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Cinema | Vem o vento

Nuno Granja, presidente da ecO - Associação Cultural de Leiria por Nuno Granja, presidente da ecO - Associação Cultural de Leiria
Janeiro 19, 2023
em Opinião
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Cinema | Vem o vento
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Laureano está de joelhos, rodeado por um grupo de encapuçados. Mascarados e trajados com peças de serapilheira e cortiça, cumprem um ritual de passagem à idade adulta, de tradição pagã, que coincide com a anual festa religiosa na pequena vila do interior. Embriagados e incentivados de forma agressiva pelos mais velhos, espera-se que os rapazes percorram a povoação, perseguindo as raparigas para as açoitar.

O grupo entoa a ladainha:
Vem o vento do deserto / misturar o errado e o certo
Vem o vento, sopra forte / não é ele que traz a morte
O amor e o desamor / sofrem do mesmo calor
Cala agora o sofrimento / deixa só soprar o vento

Laureano repete-a, estrofe a estrofe antes de ser espancado pelos restantes rapazes. Assim se encerra o primeiro “acto” de Restos do Vento, o mais recente filme de Tiago Guedes. A ação é retomada vários anos mais tarde, com Laureano, interpretado (de forma irrepreensível) por Albano Jerónimo, transformado num homem solitário e acossado, algo perdido, percecionado como louco por boa parte dos restantes habitantes, que vagueia diariamente entre o seu casebre miserável e o espaço da vila seguido por uma matilha de cães vadios, pedindo “um cigarrinho” a quem encontra.

A vida adivinha-se ter sido menos dura para os restantes “rapazes”, interpretados por Nuno Lopes, Gonçalo Waddigton e João Pedro Vaz, entre outros, que seguiram percursos mais ou menos convencionais. Aproxima-se um fecho de ciclo, com a chegada à idade adulta da geração seguinte e é nesse tempo que Restos do Vento decorre. Sem revelar muito do argumento, consegue adivinhar-se que o ambiente de violência, misoginia e impunidade perpetuado pela comunidade terá consequências sobre os intervenientes. O brilhante trabalho de Tiago Guedes está precisamente na forma como dirige o ritmo do filme, equilibrando a urgência e a contemplação, recorrendo sempre à melhor opção estética e de montagem. O vento, o mesmo do título e da ladainha, é o elemento metafórico de eleição que confere cadência à ação e antecipa o enredo.

Se nem sempre as personagens revelam uma profundidade considerável, a realidade é que a história é simples, ainda que o elenco lhe confira autenticidade e plausibilidade. Sem mais, este é um reflexo de uma certa portugalidade (rural dirão alguns) que no contexto de ritual de passagem à idade adulta, se revela, paradoxalmente, universal. E é essa universalidade que, no fim de contas, vale prémios e reconhecimento internacional.

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