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Cinema | Um remake competente, mas pouco significativo

Cristiano Jesus, licenciado em Som e Imagem e mestre em Estudos Comparatistas por Cristiano Jesus, licenciado em Som e Imagem e mestre em Estudos Comparatistas
Fevereiro 24, 2022
em Opinião
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Cinema | Um remake competente, mas pouco significativo
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West Side Story (2021), realizado por Steven Spielberg, recupera a história de dois gangues rivais de nacionalidades diferentes, os Jets (anglo-saxónicos) vs. os Sharks (imigrantes porto-riquenhos), que lutam por território comum, no lado oeste de Nova Iorque, onde se encontram as famílias pobres.

No meio do caos habitacional (já que a Câmara está a levar a cabo demolições de edifícios) e das lutas dos eternos adversários, dois jovens, Tony (Ansel Elgort), ex-líder dos Jets, e Maria (Rachel Zegler), irmã do líder dos Sharks, apaixonam-se sem olhar às suas origens. Um amor que se acredita sem barreiras, mas que a todo instante se depara com as grades das escadas, as palavras de ódio e a impossibilidade de um relacionamento entre famílias de proveniências diferentes.

Onde Spielberg podia inovar em relação à versão do West Side Story (1961), realizado por Jerome Robbins e Robert Wise, ele inovou, como é possível ver nas cenas “America”, que é o grande número do filme, e ainda “I Feel Pretty”, a mais bela das sequências, em que a fluidez da câmara, o design de produção e a actuação de Rachel Zegler atingem a excelência formal. Mas por mais que um filme grite que é de alto orçamento, também tem de saber falar ao mais íntimo e, se possível, arriscar-se a ser vulnerável sem que isso o destrua. Infelizmente, este West Side Story não é capaz de o fazer. Entra demasiado no campo do gosto diversificado para poder apelar à delicadeza do espírito. Teve a sua oportunidade no encontro entre Maria e Tony, mas Spielberg, juntamente com o guionista Tony Kushner, preferiram o realismo aborrecido de um banal encontro atrás de uma bancada, reduzindo por completo não só o impacte da troca de olhares do futuro casal alheio às rivalidades presentes no ginásio, como a beleza da dança, que se tornou aleatória e ridícula.

O realismo é, no fundo, a grande marca da realização de Spielberg neste remake. Desde a utilização de actores com ascendência latino-americana para a representação das personagens porto-riquenhas, por oposição à versão de 61 que optou simplesmente pela utilização de maquilhagem mais escura em actores brancos; o recurso a longos diálogos na língua nativa das personagens sem que o espectador tenha direito a legendas, para retratar com mais fiabilidade a natureza bilíngue dos imigrantes e demonstrar como o falante exclusivo do inglês perde todo o seu poder (cena do interrogatório); até à coerência espacial que permite uma melhor percepção da relação entre personagens e cidade. A passagem da música “Maria” para o encontro na varanda exemplifica isso perfeitamente. Não tenhamos ilusões, a realização de Spielberg é imaculada e supera o estilo point and shoot da de Robbins e Wise. A variedade racial do elenco também veio dar uma riqueza enorme ao filme, tornando as personagens reais e palpáveis. No entanto, a versão de 61, apesar de todas as suas fragilidades, foi capaz de construir um sonho e dar asas ao espectador para sonhar juntamente com Tony e Maria quando os estúdios de Hollywood se desmoronavam; ao contrário da de 2021 que é apenas uma obra em série de uma Hollywood que tudo ofereceu para que nada falhasse.

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