PUBLICIDADE
  • A minha conta
  • Loja
  • Arquivo
  • Iniciar sessão
Carrinho / 0,00 €

Nenhum produto no carrinho.

Jornal de Leiria
PUBLICIDADE
ASSINATURA
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Jornal de Leiria
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Home Opinião

Cobardes na horta

Francisco Pedro, director por Francisco Pedro, director
Setembro 7, 2023
em Opinião
0
0
PARTILHAS
0
VISUALIZAÇÕES
Share on FacebookShare on Twitter

No recanto de uma aldeia, nos arredores de uma qualquer zona urbana da nossa região, Maria, uma idosa de coração dócil e movimentos lentos, carrega sozinha, todos os dias, os garrafões de água que usa para manter viçosa a sua pequena horta. Dia após dia, engana as dores nas pernas e as ‘pontadas’ nas costas com a felicidade de ver crescer as suas alfaces, couves, tomates ou pés de feijão. É ali que encontra a sua paz, que se sente em harmonia com o ciclo da natureza, e de onde procura re-tirar também algum alimento, uma importante ajuda face ao magro orçamento que a reduzida reforma lhe proporciona.

A cobardia de gente sem escrúpulos, porém, tem abalado a tranquilidade de Maria, e de tantos outros idosos que vivem em áreas rurais. Têm-nos chegado cada vez mais relatos de furtos em hortas, um acto desumano contra a memória e persistência de quem trabalha a terra como se cada hortaliça tivesse uma história para contar. Um crime que raramente, ou quase nunca, chega ao conhecimento formal das autoridades policiais.

A verdade é que os efeitos destes furtos, muito para lá do valor material, podem revelar-se devastadores. A sensação de vulnerabilidade e insegurança aumenta, a confiança nas relações de vizinhança fica comprometida, cria-se uma atmosfera de medo e desconfiança e os idosos afectados tendem a tornar-se mais reticentes em interagir com os outros, levando a um maior isolamento social. Invariavelmente, o receio constante de verem a sua propriedade invadida, de sentirem que podem perder alguns dos seus poucos recursos, interfere com a sua qualidade de vida, com a sua saúde mental e emocional.

Se os autores destas pilhagens não fossem cobardes, em vez de arrancarem à má fila e pela calada da noite o fruto do trabalho de quem merece empatia e compaixão, dignidade e respeito, estendiam-lhes a mão para ajudar a cultivar essas mesmas hortas. E ainda contribuíam para reforçar a agricultura de subsistência e a resiliência da comunidade em tempos difíceis. Mas isso era se tivessem coragem.

Etiquetas: aldeiaautoridadescobardecobardiacoragemeditorialempatiaescrúpulosFrancisco PedrofurtoshortahortaliçasidososlegumesLeiriaopiniãoregião de Leiriaruraisrural
Previous Post

Figueiró dos Vinhos ganha Julgado de Paz em Outubro

Próxima publicação

Cinema e TV | Isto é uma coisa a ver: Joan Is Awful

Próxima publicação
Cinema e TV | Isto é uma coisa a ver: Joan Is Awful

Cinema e TV | Isto é uma coisa a ver: Joan Is Awful

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

  • Empresa
  • Ficha Técnica
  • Contactos
  • Espaço do Leitor
  • Cartas ao director
  • Sugestões
  • Loja
  • Política de Privacidade
  • Termos & Condições
  • Livro de Reclamações

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.

Bem-vindo de volta!

Aceder à sua conta abaixo

Esqueceu-se da palavra-passe?

Recuperar a sua palavra-passe

Introduza o seu nome de utilizador ou endereço de e-mail para redefinir a sua palavra-passe.

Iniciar sessão
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Opinião
  • Sociedade
  • Viver
  • Economia
  • Desporto
  • Autárquicas 2025
  • Saúde
  • Abertura
  • Entrevista

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.