um incidente que noutro contexto poderia ser banal — o desaparecimento de dois carneiros reprodutores dos O’Sheas — desencadeia um conflito com a família vizinha, reacendendo velhas mágoas, sobretudo entre Michael e Jack (interpretado por Barry Keoghan, a roubar o protagonismo como vem sendo hábito neste jovem ator). Jack é filho de Gary (Paul Ready) e Caroline (Nora-Jane Noone) cujo passado está indelevelmente marcado por uma anterior e complicada relação com Michael. O episódio com os carneiros acende o curto rastilho que precipita o embate entre as duas famílias.

A narrativa alterna entre as perspetivas de Michael e Jack, acentuando as suas motivações e tornando difícil uma análise e um julgamento moral unilateral das ações das personagens, cada um atormentado pelos seus próprios traumas. A atmosfera do filme deve tanto ao desempenho dos atores como à paisagem desta Irlanda rural, com os seus tons frios, céus pesados e uma orogenia cuja dureza parece moldar os espíritos dos habitantes.

Nem sempre genial e algumas vezes desconexo, Bring Them Down não pretende ser um filme fácil, mas vale acima de tudo por encontrar uma forma de comunicar o drama psicológico e o sofrimento traumático das personagens de forma profunda e coerente. Uma estreia sólida, artisticamente ambiciosa, que afirma Christopher Andrews como um nome a seguir no cinema europeu.

Previous Post

Jordan e Rúben marcam e ajudam Portugal a chegar às meias-finais em futebol de praia

Próxima publicação

Letras | Como é que começou este fim?

Próxima publicação
Letras | Como é que começou este fim?

Letras | Como é que começou este fim?

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

  • Empresa
  • Ficha Técnica
  • Contactos
  • Espaço do Leitor
  • Cartas ao director
  • Sugestões
  • Loja
  • Política de Privacidade
  • Termos & Condições
  • Livro de Reclamações

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.

Bem-vindo de volta!

Aceder à sua conta abaixo

Esqueceu-se da palavra-passe?

Recuperar a sua palavra-passe

Introduza o seu nome de utilizador ou endereço de e-mail para redefinir a sua palavra-passe.

Iniciar sessão
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Opinião
  • Sociedade
  • Viver
  • Economia
  • Desporto
  • Autárquicas 2025
  • Saúde
  • Abertura
  • Entrevista

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.